Resenhas - A Segunda Morte das Irmãs Bond

carina 24/05/2024

Incrível! Amei! A história é muito boa te prende do começo ao fim, os personagens são bem desenvolvidos e tem uma mistura de tudo: fantasia, romance histórico, suspense, mistério e ação. E é interessante o modo como autora mistura fatos históricos reais com ficção.

izabelics 17/03/2024

Confesso que não estava esperando uma leitura tão boa. A protagonista é forte e inteligente, a história é bem pensada e amarrada, todos os pontos apresentados são bem explorados e trabalhados. Conseguimos ver os caminhos que o movimento feminista em seu primórdio teve a percorrer, a puta antimanicomial, a luta pelo direito a formação, a influência religiosa extremamente opressora no destino de filhas e jovens, os sucessivos abusos legitimados contra as mulheres na sociedade. Tudo isso é dolorosamente destrinchado, mas com inteligência, expondo tudo o que foi conquistado em uma história de ficção com uma realidade não tão distante em nossa história. Com toda certeza, faço minha recomendação!

Livros da Julie 14/02/2024

Ótimo suspense com temática mediúnica
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"Sempre que necessário, vale se queixar de dor de cabeça."
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"Há muito tempo (...) existe um sistema de repressão e opressão praticado contra as mulheres."
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"Tanto a lei quanto a igreja (...) se uniram contra a mulher para mantê-la em uma posição artificial e subserviente."
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"Era uma coisa perigosa para fazer na frente de uma multidão, revelar tão claramente um dos grandes mistérios da vida. As pessoas afirmavam desejar respostas, mas, bem no fundo, elas não queriam saber de verdade. Bem no fundo, elas preferiam o conto de fadas de um Deus no paraíso e uma vida eterna."
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"O segredo era deixar dúvidas suficientes na mente das pessoas para que depois possam se perguntar se alguma dessas coisas foi real, enquanto também lhes permitia um vislumbre - mesmo que só por um breve instante - de uma parte da verdade."
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"existem perigos suficientes para mulheres no mundo como ele é"
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"Às vezes, os planos mudam. (...) às vezes não há problema em abrir mão."
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A segunda morte das irmãs Bond foi a leitura coletiva de agosto da Faro Editorial promovida pelo @clubeliterarioferavellar.

Médiuns desde crianças, as irmãs gêmeas Edie e Violet Bond conseguem acessar o mundo espiritual e se comunicar com os mortos. No entanto, esse talento herdado da mãe não foi de grande utilidade quando esta morreu. Pelo contrário, só serviu para assustar o pai, que resolve interná-las em um hospício.

Com medo, as jovens fogem de casa e entram em uma trupe que viaja o país realizando performances mediúnicas. Durante um show, elas acabam fazendo contato com o mesmo espírito maligno que surgiu durante a morte da mãe. Será que sua aparição também está relacionada aos recentes assassinatos de médiuns na região?

A história começa de modo bem intrigante, já apresentando os contornos dos mistérios que deverão ser desvendados ao longo da leitura. Em pouco tempo também se esclarece o conceito em que se baseia o título, o que nos deixa aflitos e mais ansiosos pelo desenrolar da trama.

O início instigante contrasta com o progresso brando. O enredo somente ganha ritmo e ação na segunda metade do livro, o que se deve a atitudes mais efetivas por parte da protagonista e a indícios de um adorável romance. A narrativa destaca o ponto de vista de Edie. Violet é uma coadjuvante essencial, mas não detém o mesmo peso na trama.

O fio condutor da história é o espiritismo e o desenvolvimento da mediunidade, bem como a opinião popular sobre seus praticantes. Até hoje a ignorância gera preconceito e desde sempre as mulheres têm sido as principais vítimas, alvos de desrespeito e violência. Às vezes, porém, o olhar torto e a reprovação social podiam ser um preço pequeno a se pagar pela oportunidade de expor seus talentos em público, fossem reais ou meramente artísticos.

Edie utilizava suas apresentações como um subterfúgio para manifestar suas opiniões filosóficas e políticas. Por meio desse mote, a autora retrata as lutas por educação e trabalho igualitários e pela causa sufragista e aponta a desigualdade entre homens e mulheres e a falta de independência feminina no século XIX, institucionalizadas pelas leis da época.

À mulher não era permitido estudar ou votar. Quando trabalhava, não recebia nada por isso. Ela era sempre tutelada por um homem, seja o pai, um irmão ou o marido. Seu guardião legal poderia declarar sua insanidade por qualquer motivo absurdo como "ler romances" e interná-la à força a qualquer tempo.

Nesse contexto, Amanda aborda a forma desumana e cruel com que as pessoas, doentes ou não, eram tratadas em hospícios. Também há um claro alerta a respeito da pseudociência disfarçada, mal que ainda ceifa muitas vidas. As falhas, porém, não residem na medicina ou na crença. Falhos mesmo são os homens. Charlatões são endeusados, enquanto profissionais íntegros são massacrados.

A maior mensagem, porém, não tem cunho científico, social, político ou religioso. Aprendemos com as irmãs uma grande lição sobre confiança e a força do laço familiar. Em um final forte e comovente, vemos que, apesar de todos os problemas, o amor se impõe.

Destaque para a nota da autora, onde ela explica sua inspiração para a história.

site: https://www.instagram.com/p/CwiwHMfPXuR/

carolita 26/01/2024

A segunda morte das bond
Um livro que me surpreendeu com o jeito que os assustos de morte e mediums sao tratados. no inicio, nao me prendeu muito, mas a partir da metade me vi devorando o livro

Luu 05/01/2024

A segunda morte das irmãs Bond
O livro conta a história das gêmeas Violet e Edie; médiuns que após fugirem do pai que ameaçou interná-las, se veem fazendo parte de uma turnê de um show de talentos, pelo país com outras mulheres com habilidades parecidas com as delas.
Certa noite durante uma apresentação, Edie descobre que o espírito responsável pela ? da sua mãe está solto no mundo vivos e agora ela se vê na responsabilidade de encontrá-lo antes que ele faça mais estragos do que já fez.

? O que eu achei da história?

A segunda ? das irmãs Bond é uma ficção histórica, que logo nas primeiras páginas me cativou. A escrita é simples, mas não peca em descrição e imersão do leitor na história.
O mistério que envolve o espírito fujão e sua identidade desconhecida, é espetacular, porque você desconfia de todo mundo.
Como assim desconfia?
O espírito que fugiu, possuiu o corpo de alguém, e Edie teme que esse alguém esteja na mesma cidade que ela. Logo você fica atento a tudo e a todos ao redor, buscando descobrir quem foi possuído.

O livro tem migalhas de romance, bem pouquinhas, mas ainda assim foi capaz de me fazer ficar apaixonada pelo casal.
Além disso, amei como ele retrata de uma forma clara e bem próxima da realidade, a vida das mulheres no século XIX, e a luta delas pelo direito igual. Trazendo para ficção, um diferencial que é a luta por um espaço para serem ouvidas, mesmo que para isso tenham que dar voz a um espírito ? só lendo pra entender essa hehehe.

?? O final é bem amarradinho. E o desfecho é satisfatório.
Eu não considero o livro uma fantasia, porque embora a história brinque com elementos desse gênero, está mais para um romance sobrenatural. Porém, ainda assim, super recomendo.
Me tirou de uma zona de conforto e me surpreendeu muito!!!

CelaPV 27/12/2023

Um tiro certeiro no escuro
Ninguém me recomendou, nunca tinha ouvido falar sobre, mas comprei ele julgando pela capa e não me arrependi.
Um bom livro, que - tenho que admitir - começou meio lento, mas que pegou um bom ritmo por volta da página 80. A história das gêmeas com poderes mediúnicos é bonita, cativante e com uma pontinha de romance me prendeu e despertou curiosidade!!
Não posso dizer que é um livro incrível e impecável, mas é uma boa leitura e eu recomendo, mesmo não sendo perfeito.

Thaise @realidadeliteral 08/12/2023

Uma história sobre amor fraternal, sororidade, feminismo, romance e principalmente sobre família
As gêmeas Edie e Violet Bond possuem dons incríveis herdados da mãe, enquanto Violet serve de ponte entre o mundo espiritual e o dos vivos , Edie tem o dom de adentrar o véu da morte e acessar o outro lado. Em um momento da história em que as mulheres não tinham direito ao voto, a falar em público e a estudar, elas viajam com outras mulheres em um show de talentos desde que sua mãe morreu em circunstâncias estranhas e seu pai religioso ameaçou de as internar em um sanatório, prática comum entre os homens da época quando se deparavam com uma mulher forte.
Em uma noite de show Edie se depara com o espírito que pode ter sido responsável pela morte de sua mãe e embarca na busca por respostas enquanto investiga o sumiço de médiuns com a ajuda inesperada de um repórter cético e impertinente.

Por mais louco que possa parecer, esse enredo que beira a fantasia foi baseado na história real da bisavó da autora Amanda Glaze que junto com sua irmã gêmea viajou o país com suas sessões espíritas. Essas mulheres conseguiram, por meio do espiritismo, encontrar meios de usar sua voz, quando não lhes era permitido, tendo grande importância no movimento sufragista da época. Esse elemento histórico é excepcionalmente trabalhado pela autora em conjunto com o misticismo e o mistério do enredo, que tornam a leitura muito fluida e imersiva, eu li sem perceber, fiquei tão envolvida na história que me senti parte daquele grupo de mulheres. Prendi a respiração todas as vezes que Edie e Laws - o repórter - entravam em uma nova confusão, e torci para que tudo ficasse bem no final. E que final, tudo muito bem amarrado e nada óbvio.

Eu embarquei nessa história sem saber quase nada sobre ela e foi uma experiência muito boa porque fui surpreendida positivamente com uma história sobre amor fraternal, sororidade, feminismo, romance e principalmente sobre família: tanto a de sangue quanto a que escolhemos para nos acompanhar. Recomendo demais a leitura!

Manu 05/11/2023

Sinceramente um livro mto bom.
a história consegue misturar elementos fantásticos com elementos do espiritismo sem fazer com que o livro pareça uma fantasia.
além disso a situação social da época é mto bem retratada, mesmo que alguns elementos estejam fora de tempo e sejam bem mais modernos, e apresenta de uma forma realista e ao mesmo tempo leve a história contada.
o livro também tem um senso de humor pessoal que não parece forçado e isso deixa a leitura mto mais prazerosa

Luana.Regina 26/09/2023

Bom
Achei que poderia ter mais, porém o mistério chama a atenção, embora eu acho que deveriam ter desfrutado mais dos poderes das irmãs e principalmente por uma ter muito mais enredo que a outra! Mas amei o final de coração!!!

Cris 05/09/2023

O véu que os separa
Em uma época em que mulheres tinham que ser submissas, as que alegavam ser médiuns que tinham um poder a mais, eram comparadas a bruxarias, eram internadas e submetidas a vários tipos de experimentos nos anos anteriores até queimadas vivas, onde os homens alegavam insanidade mental, que muitas vezes eram suicidas ou que suas mortes eram acidentais, nenhum tipo de suspeita era recaído ao seu cônjuge.
O enredo de certa maneira é muito realista, as gêmeas existiam, as irmãs Bond, a autora inspirou a história em sua bisavó Edie Bond onde ela e sua irmã Violet conduziam sessões espíritas regulares, numa época em que as mulheres não eram encorajadas a fazer debates nem conduzirem oratórios principalmente em público, que experiência fantástica, vocês não acham?
Uma leitura de fácil compreensão, duas irmãs lutando para conseguir se reerguer, ter um futuro, menores de idade, mas com experiências além do imaginável e sem limites, amei a história, temos amor, gratidão, reconhecimento e relacionamento duradouro com emoções a flor da pele.
A ligação das irmãs é algo tangível, talvez por causa de ser gêmeas ou por causa de serem cúmplices, não dá para explicar, ou então o mais correto a ligação vem de seus dons pois uma completa a outra, em sentido de serem os opostos em suas realizações, não sei...a única coisa que eu sei é que esse vínculo é poderoso e inquebrável.
Recomendável a pessoas que adora de uma boa investigação, com plot twist, casais e sentimentos que podem se aflorar no decorrer da leitura, fica a dica.
????

Aline 27/08/2023

A segunda morte das Irmãs Bond
Queria ter tido tempo pra ler essa história mais rápido, mas dentro da minha realidade tirava todos os dias um tempinho pra ler e esse envolvimento com essas irmãs gêmeas e sua história me marcou.

Antes de mais nada precisamos levar em consideração que a história se passa no século XIX, numa época em que as mulheres não tinham direito de voto nem de fala e muitas eram internadas em sanatórios como estericas, muitas vezes apenas por ter enfrentado seu pai, marido ou um responsável.

As Irmãs Bond junto com a mãe tem poderes sobrenaturais e isso é escondido do pai pastor até que a mãe dela morre durante uma seção espírita. O pai desesperado sem entender o que acontecer diz que irá internar as filhas e isso a faz fugir.

Tempos depois e com novos nomes elas estão trabalhando numa trupe que faz apresentações públicas sobrenaturais, algumas delas tem talento e outras fingem. Tudo estava caminhando até que mortes suspeitas e desaparecimento de jovens ligadas ao sobrenatural começam a acometem e chama a atenção de uma das irmãs que decide investigar com a ajuda de um jornalista.

Muita coisa interessante, instigante e intrigante acontecerá até o fim desse enredo. Garanto que a autora prende sua atenção até o fim e a ligação dessas irmãs é algo de emocionar, e o melhor é saber que elas são inspiradas na bisavó e sua irmã, da autora.

Leiam e se permitam emocionar nessa história onde o amor familiar, o perdão, a luta pela justiça e respeito são a base de tudo.

Nina.thousand 27/08/2023

Vai acumulando mistérios e sua curiosidade só aumenta. As páginas vão virando sozinhas. A reviravolta no final me surpreendeu e não consegui deixar de pensar em como essa história ficaria em uma minissérie de algum canal de streaming.

Tem um pouco de romance apenas pra dar aquela esquentadinha no coração.

Além de tudo é um bom retrato de como a sociedade da época tratavam as mulheres e quem afirmasse se comunicar com o mundo espiritual.

sandim_steh 13/08/2023

IG: @PAPEANDOSTEH
?Quando o corpo de uma pessoa morre, o espírito dela atravessa para o Véu da morte. A maioria dos espíritos fica lá por um tempo, encontrando conforto na proximidade do Véu com a vida.?

{RESENHA: ?A Segunda Morte das Irmãs Bond - Amanda Glaze?} E se você vivesse numa época que tivesse que se esconder por poder ver ou sentir coisas que poderiam te levar ao sanatório, você se esconderia?

Neste livro vamos conhecer as irmãs gêmeas Bond: Edie é a mais centrada e preocupada das duas, quer tudo organizado e no horário, já Violet sonha em ser uma atriz muito famosa, vaidosa ao extremo, sempre tentando ficar arrumada para chamar a atenção; vemos desde o início que ambas são totalmente diferentes uma da outra, mas uma coisa elas têm em comum e herdaram de sua falecida mãe: o contato com o mundo dos espíritos.

CONFIRA A RESENHA COMPLETA NO IG: @PAPEANDOSTEH

Marlonbsan 06/08/2023

A Segunda Morte das Irmãs Bond
As gêmeas Edie e Violet são médiuns e, após fugirem de casa, passam a integrar um show de talentos, realizando contato com o além. Até que Edie descobre que o espírito responsável pela morte de sua mãe cruzou a terra dos vivos.

O livro é narrado em terceira pessoa e acompanhamos o que acontece com Edie, a linguagem é simples, mas possui uma densidade considerável.

O livro praticamente traz uma ficção histórica com elementos de fantasia, uma combinação interessante, principalmente por conta dos temas abordados, que mescla a mediunidade, direitos femininos e o tratamento para doenças mentais.

A história é bem montada, mas foca pouco na progressão em si, já que necessita algumas explicações complementares iniciais para elucidar o que estava por vir. Assim como na parte de fantasia, que acaba deixando a leitura mais arrastada por conta das explicações dos elementos que são apresentados.

Já os personagens são bem escritos e possuem características interessantes, assim como as suas interações e a construção da história em si. Há várias questões importantes que são abordadas, desde a luta pelos direitos das mulheres, já que, mesmo não deixando claro o período exato em que se passa, é possível analisar pelo contexto criado, até a utilização de sanatórios para lidar com várias situações, que nem sempre eram necessárias.

Como se trata de uma ficção, com certeza há aspectos que foram introduzidos para melhorar o dinamismo e até criar as situações vivenciadas, mas também há a parte histórica, com personagens reais que são citados e isso foi bem interessante.

Então, para quem gosta de um livro que envolva esses temas, também com uma pitada de suspense, romance, creio que seja uma leitura que pode chamar a atenção.

Nath 05/08/2023

Resenha Pobre Leitora
Caramba, que livro bom! Eu me interessei muito ao ler a sinopse, ver a capa que é linda e toda a premissa por trás, mas não imaginava que eu ia gostar tanto assim.
Edie e Violet são irmãs gêmeas com poderes mediúnicos, assim como a mãe delas. Violet consegue chamar os espíritos no Véu, servindo como uma ponte, e Edie, assim como sua mãe, consegue atravessar o Véu. São habilidades incríveis, mas que fizeram com que o pai delas tentasse interná-las num sanatório após a morte da mãe. Após conseguirem fugir, elas se juntam a um espetáculo itinerante só de médiuns, e fazem apresentações todas as noites usando um pouco de seus dons, até chegar um dia em específico em que Edie, ao atravessar o Véu, sente a presença maligna daquilo que matou sua mãe. E assim, Edie começa uma busca desesperada para deter aquele espírito.
A segunda morte das irmãs Bond é muito mais do que uma fantasia baseada em espiritualismo, sendo inspirada nas bisavós da autora, ela fez questão de colocar em seu livro momentos da história relacionados às mulheres da época. Existe não só uma luta contra um espírito que saiu do controle, mas uma luta contra o sistema que por tanto tempo massacrou mulheres. Edie é uma personagem com uma vontade política muito grande, assim como outras personagens que a rodeiam, e ela utiliza seus momentos no show para fazer seus discursos de temas como as leis do casamento, o direito das mulheres a métodos contraceptivos e a receber reconhecimento por seus trabalhos, utilizando o pretexto de estar incorporando algum espírito famoso. Em uma época em que mulheres eram silenciadas e internadas como histéricas esse foi um meio genial de ter voz. O sentimento que tive durante a leitura é de luta, resistência.
Apesar de se basear em acontecimentos e pessoas reais, o livro ainda é uma história fantástica, e como não abro mão de uma boa fantasia, sou só elogios para essa parte. A autora soube muito bem como nos prender em sua história, foi uma leitura super prazerosa do início ao fim, com todas as pontas amarradas e encerradas com maestria. Acho que vale ressaltar que não é um livro espírita, caso você não goste desse tipo de leitura. É bem fantasioso e "divertido".
A edição da Faro está maravilhosa, a ilustração da capa combina perfeitamente com a história.
Eu adorei realizar a leitura desse livro, me sinto realmente feliz ao terminá-lo e com certeza o indico a todas.