Resenhas - STELLA MARIS

Vanderson.Gomes 01/12/2023

Não me pegou?
O enredo não me pegou, não encaixou pra mim, talvez porque eu não peguei as diversas referências de personalidades, achei tudo muito melancólico e superficial.

Val 16/07/2023

Stella Maris: uma obra desconcertante.
Após a leitura de O Passageiro, do brilhante Cormac McCarthy, continuei a tortura psicológica no segundo livro de seu díptico, Stella Maris, cujo protagonista passa a ser a irmã do personagem análogo do primeiro livro. Já em seu início a mesma destrói diversos conceitos psicológicos e seus inúmeros testes, inclusive os de QI, em longa conversa com um terapeuta.
McCarthy, neste que seria seu último livro, consegue escrever uma obra sem narrativas, composta só por seguidos diálogos, onde o leitor, em sua própria mente, vai construindo a narrativa. Uma técnica literária excepcional, muito pouco usada. Alicia, a adolescente protagonista, faz doutorado em Matemática e, ao discorrer sobre sua infância e pré-adolescência, faz um arrazoado entre filosofia e física. E quem lê, defronta-se com uma obra que põe em cheque conceitos sobre Deus, a verdade e a própria existência humana.
Num livro curto, mas extremamente profundo, esta é uma obra que dignifica a literatura moderna com suas proposições viscerais em cima de um enredo breve, bastante complexo e essencialmente diverso. As críticas de uma jovem de apenas vinte anos – mas extremamente inteligente, vivida e sofrida – à sociedade que insiste em enxergar tudo sempre sob a mesma ótica, impressiona-nos pela contrastante lucidez de uma esquizofrênica, em diálogos contundentes sobre perda, saudade e loucura. Aqui, mais uma vez, McCarthy arrasa.
Como se previsse seu fim, McCarthy vem iluminar certos pontos escuros encontrados em O Passageiro e, talvez, em algumas obras anteriores. Consagra-se, sem dúvida, como um dos maiores escritores norte americanos de dois séculos.

Valdemir Martins
15.07.2023


site: https://contracapaladob.blogspot.com/

hy.lancaster 23/04/2023

Reflexivo
É uma narrativa para pensar e questionar. A realidade da protagonista, sua loucura, suas questões. É cheio de referências e nomes da matemática, da Arte e da filosofia. É incisivo o temperamento dela e sua personalidade.
É um livro e tanto.

ClAudia 12/08/2023

Que escrita!
Livro para ser lido após O passageiro.

No formato de gravação de sessões de terapia, Amelia conta sobre a vida, seus feitos na matemática, sua doença, seu amor proibido e suas tentativas de suicídio, enquanto acompanhamos sua relação com o terapeuta se estreitar, até que ela consiga falar sobre tudo com ele.

A riqueza dessa história está na escrita brilhante, com tantas reflexões sobre a vida, a saúde mental, relações etc. Parece até tedioso, até porque sabemos bem o que aconteceu com Amelia, mas é envolvente e fascinante tentar entender como ela pensa.

Achei muito bonito e o audiobook narrado pela Julia Wheelan é tudo!

Juliano.Ramos 13/07/2023

Esse segundo livro é um grande diálogo entre psicólogo e paciente, a irmã do Western tenta explicar ao médico os motivos de sua loucura, apesar de pequeno, o livro eh cansativo.

Marcus 28/04/2024

Não espere todas as respostas
Neste “Stella Maris”, Cormac MacCarthy salta para o foco exclusivo na personalidade de Alicia, irmã de Bob Westerm, protagonista do primeiro livro do díptico, “O Passageiro”. Não espere respostas para questões deixadas em aberto na trama. O propósito do autor parece ser envolver os leitores na mesma espiral de solidão, abandono e vulnerabilidade em que vivem os irmãos.
Em seus sete capítulos, “Stella Maris” transcreve exclusivamente os diálogos entre Alicia e seu psicoterapeuta no hospital que dá nome à obra. São longas conversas erráticas onde Alicia revela seus prematuros e profundos conhecimentos em matemática e filosofia e fala sobre a relação incestuosa com Bob.
Leitura densa e desconcertante.

site: https://www.youtube.com/@BichodePrata

Igor.Banin 11/01/2024

Perfeito
A segunda parte da duologia final de McCarthy me pegou de um jeito único. Stella Maris na minha opinião, é muito superior à O Passageiro.