Triste não é ao certo a palavra

Triste não é ao certo a palavra Gabriel Abreu




Resenhas - Triste não é ao certo a palavra


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Sthe - 30/05/2024

"a imensa quantidade de vida contida na morte."
"Triste não é ao certo a palavra" descreve de uma das maneiras mais puras possíveis o amor e, não, esse amor não se refere ao romântico, e sim ao existente entre mãe e filho.

Ler sobre perda é com certeza uma das experiências mais tristes e desconfortáveis possíveis, principalmente quando essa acontece gradativamente, como relatado pelo Gabriel Abreu. Esse livro me tocou de diversas maneiras, desde as cartas encontradas da mãe do autor, até as fotografias.

Essa obra foi construída de maneira extremamente sensível, com ela pude refletir sobre assuntos antes nunca pensados, como por exemplo, o quanto existe tanta vida e memória dentro da morte. E o quanto observar alguém que você ama morrer diariamente pode ser tão dolorido quanto a perda imediata. Essa história me convenceu cada vez mais sobre a profundidade humana e a complexidade da vida. A partir dela tive a oportunidade de entender (e no final perceber que nunca irei entender) a imensidão do amor e da importância presente na maternidade.

O primeiro favorito do ano, e com certeza um dos melhores livros que já li na vida.

"Sabe M., triste não é ao certo a palavra. A sensação na verdade me foge ao vocabulário. Ela é um conjunto de coisas, indecifrável. É tristeza, sim, porém uma tristeza suportável e perene, um suave nó na garganta que se desmancha toda vez que engulo seco e que logo se reata. É uma melancolia calma, uma doce lamentação comprazida que retorna. É um sentimento translúcido que atravessa o cotidiano, que permanece, por vezes imperceptível, mas ainda sim presente. Ela paira a todo instante e com ela se aprende a viver. Tornou-se tão familiar que chega a me deixar agradecido, aliviado em saber o que esperar."
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maria 22/04/2024

Triste não é ao certo a palavra.
?triste não é ao certo a palavra? é um livro totalmente diferente do que estou habituada, mas devo dizer que é uma leitura esplêndida. é muito tocante ao decorrer do livro acompanhar um filho querendo a todo custo preservar a memória de sua mãe, fazer com ela se faça presente de alguma forma. é impossível não se emocionar. é um relato sincero e real.
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Tiago 12/03/2024

Recortes de uma perda
Em Triste não é ao certo a palavra, o autor Gabriel Abreu tenta lidar com a perda progressiva da mãe para uma doença degenerativa. Ele faz isso a partir do conteúdo de uma caixa de recordações com cartas, fotos, diários.

O livro, assim como o conteúdo da caixa, vai se construindo como uma bricolagem de memórias e recordações. No percurso, o autor vai tentando reconstituir a história da mãe e a própria história em um diálogo de vozes.

Obra visceral, que foge aos rótulos dos gêneros literários. Ao ler, me peguei refletindo sobre as minhas próprias memórias e como elas me ajudam a definir quem sou (ou quem penso que sou).
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eliabxanca 12/03/2024

O título deste livro despertou minha curiosidade, e iniciei a leitura sem conhecer muito do que se trata a trama. Gabriel, de maneira sensível, expressa a dor da perda, especialmente quando se trata de perder gradualmente. Sua narrativa sobre tristeza me atravessou, refletindo minha própria dor de maneira precisa. Apesar da intensidade, é belo testemunhar a construção delicada da relação entre mãe e filho. Recomendo muito.
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Maria 14/02/2024

Comecei a leitura sem saber sobre o que se tratava propriamente, e levei um choque ao adentrar na clara dificuldade de um filho em perder a mãe ds forma tão dolorida.
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Sarah 02/02/2024

Sensibilidade
Que livro tocante! Me fez refletir sobre o fim da vida, e, a singularidade da relação entre mãe e filho.
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Lurdes 14/12/2023

Qual a palavra?
Triste?
Por certo não é...
Então qual?

Um livro que me comoveu profundamente. Perdi minha mãe recentemente e me pego, com frequência, buscando memórias, pistas, de quem foi esta mulher.
Durante a leitura me vi planejando criar uma caixa para deixar de herança para minha filha.

Uma caixa.
O ponto de partida desta estória.

M. sofre de uma doença neurodegenerativa e já se encontra em um processo avançado de demência quando seu filho, G., encontra uma caixa com cartas, fotos, lembranças que ela guardou e que podem conter informações preciosas sobre esta mãe, de quem sabe tão pouco.
Sempre vemos nossos pais sob o nosso ponto de vista, muitas vezes esquecendo que antes de serem pais, eram pessoas com sonhos, desejos, medos, inteiramente seus.

O autor nos guia por estas descobertas desnudando, não apenas este passado fragmentado, mas a construção de algo novo no presente. Uma identidade, talvez.
Sua mãe ainda está viva, mas suas lembranças, não. Cabe a G. dar voz a estas memórias, assim como ela dava voz a seu bebê, quando escrevia no diário do filho como se ele fosse.

A construção narrativa é muito interessante (e diferente da usual). Gabriel Abreu não divide conosco apenas sua escrita e suas considerações, mas também a matéria prima de sua busca. Divide conosco o conteúdo da caixa, fragmentos de cartas, do diário, fotos, bulas de remédios e até seu laudo médico. Divide, ainda, seu processo de escrita do próprio livro.
A forma como o livro se apresenta (e como é escrito, já que a subversão ortográfica nos obriga a recobstruir até mesno as palavras) nos torna meio cúmplices nesta construção, ou algo como co-autores.
Poucas vezes me senti tão "parte" da estória.

O autor é, também, artista visual, e já havia realizado uma instalação com o tema, que culminou, agora, com este seu livro de estreia.
Uma bela estreia que tive a alegria de receber, em parceria, com a Companhia das Letras.

Recomendo a leitura.
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Joanne.G.P. 03/12/2023

???Ó???
?? Sinopse: Gabriel Abreu monta um quebra-cabeça que extrapola a forma narrativa para apresentar um retrato delicado mas feroz sobre legado, memória e amor na relação entre mãe e filho.

??A sinopse desse livro retrata muito bem o que ele é, uma narrativa diferente, poética, ousada, única. Dificil de definir pois o Gabriel concebe sentimentos, saudade, afetos, amor, tristeza e alegrias.

??Um relato bonito de quem sua mãe é e ao mesmo tempo o olhar sobre quem ele é. Nas palavras de Aline Bei (autora de O peso do pássaro morto) "Triste não é ao certo a palavra é sobre dar voz. Ao filho, enquanto ele ainda não aprendeu a falar. À mãe, a partir do momento em que ela já não pode mais falar."

??O livro transmitiu diversos sentimentos em mim mas principalmente nostalgia, saudade e amor. Fiquei com saudades imensas da minha infância, é difícil ler e não lembrar da sua própria mãe e de que ela teve uma vida antes de você nascer e o quanto a sua chegada foi transformadora.

??Assim como Gabriel saiu em busca das palavras certas para definir sentimentos, emoções e momentos, eu também fiquei à deriva tentando colocar em palavras a experiência de ler seu texto.

??Além de trechos de cartas, Gabriel enriquece o livro com bula de remédio, fotos, exames, instruções, etc, tudo aquilo que preenche branquinhos na nossa mente e cujo todo formam sim quem uma pessoa é.

?É o primeiro trabalho do autor e ele fazer algo tão íntimo e nos convidar pra entrar nessa intimidade é muito especial.
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Talita | @gosteilogoindico 12/11/2023

Minhas impressões de leitura
Achei de uma sensibilidade única. Fiquei pensando nas memórias com os meus. Sinto que também receio de esquecer momentos, de viver pouco os momentos, de buscar respostas para as perguntas.
Acredito que o autor conseguiu transmitir o que ele sente: um quebra-cabeça que, do início ao fim da leitura, falta uma peça para fechar. Essa ?ânsia? por entender sobre a mãe, e saber que não vai conseguir, gera incômodo também nos leitores. Tô aqui ainda digerindo tudo.
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Diz ela que lê 31/10/2023

?
Eu não estava esperando por nada do que encontrei nesse livro quando ele me encontrou.
Vai ecoar ainda muito.
???
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Marcos Junior 31/10/2023

O livro me parece partir de uma estrutura experimental que vai além do padrão da literatura. É uma obra de arte para além da escrita, é uma obra estrutural é muito bem feita em todos os aspectos.
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Inspirações Literárias 29/10/2023

Um livro de uma grandeza ímpar!
Uma história de encontro e reencontro de um filho com sua mãe que ao achar uma caixa com cartas de sua mãe falecida refaz o caminho de união entre passado e presente.

Em vários momentos durante a leitura senti emoções profundas e inefáveis.

Uma escrita rara em beleza que desnuda a alma e o coração.
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Gustavo611 17/10/2023

?Triste não é ao certo a palavra", de Gabriel Abreu
?Teu olhar percorre o meu rosto, ele é tudo o que resta. Deixo que você me observe, que encontre meu olhar e fique com ele, comigo?. (Pg. 184)

?Triste não é ao certo a palavra," escrito por Gabriel Abreu, é uma obra comovente que nos guia pela jornada emocional de um narrador em busca da memória e da identidade de sua mãe. A história nos permite sentir as emoções e os desafios enfrentados pelo filho, que se esforça para estabelecer uma ligação com um passado que traga de volta essa identidade que está se perdendo aos poucos.

Embora a narrativa apresente muitos pontos fortes e momentos emocionantes, eu achei que faltou conhecer mais sobre esse narrador, que nos compartilhasse mais de suas reflexões e emoções, aprofundando a conexão emocional com a história e fornecendo uma compreensão mais profunda das complexas dinâmicas familiares e da jornada de autodescoberta que ele está iniciando.

No entanto, essa falta de exposição não invalida a jornada desta leitura. No final, é uma história comovente que ressalta a importância da memória, da conexão com o passado e das histórias familiares. Gabriel Abreu, através de diversos elementos, como cartas, fotos e recortes de jornal, nos guia por uma viagem emocional que nos faz refletir sobre a relevância de manter vivas as memórias de quem amamos. Esta obra é um testemunho do poder do amor e da busca contínua pela verdadeira identidade.
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Oscaraujo 13/10/2023

Juro que eu não consigo descrever a magnitude desse livro. É de um sentimento tão palpável, são imagens, palavras, memórias, colagens da maior saudade do mundo: a da nossa mãe. Me pegou demais, me senti conversando com um amigo que me entendia totalmente, mas diferente de mim, um amigo que falava tudo que saía de seus dedos por conta de um certo remorso, que nunca é revelado, mas eu sinto em suas imagens, palavras, memórias, colagens da maior saudade do mundo: a da sua mãe.
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