Resenhas -

Joao366 06/05/2024

Um Whisky Um Blues em Alta Velocidade
Esse livro eu senti um misto de emoções diferentes, ele conseguiu também combinar além de sentimentos e várias pessoas diferentes mas interligadas e te deixar sem chão, sabe aquele efeito quando passa do whisky que você tomou do dia anterior, acho que ele é bem assim, querendo que não acabe aquele gosto amargo mas sabe que uma hora vai e terá resultados que não se pode controlar, e é isso que esse livro te torna, Larissa Prado consegue fazer isso conosco, como o blues que sempre voltamos a colocar em nosso repertório musical.

leitor_existencial 06/05/2024

Se a tristeza tivesse cor...
Ecos de Melancolia acompanhará a perspectiva de quatro personagens e como suas tristezas, reflexões e arrependimentos os envolvem e os consomem.

Com uma escrita poética, oscilando entre linhas temporais e narrativas, a obra nos apresentará os pensamentos mais melancólicos e existencialistas dos personagens.

Por os capítulos serem intercalados, à priori não dá para sabermos quem está narrando, mas conforme a escrita avança e os elementos são apresentados, percebemos a qual personagem respectivamente se referem.

Além disso, as linhas temporais me deixaram um tanto confuso, pois a narrativa oscila, não se preocupando em situar o leitor ao período em que se passa.

O livro traz alguns elementos, como a música representada pelo blues, na qual os personagens compartilham entre si. Outro elemento bastante presente é a cor azul, associada à tristeza e à melancolia.

Ademais, a escrita da autora é muito envolvente e quero ler outras obras dela.

Deia tá lendo 18/04/2024

?Ecos de melancolia 
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O que uma garçonete, um músico, um rapaz que gosta de velocidade e uma jovem com surdez tem em comum? 
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Yan gosta da sensação que a velocidade faz ele sentir. 
Bessie queria ser modelo, mas uma trágica noite mudou sua vida.
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Ícaro via na sua música uma parte de si. Gaia foi adotada e gostaria de poder se expressar como as outras pessoas.
O caminho deles está marcado e unido. 
O que aconteceu em "Ecos de melancolia"?
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?Quotes
"Não dá para imaginar o que acontece no coração dos outros."
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"? a tristeza não existe enquanto matéria, embora pese mais de uma tonelada e meia de concreto, esmagando o tórax."
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?Minha opinião 
Fui ludibriada!
Não esperava por esse final.
Um livro curto, rápido, que vai alugar tua cabeça depois da leitura. E com uma edição impecável! 
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Você encontra o livro no site da editora.

Hugo Sales 18/03/2024

Ecos de vidas
A Larissa Prado é uma grande escritora. A forma como ela envolve o leitor em seu enredo é admirável. A história é conduzida com um ritmo bom, apresentando seus personagens e então vem um plotwist que eleva o livro para outro patamar. Como o título já deixa claro, esse é um livro sobre as tristezas da vida e como os personagens lutam contra ela regularmente. É triste, mas não num tom apelativo, é mais uma imposição reflexiva sobre a condição humana. A edição da Izyncor é incrível, beira o impecável e bate de frente com edições de luxo de editoras grandes.

Safira63 08/03/2024

Triste, profundo e tão azul
Não sei explicar tanto o que esse livro foi pra mim, o que senti foi novo. ainda estou assimilando tudo, terminei de ler tem 2min; mas o que Larissa fez aqui é arte. e não apenas em sua excelente e poética descrição narrativa, mas em sua visão ao retratar a temática de tão autêntica forma, que tudo se encaixa e só no fim temos realmente a certeza do que vem a ser tudo (se é que se pode ter). as palavras são respiros sufocados aqui, a angústia tem cor, e a experiência visual azul (seja na capa, folhas, palavras e ilustrações), faz parte do sentir a leitura mais real possível. obrigada por isso, Izyncor. e se um dia eu imaginei que a escrita de Larissa Prado fosse fascinante, isso sim, agora tenho certeza!

Karina 13/02/2024

Ecos de Melancolia
Ecos de Melancolia apresenta uma trama que mergulha nas profundezas da mente de sua protagonista, Gaia, uma jovem que lida com um problema auditivo que a distancia do mundo verbal, mas a música se torna sua ponte para escapar das limitações de sua audição.

Quando seus aparelhos auditivos começam a captar mensagens estranhas e vozes desconhecidas, a trama se desdobra em eventos onde a linha entre o que é real e o que é imaginado se torna cada vez mais tênue. A partir dessa premissa, a autora, Larissa Prado, tece uma narrativa envolvente, permeada por imaginação e realidade entrelaçadas. A obra não se limita apenas à jornada de Gaia. Outras personagens misteriosas se unem à narrativa, contribuindo para a atmosfera melancólica e intrigante que permeia todo o livro.

Com um projeto gráfico de luxo e impecável, capa soft touch, com fitilho colorido, corte colorido, impressão em ciano, e ilustrações lindíssimas de Daniella Salamão e Michel Oliveira, o visual complementa a intensidade da história, criando uma experiência sensorial única para o leitor.

A escrita poética, fluida e cheia de suspense, de Larissa Prado, provoca reflexões sobre temas como perda, tristeza, loucura e o sobrenatural, enquanto os diferentes pontos de vista dos personagens acrescentam camadas à narrativa. No entanto, a alternância de narradores pode causar confusão, pois nem sempre é claro quem está falando em cada capítulo. Você acaba identificando o personagem pelo contexto, mas como todos eles estão melancólicos, parecem ter a mesma voz.

O final, acho, fica aberto à interpretação. Larissa Prado demonstra habilidade em criar personagens interessantes e uma trama original. Um livro que me deixou com vontade de ler mais obras da autora.

Ismael.Chaves 17/10/2023

Fantasmas do passado e terror existencial
É início de noite. Vou até minha biblioteca. Entre meus álbuns do Black Sabbath, Led Zeppelin e Sepultura, seleciono um vinil do Miles Davis e coloco para tocar no gramofone. Em seguida, abro um pequeno e curioso livro de capa, tingimento trilateral e letras azuis.

“Depois do táxi ir embora, fico parado em frente à casa antiga ouvindo o que ela pode dizer. O silêncio é outra forma de manifestação da passagem do tempo, pois toda voz se cala em algum momento. Se o passado não assombra, isso representa um tipo de morte. Todos nós precisamos ser assombrados; melhor do que o nada que se instala. Não se lembrar da própria história é despencar no vazio da existência.”

Assim começa Ecos de Melancolia, novo livro da autora Larissa Prado e que marca a estreia da editora Izyncor no fantástico nacional.

Talvez a melhor forma de definir esse livro seja realmente compará-lo a um disco de jazz: sombrio, melancólico e misterioso.

No livro, acompanhamos três (ou quatro?) personagens distintos: um músico fracassado, uma garçonete com um olho de vidro que recebe estranhas ligações em seu apartamento, uma jovem que presenciou um estranho acidente e, talvez, um poeta. Suas vidas parecem um estado permanente de vazio. Como se fossem fantasmas, apenas ecos de uma existência em uma realidade entre o real e o onírico. A única coisa em comum entre eles é o jazz e um bar decadente, justamente um reflexo desse passado-presente que os assombra. Assim como o primeiro parágrafo do livro, a belíssima ilustração inteira da capa feita por Daniella Salamão, transmite toda a essência do título e da história – e ter isso em mente pode ser a chave para decifrar esse silêncio ensurdecedor.

Eu li o livro inteiro ouvindo Miles Davis e Billie Holiday, e a sensação era que tanto eu como os personagens éramos atingidos por uma espécie de letargia, como num estado onírico de vazio fora do tempo e espaço, guiados pela música em busca de lembranças que já não sabíamos se eram reais ou sonhos. O pior horror pode ser não lembrar de quem somos. Afinal, o que há para salvar em uma casca vazia? Sem lembranças, somos apenas ecos.

Dango Yoshio 11/10/2023

Azul
Acompanhamos as histórias de diversos personagens, quebrados, solitários, desesperançosos e melancólicos.

Foi uma leitura muito fluida e bonita. A escrita da Larissa é bem poética, mas sem cair numa linguagem prolixa.

Vou admitir que fiquei bem confuso no final, mas acho que por ter sido pego de surpresa. Foi uma reviravolta muito interessante.

Adorei o formato do livro. Gosto de livros pequenininhos.

Pamela.Georg 07/10/2023

Lindo
Achei o livro lindo fisicamente e sua escrita é muito bela também! Eu adoro livros melancólicos e esse foi um arraso. A autora escreve muito bem, suas palavras nos levam e quando você vê o livro acabou.

Helena639 23/08/2023

Maravilhoso
Me surpreendi com a escrita de Larissa, que é poética e precisa ao mesmo tempo quando diz respeito a nos transportar para o universo do livro.

Nada em Ecos de Melancolia é óbvio. E toda a história é bem amarrada e faz muito sentido, além de ser surpreendente.

Com certeza acompanharei o trabalho da autora a partir desta experiência que tive.

DI @poesiadoslivros 14/08/2023

Leitura tocante
"Ecos da Melancolia" é uma obra que mergulha nas profundezas da tristeza e do amor, capturando o âmago de nossa existência. Com uma prosa poética e comovente, a autora conduz o leitor por histórias de personagens enredados em ilusões, sofrimento e dor. A narrativa habilmente envolve os sentimentos do leitor, imergindo-o nas vidas dos protagonistas. A trama, ambientada em uma atmosfera de melancolia, é acompanhada pelo som belamente triste do blues, que harmoniza com a paleta de cores do livro.

Notável como a estreia da editora Izyncor, a obra também brilha em sua apresentação visual. Desde a cuidadosa diagramação até as ilustrações encantadoras, a escolha das cores e brindes, a editora demonstra um trabalho excepcional. "Ecos da Melancolia" é uma leitura que cativa não apenas pelo conteúdo, mas também pela estética, proporcionando uma experiência enriquecedora do início ao emocionante desfecho.

Lucas.Wijk 04/08/2023

Izyncor chegou chutando a porta
Ganhei esse livro de cortesia do Skoob e foi uma grata surpresa!

A história é legal, muito bem escrita e poética, um texto carregado de sofrimento. Em alguns momentos, fica meio confusa e, por ser muito curtinha, acho que ficou faltando algo. O final é muito abrupto e vago.

Mas o destaque aqui vai para o trabalho editorial da Izyncor, digno de uma Darkside. O livro é de capa dura avelulada, com destaques em alto relevo. As ilustrações são lindas! Destaque para a capa e contracapa, que apresentam a dualidade entre ordem externa aparente e o caos interno das personagens melancólicas. A cor azul, fio condutor do livro (inclusive com as tantas referências ao blues), está presente não apenas nas ilustrações, mas em todo o trabalho gráfico da editora. A única coisa que me incomodou um pouquinho foi a cor da fonte (também azul), que não é muito agradável à vista.

Enfim, fiquei impressionado com o esmero da editora. O livro, por si só, já evoca o tema central da história. Basta bater o olho nele para se ter uma ideia do que se trata. Esse foi claramente um trabalho feito com muito carinho e cuidado nos mínimos detalhes, o que me faz querer acompanhar de perto os próximos lançamentos da Izyncor.

Carlos.Alenkar 25/07/2023

O livro é muiito bom, não vou mentir que em alguns momentos fiquei um pouco perdido com o narrador... Não vá esperando um livro que te entrega tudo!!

Becky 10/07/2023

Ecos da Melancolia
Meu Deus!

Iniciar essa resenha com uma exclamação é o mínimo! O livro é profundo e emocionante, sem contar que a playlist de plano de fundo dá uma vida a mais à leitura.

Eu fiquei imersa na leitura e gostei de como as ?alucinações? de cada personagens eram expostas na narrativa dos outros.

Porém, devo admitir que achei o final um pouco confuso com relação ao personagem (Yan/Wally), mas provavelmente era essa a intenção mesmo?

Por fim, achei o final trágico um fechamento de ouro e completamente coerente com a história de cada um desses personagens quebrados e psicologicamente instáveis.

?10/10?

Tall.Varnos 01/07/2023

Ecos foi uma descoberta!
Foi o primeiro livro que comprei da editora e amei. Um trabalho editorial e gráfico de excelência.

O livro tem o tamanho da minha mão, ótimo para carregar e ler fora de casa, capa dura mas com um toque soft touch, o título possui relevo, pintura trilateral em azul, fitilho marcador de página também em azul.

Por dentro do livro a fonte azul pode parecer ruim de ler, mas o tamanho usado compensa e faz ser confortável a leitura, o papel é pólen bold 90g (excelente qualidade), a folha de guarda finamente estampada e as ilustrações que abrem cada capítulo tornam o livro um mimo.

Não vou falar da história, tem que ler, é muito boa, mas deixo o trecho que aparece na contracapa: "Se o passado não assombra, isso representa um tipo de morte". Larissa Prado arrasou na história.