Extremo Oeste

Extremo Oeste Paulo Fehlauer




Resenhas - Extremo Oeste


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MachadiAninha 25/05/2024

Nos vemos do alto da ponte, amigo
Lindo, sensível, altamente bem escrito. que imagens criadas! cada descrição era um deleite. peguei esse livro pra ler sem expectativa, sem saber que se tratava de uma história-quebra-cabeça, de uma história sobre luto, sobre buscar a si, sobre dois amigos. adorei muito! chorei no final como uma criança
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Paulo Silas 25/03/2024

"Extremo Oeste" é um livro sobre ausência, sobre a falta sentida, sobre a busca por algo, sobre família, sobre amizade, sobre a estranheza - aos olhos de quem vê - com a qual as pessoas mudam o rumo das coisas, assim como também sobre a efetiva estranheza com a qual as pessoas agem. É um livro que resgata memórias do narrador protagonista enquanto toda uma história, que vai surgindo e estabelecendo o pano de fundo que ao mesmo tempo parece ser o ponto central da trama, vai sendo construída, tendo-se assim um enredo bem elaborado.

Um amigo desaparece enquanto é procurado pelo protagonista que narra a história, indo o narrador atrás de pistas e juntando elementos com o fim de tentar identificar o motivo do sumiço daquele por quem sempre prezou pela amizade. Estranhando desde pouco antes a mudança de comportamento do amigo, o narrador somente se dá conta que a situação exigia atenção quando do desaparecimento desse. Com o auxílio de uma vizinha e da mãe do amigo sumido, o protagonista passa inicia uma busca por respostas, buscando compreender o que tanto existe por trás daquele mistério que aos poucos ganha contornos mais nítidos. É sobre essa busca e descobertas que a obra trata.

Vencedor do Prêmio Jabuti em 2023 e do VI Prêmio Cepe Nacional de Literatura, o livro evidencia todo um primor em sua forma - tanto no estilo da escrita (intimista, em forma de memórias) quanto pelo formato da divisão entre os capítulos: por mais se possa dizer que o livro é narrado em primeira pessoa, os capítulos são intercalados com um segundo narrador que surge enquanto registros daquele sujeito desaparecido que é buscado na trama. Tem-se assim uma bela obra que traz ainda um pouco muito da história de uma região situada no estado do Paraná, merecendo o destaque recebido pelas premiações.
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Cris100 05/01/2024

Jabuti de autor estreante
Consigo entender e perceber o porquê do prêmio. Esse livro tem forma, muitas referências e um pouco de mistério. No entanto, não me importei com Marcello, um dos personagens principais. Como a história é contada, fez eu não me importar. Ele claramente está em sofrimento, mas a escrita dá muita volta e foca mais no entorno dele que nele. As suas fugas são um problema de pertencimento e têm um fundo geracional. Mas não acho que seus motivos sejam cristalinos, só imagino o que seja.

A parte do amigo é a mais interessante. O coitado, assim como o leitor, passa todo o livro tentando entender Marcello e suas ações. É complicado ter um amigo que precisa de você apenas para resolver os problemas dele. O apelido Cello/Cellinho o infantiliza e faz dele uma sombra do pai. As páginas 199 e 226 têm trechos bons.

A escrita do autor lembrou o Alejandro Zambra. No fim, acho que faltou arrebatamento e beleza na história, aquela coisa que faz a gente recomendá-la para todo mundo.
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