DanuzaEosLivros 12/01/2024
Não arrebata, mas distrai
Demorei um pouco para finalizar a leitura porque o ritmo do livro é assim como se você fizesse parte da vida daquelas pessoas e estivesse acompanhando o desenrolar dos seus dramas a medida em que vão acontecendo.
Uma família rica e tradicional e seus agregados (nora e genro) são o centro da trama, alguns coadjuvantes importantes para o desenrolar, outros bem tanto e assim vamos descobrindo os defeitos, as qualidades, a empatia ou a falta dela, o egoísmo e, principalmente o conflito da diferença social num relacionamento familiar.
Deve ser bem difícil tentar se encaixar numa família que não facilita nem um pouquinho a sua convivência com eles, e é assim que Sasha se sente, deslocada, casada com Cord o único filho homem e que não parece muito disposto a colocar a mulher em primeiro lugar.
As irmãs de Cord que nunca precisaram se preocupar com dinheiro, vivem um tanto fora da realidade e seguem com seus dramas existenciais e um tanto elitistas, problemas daqueles que estão entre o 1% mais rico da população.
Lá pelos 80% da leitura, as coisas vão acontecendo como se algo tivesse transbordado e todos comecem a refletir sobre os seus problemas e os do próximo também, então a narrativa pega um ritmo de reta final, onde as coisas vão se esclarecendo e se resolvendo.
O livro cumpre o papel de distrair, e é ideal pra ir lendo junto com um mais denso, pra ir aliviando a mente. Não arrebata, mas distrai.