Cinzas na Boca

Cinzas na Boca Brenda Navarro




Resenhas - Cinzas na Boca


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Clarissa130 27/05/2024

Um livro que te devora
Resolvi escrever sobre essa leitura de imediato, com as emoções ainda afloradas e a sensação também de conter, nesse instante, o gosto das cinzas na boca.
O livro trata da relação de dois irmãos mexicanos que crescem com os próprios cuidados e com a esperança do regresso da mãe, que foi para a Espanha na esperança de uma vida melhor. A irmã mais velha então assume os cuidados e a educação do irmão mais novo enquanto a mãe realiza vagas promessas de regresso, embora pouco manifeste preocupação e afeto pelos filhos deixados.
Uma vez na Espanha, os irmãos se deparam com um cenário ainda mais desolador, sem os parentes com quem cresceram, condicionados a trabalhos precários e preconceito por serem imigrantes, além de agora experimentarem por definitivo a quebra de qualquer expectativa em relação à mãe. Nesse cenário, Diego, o irmão mais novo, comete suicídio e é através das emoções e lembranças da irmã que devoramos e somos devorados pela narrativa.
Muito bom!
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Camila.Felippio 24/05/2024

Cinzas na boca
Este livro eh um soco no estômago desde o início. Uma narrativa bem fluida, apesar da temática super pesada. Descreve a vida de dois adolescentes q mudam de pais e toda a problematica dessa mudança. A carga pesada q cada um traz na sua história. Vale muito a leitura dessa história!
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Michelle.Steinhoff 20/05/2024

?Antes morto que desaparecido?
Ao ler essa frase, entendi bem o que o livro quis passar. As tristezas de morar em uma comunidade no México, onde o narcotráfico e a milícia ditam as leis.
Um casal de irmãos que moram com os avós desde que a mãe foi para a Espanha, passam por situações difíceis de pobreza e uma vida infeliz.
Ir para a Espanha poderia ser a solução, mas não foi. O rapaz Diego sofreu preconceito de ser estrangeiro e a irmã (não nominada) sem melhor expectativa, passa a trabalhar como babá e faxineira. Até que Diego se suicida.
A jovem vai para o México levar as cinzas do irmão e lá, descobre muita coisa cruel que aconteceu desde a partida deles.
As discussões entre filhos e mãe, os acontecimentos cruéis na condomínio onde se criou, tudo torna o livro denso e quase indigesto.
O que muitos dizem ser negligência da mãe, eu chamo de tentativa desesperada de tirar os filhos de uma situação péssima, mesmo que seja para uma situação apenas ?ruim?.
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Olgashion 20/05/2024

A história do irmão que se suicida e como se chegou até esse momento. Saídos do México atrás da mãe na Espanha perseguindo uma mudança de vida e sendo tratados como imigrantes sem valor
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Daniel.Leão 17/05/2024

Cinzas na boca
História importante e de grande impacto. A autora nos conduz por seus sentimentos e pensamentos, ora diretos, ora nem tanto.
Para mim, foi um leitura que se arrastou bastante.
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DêlaMartins 13/05/2024

Triste, angustiante. Quem narra é a irmã de Diego, ambos mexicanos. A história é sobre pobreza, narcotráfico, violência, imigração, discriminação, contada com texto corrido que angustia bastante, que passa uma sensação de pressa e urgência. Fatos bons praticamente não existem.
Logo no início, o tema central da falta de perspectiva é escancarado com o suicídio de Diego, já detalhado pela irmã que não tem nome, assim como sua mãe. A negligência na infância com ausência da mãe que migra para a Espanha, medo e violência constantes enquanto viviam no México, dificuldades que encontram quando passam a viver na Espanha (sub-empregos, discriminação, falta de dinheiro)... O sofrimento constante da narradora que precisa seguir, precisa se encontrar, aliado à solidão que enfrenta, é presente em praticamente todo o livro. Enfim, tristeza desde o início.
Como pouco conheço a história do México, busquei informações sobre a presença de militares em zonas de narcotráfico e violência, sobre corrupção destes militares, perseguições. Encontrei algumas referência que me ajudaram a melhor entender a leitura. Viver em algumas regiões do México, dominadas pelo narcotráfico e pela violência, teoricamente protegidas pela presença do exército é bastante difícil e me fez entender a alta taxa de emigração do país. A diferença nesta leitura é que os mexicanos não vão para os EUA, mas para a Espanha.
Gostei, mas não amei, me angustiou um pouco tanta tristeza, tanta falta de perspectiva de todos os personagens envolvidos.
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Miguel.Martins 07/05/2024

O livro mais triste do mundo
Não tem como descrever essa obra de outra forma. Ele é um conjunto de tristezas de diversos tipos.
Ao longo das menos de 200 páginas, a protagonista, cujo nome desconhecemos, enfrenta abandonos, violências, xenofobia, abusos, lutos. Até o trecho mais feliz da história ainda é bastante triste. Mas Brenda Navarro consegue trazer bastante beleza a uma narrativa tão trágica, com uma escrita tocante, num fluxo de consciência a altura de grandes nomes da literatura.
Esse livro me tocou de várias formas, me fez acessar lugares em que nunca estive, experienciar tristezas que nunca vivi. Pra mim, foi uma leitura envolvente do início ao fim, devorei em poucos dias, e já quero ler outras obras de Navarro. Recomendo fortemente.

Agora, um adendo: algumas críticas que li reclamam que a história é "muito dramática", de forma exagerada, e que não apresenta uma crítica social plausível. Queria poder bater na primeira pessoa que um dia disse que é dever da literatura fazer crítica social. Literatura é ARTE. Talvez a autora só quisesse transmitir um sentimento, e não denunciar uma realidade. Precisamos urgentemente aprender a ler.
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Ju Carvalho 05/05/2024

Parece história repetida. Conhecemos esse enredo de alguma lugar.
Sofrimento e solidão da mulher que precisa se estabelecer, cuidar e viver.
A família que segue padrões não enxerga como positivo alguma mudança, não questiona, não apoia.
A mãe que vê ?um futuro melhor? indo trabalhar fora.
Os avós que criam.
O desespero de um jovem que não se vê em nada, restando entregar a vida.
Como diz por aí: muitas camadas.
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VirginiaViana 05/05/2024

Quanta violência alguém pode suportar?
Talvez a gente subestime o sofrimento infantil. Uma criança negligenciada, por uma tentativa de sobrevivência da família que não consegue olhar para todos os seus membros.
Como sobreviver a tanto descaso familiar; ao descaso do estado que não dá suporte necessário a família; descaso da escola com seus sistema punitivo, que pouco escuta e acolhe a quem necessita; descaso dos amigos, que ao sofrer violência, também violentam uns aos outros, com bullying e outros tipos de ações; com o descaso da sociedade, no qual a xenofobia e o racismo prevalecem?
Quanta violência alguém pode suportar até sucumbir?
Brenda Navarro expõe a partir de uma ficção, violências reais de todos os níveis, lê-lá e experimentar um pouco disso, e todas as emoções que isso pode provocar. Este livro é uma continuação do clube do livro, a emoção que ele propõe experimentar e a tristeza! E o livro faz jus a emoção ?
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Amanda Ladislao 04/05/2024

Tristeza
Lido junto ao Bookster, e o tema era tristeza. O livro faz jus ao tema.
A leitura e fácil, são pensamentos de uma imigrante contando sua vida e de seu irmão Diego na Espanha.
Fala sobre preconceitos, xenofobia, violência de gênero, abandono, suicídio e afins.
Pode ter gatilhos.
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silbreiemo 02/05/2024

Triste e real
Pedi indicação de um livro que eu me rasgasse de chorar e recebi esse. Não rolou! Esperava muito mais. Ainda assim, é um bom livro e a história em si é triste e retrata uma realidade cruel dos imigrantes. Meu segundo da Brenda e ainda fico com o Casas Vazias.
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Thamy 01/05/2024

Como cinzas na boca (literalmente)
A história nos faz ter uma ideia, ainda que vaga, sobre os motivos da emigração do México. A história do México é pouco estudada nas escolas no Brasil, então não é como se sentíssemos a identidade, ou pudéssemos correlacionar a determinado período. Mas nos mostra um pouco do terror interno vivido ali, e os motivos da busca por uma vida melhor. Ao mesmo tempo, vemos como é difícil a vida do emigrante, os preconceitos tão reais no país estrangeiro, e como todos esses fatores são enraizados e essenciais na formação da expectativa de vida.
O livro é extremamente triste. A escrita corrida, até difícil em certos pontos, contribui para passar essa sensação de urgência, de atropelamento.
Tento achar algo de bom, algo que posso ter contribuído em forma de crescimento pros personagens e falho miseravelmente.
É tristeza do início ao fim.
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Lenir 01/05/2024

A obra traz, de um lado, a violência armada de um país latino-americano e, de outro, a soberba e violência classista e racial na Europa. Em meio a isso, o drama de uma família, protagonizada por uma jovem e seu irmão adolescente.
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