Psicologia Suja

Psicologia Suja Sofia Favero




Resenhas - Psicologia Suja


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Arthur 22/03/2024

Excuse me, but i just have to explode this body off me
A música "Pluto", da Björk, insiste em não sair da minha cabeça e ecoar demais com tudo o que a Sofia diz aqui. Ler psicologia suja foi uma implosão nos meus sentidos, no que eu percebia sobre a psicologia e o que eu permitia que a psicologia me fizesse perceber. Ouvir de lugar mais opacos, com menos certezas; não afugentar as dores ou aplacar as chagas. "tornar-me sujo". ESSENCIAL.
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Jade 27/02/2024

Entre conexões e fragmentos
Comecei a leitura em um momento que eu estava rompendo um vínculo da minha convivência. Eu, buscando organização, e a outra pessoa abraçando o caos, me mostrando uma vida menos asséptica e mais oxigenada. Não entendi muito bem o que ela queria dizer até me deparar com esse livro. "A sujeira é agressiva, mas a limpeza é verdadeiramente violenta", nos diz Sofia, e continua logo em seguida: "foi a busca pela purificação que fez com que incorporássemos uma cosmologia colonial, imperialista e sanguinária" (2022, p. 24). Eu fiquei bem impactada com as críticas que Sofia direciona à Psicologia, enfatizando a perigosa intervenção que dociliza os afetos infames e não escuta as sujeiras. Para ela, a Psicologia devia constantemente buscar estratégias de assombramento e de perturbação, que fosse mais resistente aos moralismos e mais próxima dos desconfortos, fragilidades e obscenidades que as sujeiras revelam. Adorei o tom lúdico e poético que Sofia inventa a narrativa, com provocações, relatos pessoais, caça-travas (caça-palavras), palavras-viadas (palavras cruzadas), rabiscos nos textos, linhas para serem preenchidas e, claro, o épico anti mandamentos para atrapalhar a gramática da violência (amei!). As referências bibliográficas foram muito boas também, cito "Descolonizando a Psicologia: notas para uma Psicologia Preta", de Lucas Veiga (2019) e "Relatar a si mesmo", de Butler (2015), entre tantas outras que parecem incríveis. É um texto que não só dialoga com quem lê, mas convoca! É um convite para sairmos da fossilização de um saber que invisibiliza perguntas e se apressa em colonizar respostas. Tantos ecos que essa leitura provocou. Acho que vou ter que retomá-la em outro momento, por ora, vou me contentar com a revisita dos fragmentos que grifei. Aaa, e conheci Sofia pelo artigo "Pesquisando a dor do outro: os efeitos políticos de uma escrita situada" (2020), que por alguns meses foi minha leitura de cabeceira. Recomendo a leitura de ambos.
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Murilo 10/01/2024

?Duvide de toda e qualquer produção que busque estabilizar, assegurar ou atribuir um contorno fechado à diferença. Duvide especialmente de mim.?

Primeira leitura de 2024, já começo com um livro pesado, porém relevante e com assuntos muito pertinentes.
Li coisas aqui que me fizeram rever diversos pontos sobre minha futura profissão.
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