bibia 29/03/2024"Como é doce a liberdade"Acabei esse livro hoje mesmo, no período da tarde, e simplesmente não consigo tirar ele da cabeça. Fiquei tão inquieta e tão perturbada e, ao mesmo tempo, por incrível que pareça, tão maravilhada por essa história.
Apesar de ser classificado como ficção, esse livro possui diversas histórias e fragmentos reais, que de fato aconteceram. E isso é o que mais torna ele doloroso.
Isso aconteceu na Síria, mas também acontece hoje, nesse exato momento, na Palestina.
Por mais pesado e difícil que seja, todos deveriam ler, porque essa é a realidade de MUITAS pessoas e todos nós deveríamos saber disso. A literatura pode sim ser uma distração, um entretenimento, mas também é um meio muito importante para ampliar e mostrar diferentes visões de mundo.
O mais lindo e tocante de tudo foi ver que, mesmo em meio a tanta violência, dor e tortura, a autora conseguiu nos mostrar um lado muito humano e real do povo Sírio - seus sonhos, seus desejos, seus sentimentos, suas alegrias, suas risadas, sua cultura, suas crenças, sua fé.
É um grito de resistência e um anseio incessante por liberdade.
Ela consegue explorar sentimentos diversos e contraditórios, os dois lados da moeda; os que querem ficar e lutar, mas também os que não veem uma forma de sobreviver nesse território.
Há uma relação muito linda descrita entre a terra e o seu povo, sua identidade.
Não sou de chorar com livros, mas esse me deixou em prantos, de coração partido, completamente arrasada.
Nunca poderei esquecer dessa história e dessas pessoas - elas são mais reais do que posso imaginar.
E na minha posição, diante de tudo isso, tudo o que posso fazer agora é falar desse livro e compartilhá-lo. Não vamos parar de falar sobre a Palestina ou o que for. Não podemos deixar isso de lado.