Karini.Couto 08/03/2024Por Ka e Emi
Em As Bruxas de Vardø, pelo ponto de vista de duas mulheres, conheceremos a realidade de como em um pequeno vilarejo de pescadores mulheres foram perseguidas e acusadas de bruxaria.
Uma realidade, que ultrapassa décadas, é que nós mulheres, sempre tivemos que lutar por nossas vidas, direitos, igualdade, segurança, lugar de fala, voto, segurança, liberdade.. E são tantas as nossas lutas que poderíamos marcar muitas lives para discursar, mas a certeza que fica, é quanto sangue já foi derramado, quantas lágrimas, quanto choro, mas também quantas vitórias, através de muita luta, dor e raça! Ainda assim, não deveria ser assim, não deveria!
Voltando à Vardø, temos Anna, uma aristocrata vinda de família respeitada, sendo esposa de um médico bem sucedido, assim como Ingeborg filha de um casal de pescadores simples, que luta pela sobrevivência diária, não passam desapercebidas dos preconceitos e apontamentos, independente de suas posições ou classe, fica nítido que ser mulher, era o problema.
A obra nos lembra que em um passado não muito distante, mulheres eram acusadas de bruxaria por rir, por dançar, por não se comportar como a maioria achava que deveria e chegavam a ter suas vidas ceifadas sem qualquer direito de defesa.
Vemos como a igreja teve um papel direto nessa alienação que fazia as pessoas olharem para qualquer coisa diferente e verem o mal, e cometerem atrocidades em nome da igreja e de suas crenças, o quanto convenientemente era fácil justificar crueldades.
Uma narrativa forte e impactante, que levanta reflexões importantes em uma edição linda e a luta continua nos dias de hoje.. Talvez de maneiras e formas um pouco diferente, mas a luta continua!
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