Resenhas - Chuva de papel

Kayron.Kaic 23/05/2024

A Glória de Joel
Eu comecei a história pensando que era sobre Joel e achando ele um protagonista bem controverso, mas mesmo assim muito rico. Tenta suicídio e fracassa. Gosto das descrições que ele oferece sobre o período de jornalista e isso torna tudo muito bom de acompanhar. O humor ácido é saga torna a leitura ainda mais interessante.

No entanto, quando surge a personagem Glória é que tudo fica muito melhor. A Glória é autêntica, real, divertida, ácida, não deita pro Joel e tem respostas pra tudo. A primeira parte do livro é incrível, muito por conta dela.

A segunda parte do livro eu achei bem preguiçosa, quase não quis acompanhar. Acho que perde-se muito do nível em relação à primeira parte.

No entanto, é uma leitura válida.

Erika598 16/05/2024

Apesar dos temas pesados, há uma linha de esperança e possibilidade de redenção. A jornada do personagem principal para encontrar um novo propósito e significado na vida é inspirador e faz com que possamos olhar para nossas próprias vidas sob uma nova perspectiva

Itamara 14/05/2024

Infelizmente fui com expectativas altas por ter gostado muito de A vida invisível de Eurídice Gusmão, da mesma autora (inclusive recomendo livro e filme). Ainda que a linguagem vá no mesmo ritmo, com uma escrita leve, o enredo não me cativou. O início tinha tudo para ser daqueles que a gente lê de uma vez só, mas comigo não rolou. Há uma mistura de várias temáticas que, em minha concepção, poderiam ter se concentrado em apenas uma ou duas. Tenta ser dramático e engraçado, mas falha nas duas. Confesso que foi uma leitura difícil de concluir.

LudGuiotti 11/05/2024

?Joel, homem gosta de mulher. Mulher gosta de contexto?.
Com uma pitada de humor, um tom de crônica, a autora garante uma história interessante e bem contada. Um jornalista (aliás alguns outros secundários e menos importante) conta fatos, se envolve em outros, coloca seu ponto de vista em muitos. Morte, muitas mortes? todas importantes aos personagens, mas para nós leitores tive a impressão de que foram colocadas como ?fatos corriqueiros?? e morreu. Ponto. Embora eu tenha essa interpretação, é um livro que compensa a leitura, leve, bem escrito, um tom de humor, e principalmente um tom de convencimento ao trazer a tona partes da realidade (pandemia, crimes reais, sociedade carioca, frases de presidentes, movimentos como panelaço?). A autora tece o real ao imaginário e nos faz acreditar que são personagens reais, problemas reais, soluções reais? Gostei!!!

GiuLaganá 28/04/2024

Para ler na praia
Sabe aquele livro de leitura fácil e agradável? Aqui está um exemplar.
História de um jornalista famoso, mas em fase de decadência, que tenta o suicidio fristrado. Após sair do hospital, é acolhido pela avó de um amigo em um apartamento na Tijuca. Ela, uma mulher de opinião e com uma filha morta, passa a questiona-lo, até que morre.
Joel conhece a história de Glória através do livro que ela estava escrevendo sobre sua história.
Aracy, a dona dos chiuauas, acompanha o envelhecimento de Joel.

Agatha.Velasco 25/04/2024

Apaixonante
"Chuva de Papel", de Martha Batalha, é uma obra que nos convida a refletir sobre a vida, suas reviravoltas e a redenção. Acompanhamos a trajetória de Joel Nascimento, um repórter policial decadente que, após uma tentativa de suicídio frustrada, se vê obrigado a morar com a tia de um amigo. Em meio a dificuldades financeiras, problemas familiares e o alcoolismo, Joel encontra em Glória, uma senhora energética, e na vizinha Aracy, uma oportunidade para reconstruir sua vida.

O livro é um retrato tragicômico da sociedade carioca, alternando entre o passado glorioso do jornalismo e o presente marcado pela pandemia de Covid-19. A narrativa é intensa e sensível, entremeada pela crueza da vida marginal e dissabores afetivos. Com uma linguagem fluída e bem-humorada, Martha Batalha nos entrega uma história que é ao mesmo tempo uma homenagem ao jornalismo e um espelho das transformações do Rio de Janeiro.

"Chuva de Papel" é uma leitura que toca o coração, repleta de personagens memoráveis e situações que nos fazem rir e chorar. É um convite para olhar a vida com mais esperança, mesmo quando tudo parece perdido. Uma obra definitivamente apaixonante.

Alexandre663 18/03/2024

Decepcionante
Achei que seria um livro incrível, mas odiei o processo até chegar no final, que por acaso, a única parte que gostei de ler.
protagonista machista e sexista, que doía de acompanhar na leitura.

Del Oliveira 14/03/2024

Chuva de papel
Confesso que é um livro que eu esperava um pouco mais dele. Eu, particularmente, senti que alguns personagens poderiam ter suas estórias um pouco mais desenvolvidas (minha impressão). Mas no geral é um bom livro.

Luisa Pup 09/03/2024

Decepcionei :(
É a terceiro livro que leio da Martha Batalha, achei que tinha um potencial muito legal, mas no final das contas não gostei tanto... A história poderia ter sido muito mais desenvolvida, senti que dó começo até uns 75% e enrolou demais, depois terminou muito do nada.

jmpearl 27/02/2024

Joel é, enquanto pessoa, odioso. ele é sexista, agressor, covarde, alcoólatra, inconveniente, péssimo marido, péssimo pai, péssimo avô, péssimo amigo, péssimo inquilino, péssimo paciente, tão ruim em tudo que não prestou nem pra smtr. enquanto personagem, ele é ótimo, tem as próprias razões sem ser absolvido dos erros (e crimes). só achei muito rápida a forma como certa coisa aqui aconteceu e que os personagens se perdiam no meio de alguns diálogos de uma forma não natural

Grizi 23/02/2024

Conexões
Martha Batalha
CHUVA DE PAPEL

Incomoda. De perto ninguém é normal.
Joel, repórter há 5 décadas, se torna o próprio jornal, sua única referência de ser . Pois a vida foi inconstante com os amores, não consegue nenhuma permanência. Sem rumo tenta se matar e de maneira cômica não consegue e cai em cima de um toldo e estraga uma kombi - no insucesso não morre e apenas faz mais uma dívida (o conserto da kombi). Sem lugar de morar, vai p casa de Glória , de favor, mas nem sua necessidade o amolece, sendo ingrato com ela .
Glória é dona de casa, mas não tem simplicidade, carrega muitas histórias! Está escrevendo um livro, e talvez Joel possa ajudá-la! E é isso que ela diz as amigas, que ele é famoso, premiado jornalista.
Em meio a pandemia, se passa um vai e vem de memórias, anos 70, 80 e 90?
Mostra a amizade entre Aracy e Glória . Desde criança .
Glória, percebe as diferenças sociais desde criança nos passeios de Páscoa na casa de tia Nice, onde seu pai morre do coração, tragicamente .
Sua mãe sem opções coloca o peso de uma promessa, para Gloria. Glória deveria pagar a promessa para sua mãe poder se casar de novo.
Glória não tem posição , nem escolhas ou escuta !
Se supera conseguindo de joelhos alcançar o alto da escadaria . Se liberta, adoece e se envolve com Heitor, médico, casado, que se apoia nas dificuldades da profissão para justificar seus deslizes, justificando suas decisões machistas (própria do tempo). Crescia diante da pequenez de Glória .
Glória pós um aborto sofrido, sozinha não tinha e não se achava no direito de sofrer.
Uma cena de rebeldia foi impor a necessidade de comprar 2 latas de milho e fazer com elas o que bem entendesse ?. Ali nascia seu feminismo! Foi um insight ?.
Quando engravidou novamente resolveu enfrentar, era sua escolha, mas foi abandonada, houve preconceito, lutou, fazia empadão para viver, e criou sua filha, tinha apoio de Aracy ?
Ah uma amizade como apoio !!!
Reagir ? ter a escolha ? ter sua filha? cabeça erguida ? O feminismo não é um capricho é um início , uma continuação do que veio antes e suporte para o que vem depois ?
Quis relatar, quis registrar ? isso é sucesso!!! Superação e aceitação. Estava escrevendo
um livro sobre sua história.
A vida não para e veio a perda , e perdeu Claudia ! Tão estudada, independente , podia ser diferente ! Mas foi morta por um homem????!!!
E Aracy perdeu Rômulo e demorou para poder enfim descongelar o bobó e superar e seguir?.
E Glória tb se foi ?
E todos os papéis que Joel havia guardado, recortes de notícias, de tempos saudosos, não fazia mais sentido , picou e jogou fora, encerrou ? como uma chuva de palpel e Aracy apoiou !
A vida é assim ? constante ?. Precisa de escolhas?. Porque evolui ? e as consequências são filhas das escolhas ? e ao nosso lado, muitas histórias , muita vida !!! Basta se conectar, estar atento e se permitir viver e dar a vida . O poder das conexões verdadeiras !!!
Joel sabia contar histórias, mas eram rasas , depois de Glória, conta sobre vida verdadeira, sobre GLÓRIAS !!!!
Joel se sente um homem completo?
E se realiza em poder escrever o livro de Glória .

Marcus 22/02/2024

Tijuca na veia
Como sempre, Martha Batalha traz histórias boas de se ouvir. Sim. A gente lê, praticamente dando voz a cada personagem. Todos tem suas dores, seus humores, suas histórias. E se entrelaçam silenciosamente e vagarosamente. Quando a gente dá por si, viraram amigos íntimos.

Chuva de Papel é a história de Glória. Que acolhe Joel, que vive com Aracy. Que sempre esteve com Glória. Tijuca no estado da arte.

Andreia410 09/02/2024

Encontros de final da vida
Gostei muito da escrita da autora em seu outro livro, por isso esperava mais desse. O livro narra a história de um jornalista aposentado, com mais de anos, tentando dar fim a sua própria vida. Numa tentativa frustrada de suicídio ele acaba sobrevivendo e indo morar de favor na casa da tia de um amigo.

E assim se desenrola a história, com viagens ao passado dele e da dona da casa. Até que ela vem a morrer e ele então acessa uma gravação onde ela conta a sua história, que ele acaba escrevendo.

Leitura rápida porém pouco envolvente.

Gabrielle Moraes 03/02/2024

A memória nos mantém vivos.
Esse livro narra um cotidiano dividido por três pessoas idosas, que são os protagonistas. É interessante ser uma pessoa jovem lendo esses personagens, pois tento me imaginar em um futuro que me é distante.
Por se tratar de um livro que fala muito de memórias, se tornou especial. As memórias são tratadas com tanto carinho, tanta dor e tantos detalhes extremamente específicos que a narrativa do cotidiano pareceria entediante se não fosse por esse passado que te ajuda a compreender as pessoas presentes na história. O melhor de tudo é a narrativa que ora é de Glória, ora de Joel, ora em terceira pessoa. Sinto que os conheci melhor por isso, conheci suas ideias, seus pensamentos, seus desejos inalcançáveis, seus sonhos guardados na gaveta, suas dores reprimidas.
Joel é uma pessoa desprezível, e ler a história onde ele é protagonista foi difícil no começo. Mas depois me afeiçoei a ele quando passou a conviver com Aracy e olhar para Glória com carinho.
As memórias da Glória valem pelo livro todo.
Ao contrário do que li em uma resenha, não achei o final apressado, mas me decepcionei com a morte de Glória. Me fez pensar que a vida é tão sofrida para nada. A vida não é nada além do que as poucas memórias que temos. Os poucos momentos que guardamos.
Um livro muito bom e muito fluido. Porém, sofrido também.

taypyx 23/01/2024

Ninguém é perfeito.
Me dói dar só 3 estrelas. A escrita é sensacional e os personagens são ótimos. Marquei vários trechos. Mas para o meu gosto o livro é introspectivo demais, faltou enredo. Achei arrastado em vários pontos e também admito que talvez as minhas expectativas não tenham ajudado.