Lois, A Bruxa

Lois, A Bruxa Elizabeth Gaskell




Resenhas - Lois, a Bruxa


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Karolayne.Cezar 29/05/2024

A LIÇÃO
Nunca tinha pensando que as humanos pudessem ser tão cruéis em relação a uma só pessoa, que não fez nada em sua vida ou demonstrou algum interesse/intenção de destruir. Esse conto foi mais uma demonstração que devemos ter cuidado, e que, por mais que sejamos verdadeiros e doces, sempre vai haver uma culpa e um culpado na história toda.

Com esta história, Gaskell demonstra de forma assustadora que, às vezes, os seres humanos podem infligir horrores muito piores uns aos outros do que qualquer suposta força sobrenatural.
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Taci.Souza 27/05/2024

Para mim, é  sempre gratificante revisitar a escrita de Elizabeth Gaskell e, dessa forma, me deleitar com seu talento narrativo.

Lois, a bruxa apresenta um retrato verdadeiro da histeria coletiva que foi esse período, que culminou na tortura execução de várias pessoas, mulheres, em sua grande maioria. Gaskell, ambienta a história na cidade de Salem, palco de um dos mais mortíferos episódios da caça às bruxas na América Colonial.

A narrativa discorre sobre o preconceito e senso de superstição dominantes à época. Movidos por tais preceitos, os autoproclamados cidadãos de bem, costumavam julgar e condenar tudo e todos que pensassem ou agissem diferente daquilo que eles próprios entendiam como certo.

Desde tempos imemoriais, os homens costumam responsabilizar Deus ou o Demônio por seus próprios atos e ações. Assim, Deus e o Diabo, seguem servindo de estandarte e escudo para justificar pensamentos, instintos e natureza humana. Era em nome de Deus que os justos cometiam crimes e em favor do diabo que inocentes foram criminalizados.

Em um relato verdadeiro, emocionante e isento de romantização, Gaskell, sempre audaciosa em sua narrativa e a frente do seu tempo em seus ideais, nos convida a refletir sobre a necessidade humana de julgar os outros seguindo seus próprios padrões e suas próprias conveniências.

Foi meu segundo contato com essa obra, e tal como na primeira leitura, fui tomada por um misto de revolta, indignação e tristeza por Lois Barclay e pelas todas mulheres que, fora da ficção, pagaram com a vida pelo preconceito e ignorância dos homens.
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Carolina 25/05/2024

Esperava uma ficção e tomei uma realidade na cara
Escrita maravilhosa, história bem realista (tão realista que chega a ser revoltante) livro curto, leitura tranquila


3,5/5??
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Jacqueline.Amadio 24/05/2024

Cruel e revoltante
Uma história triste, injusta e cruel e que aconteceu de verdade apesar das pessoas não se lembrarem disso...
O poder da fake news e da "família de bem", nada muito diferente de hoje, a diferença é que agora temos leis pra isso não ser tão escrachado. Mas a intolerância religiosa e a ignorância do povo continua.
E o pior é que Lois era mais cristã que todo mundo ali. Eu enquanto bruxa me sinto assim também, falsos cristãos que só sabem apontar dedos de acordo com desejos próprios.
É isto. Me revolta e me dilacera. Uma história cruel.
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thexanny 04/05/2024

Lois, a bruxa
Eu amei o modo como a autora misturou fatos reais com fatos fictícios, o contexto histórico e a crítica social que ela fez.
O livro me fez pensar em como os maiores atos de atrocidades sempre tinham a igreja ou alguma crença como base. E pra mim só há uma explicação do porquê: os seres humanos odeiam se responsabilizar pelos seus atos, e usar uma divindade ou uma crença para legitimá-los é muito fácil. Ainda mais naquela época.
Um dos momentos do livro que mais me fizeram pensar sobre essa questão da bruxaria em Salem, foi quando a lois estava na prisão esperando ser enforcada. Ela havia sido acusada de ser uma bruxa. Antes de ler o livro pensei que, de fato, ela era uma bruxa e como ela lidaria indo para uma família intolerante a esse tipo de coisa. Mas na verdade é sobre como as pessoas eram acusadas de algo que elas nem mesmo eram! Lois é acusada pela prima de ser uma bruxa e simples assim, todos acreditam e se voltam contra ela. Na prisão ela começa a se perguntar se de fato não é, se o demônio não a estava usando pra fazer mal sem ela nem mesmo perceber, se o que todos estavam dizendo por ela não era realmente verdade, mas ela por estar “possuída” não percebia. A pessoa começava a duvidar de si própria e começava a crer que de fato era uma pessoa ruim. Ela não era apenas humilhada e desprezada diante de todos, mas também perdia sua própria identidade e princípios. Qualquer um perceberia o quão doce ela era, mas morreu acreditando ser alguém perverso. As pessoas achavam que estavam matando bruxas, mas na verdade estavam matando pessoas inocentes que nada tinham a ver com suas ideias insanas.
Enfim, eu gostei muito do livro! Surpreendeu as minhas expectativas e me fez pensar mais sobre essa época, com certeza vou ler mais livros da autora,
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Marlon.Vitor 21/04/2024

Conto sobre bruxas, onde injustiça e falta de conhecimento acabam por punir mulheres inocentes, causando perdas irreparáveis. Um conto antigo porém muito gostoso de ler.
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Vanessa.Coimbra 18/10/2023

Este é uma narrativa fluida e dolorosa, pois envolve a intolerância e o ser achar superior em relação suas crenças e origens. E uma das pessoas que vai sofrer essa intolerância é a órfã que por não ter escolhas vai morar com parentes em Salém no período a caça as bruxas. É emocionante e triste principalmente por saber que pessoas sofreram e sofrem ainda por isso.
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Taci.Souza 14/10/2023

Entendo a razão deste livro ser considerado uma das melhores histórias sobre caça às bruxas. Gaskell, utilizando todo o seu talento narrativo, apresenta um retrato verdadeiro da histeria coletiva que foi esse período, que culminou na tortura execução de várias pessoas, mulheres, em sua grande maioria.

A história é ambientada na cidade de Salem, palco de um dos mais mortíferos episódios da caça às bruxas na América Colonial. A narrativa discorre sobre o preconceito e senso de superstição dominantes à época. Movidos por tais preceitos, os autoproclamados cidadãos de bem, costumavam julgar e condenar tudo e todos que pensassem ou agissem diferente daquilo que eles próprios entendiam como certo.

Desde tempos imemoriais, os homens costumam responsabilizar Deus ou o Demônio por seus próprios atos e ações. Assim, Deus e o Diabo, seguem servindo de estandarte e escudo para justificar pensamentos, instintos e natureza humana. Era em nome de Deus que os justos cometiam crimes e em favor do diabo que inocentes foram criminalizados.

Em um relato verdadeiro, emocionante e isento de romantização, Gaskell, sempre audaciosa em sua narrativa e a frente do seu tempo em seus ideais, nos convida a refletir sobre a necessidade humana de julgar os outros seguindo seus próprios padrões e suas próprias conveniências. Ao finalizar a leitura, derramei lágrimas não apenas por Lois, mas pelas várias mulheres que, fora da ficção, pagaram com a vida pelo preconceito e ignorância dos homens.
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Mariana113 14/09/2023

Meu primeiro livro da Sociedade das Relíquias Literárias
Esse mês eu assinei o Sociedade das Relíquias Literárias pela primeira vez e este foi o meu primeiro livro. Conhecia pouco de Elizabeth Gaskell além do nome e fazer essa leitura foi uma grata introdução. Lois, uma jovem órfã da Inglaterra precisa fazer a perigosa jornada além-mar para a então colônia, depois Estados Unidos, à pedido de sua mãe no seu leito de morte. Lá ela espera encontrar apoio e proteção na sua única família na cidade de Salem. Para nós, Salem e sua história com a caça às bruxas é ao mesmo tempo magnética e deprimente, o que eu não esperava era que pessoas do século 19 já se sentissem assim em relação a tudo que aconteceu, qual não foi a minha surpresa ao ver a autora/narradora condenando essa prática e os objetivos dessa desconfiança contra mulheres que não seguiam as normas da sociedade patriarcal e puritana de Salem. A sensibilidade da autora ao construir Lois e seus temores me conquistou tanto que eu li esse livro de pouco mais de 400 páginas em dois dias, sem nem sentir o tamanho da obra.
Sabendo do contexto da obra e da personagem, creio que não seja spoiler informar que esse livro não possui um final feliz. Mesmo assim, o seu final é tão envolvente e bem construído que eu não consigo considerar um final ruim.
Depois dessa experiência, sinto ainda mais vontade de me afogar nos escritos de Gasskell.
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Dri 08/09/2023

Revoltante
Elizabeth Gaskell, em todo seu talento, narra a história de Lois, uma órfã inglesa de 18 anos que vai morar com a família de seu tio em Salem. Em meio à histeria coletiva que resultou na infame caça às bruxas de Salem vamos acompanhando como a inveja e a vingança foram as molas propulsoras dos acusadores. Mesclando personagens fictícios e reais, a escritora entrega uma narrativa revoltante, triste e maravilhosamente bem escrita.
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Luana Feitosa 10/08/2023

Que livro maravilhoso
Um livro que mistura fantasia com realidade, mostrando como o medo pode mexer e contagiar todos a sua volta, colocando em risco a vida de inocentes.
Uma leitura rápida, gostosa e interessante. E excelente para sair de uma ressaca literária.
Recomendo a leitura
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Tuka Queiroz 14/07/2023

Esse ebook da sociedade das relíquias literárias, LOIS, A BRUXA! Retrata a época de Salem, onde sabemos que pairava um fanatismo religioso muito rigoroso, a ponto de uma pessoa epilética ser confundida a alguém possuída pelo demônio, ao invés de alguém com um problema na saúde e pessoas com o conhecimento de ervas medicinais, eram bruxas.
A história fala de LOIS, uma órfã que foi morar em Salem, após a morte dos pais e tenta sobreviver, passar desapercebida no meio de um cultura violenta da imposição religiosa.
Ebook fácil de ler, da escritora Elizabeth Gaskell, 1861.
Editora Wish e a sociedade das relíquias literárias, apoia grandes escritoras, não deixando suas obras esquecidas no tempo.
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Karen 29/05/2023

"A covardia nos torna cruéis"
Tenho um interesse especial pela temática da caça às bruxas e acredito que Elizabeth Gaskell consegue nos envolver com sucesso na histeria coletiva de Salem em 1692.

Durante a leitura, torna-se evidente que a figura construída da mulher bruxa foi essencialmente a projeção de medos sociais, reforçada pela misoginia e pelo racismo. A primeira mulher acusada - no que podemos chamar de relato não oficial de Gaskell - foi uma mulher indígena. E aqui, relembro também o caso da primeira mulher negra acusada de bruxaria em Salem, Tituba. Cuja história foi relatada no livro homônimo de Maryse Condé.

Além do mais, a partir do texto de Gaskell é possível fazer reflexões sobre colonização, religião, pânico moral e sexualidade. A escrita da autora é precisa e envolvente.

Resta dizer que fiquei muito feliz quando a editora Wish anunciou a publicação de "Lois, a bruxa". Aliás, não vejo a hora de ter a edição física em mãos, uma vez que a edição digital carece de revisão.
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MariBrandão 22/05/2023

Lois, a bruna que não era bruxa.
Gostei bastante da escrita do livro, e com um nó na gargante pela Lois. Como sofreu essa menina.
Não gosto nem de pensar que pessoas realmente morreram em razão de depoimentos como os dados nesse livro, por crianças egoístas e birrentas, pra embasar "bruxaria".
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