Annalisa 23/05/2024The Ashes and the Star-Cursed King
Comecei a leitura desse segundo livro e o primeiro não tinha nem ainda terminado de ser digerido. Gostei demais de toda a construção do mundo, das relações entre as personagens, da cultura e da mitologia apresentada. Achei um universos enorme e que havia milhares de formas de ser explorado. Um começo de encher os olhos e brilhar a alma. Este segundo vai iniciar praticamente da onde o primeiro terminou e temos agora uma agradável surpresa, a narração dos capítulos está intercalada ente Oraya e Raihn, podemos agora ter uma visão do turbilhão de sentimentos e emoções dos dois lados, e o quanto cada um realmente sofreu com as decisões tomadas ao fim do primeiro livro.
Oraya agora descobre que na verdade é meio humana e meio vampira, e com esse conhecimento muitas coisas acabam caindo em suas costas e ela se vê cada vez mais enrolada e com dificuldades de aceitar essa nova realidade. Ela tem mágoa de Vincent por ter escondido tanta coisa dela, ela te raiva de Raihn por tudo o que ele fez ao tomar o trono do reino, ela tem raiva dela mesma por ter sempre aceitado fazer esse papel de humana frágil e em perigo. E agora descobrindo que ela podia ter crescido em condições completamente diferente, ter feito muito mais coisa, ter lutado, se desenvolvido, ter vivido e não apenas sobrevivido.
Ela tem uma personalidade confusa, e achei muito mimimi da parte dela, esse joguinho todo que ela fez com Raihn, das brigas, da raiva, das traições. O cara estava lá de joelhos por ela, aceitando qualquer migalha que ela estivesse disposta a dar, e ela se fazendo totalmente de crítica e vingativa, teve uma hora que encheu um pouco o saco, e queria que ela logo parasse com isso aceitasse todo o amor que Raihn esta disposto a dar. E É MUITO AMOR, não é pouco amor não.
Outra coisa que achei bem forçada foi que, assim que ela descobriu que era meio vampira, TODOS os poderes apareceram do nada na vida dela, parece que uma chavinha foi destravada e do nada toma poder mágico, toma força, toma inteligência, toma isso, toma suas asas de vampiro, olha aqui sua vontade de beber sangue e pipipi. DO NADA, um dia antes nada existia, e PUF uma palavra depois, ela tinha tudo isso. Achei meio forçadinho.
E bom, depois do golpe de Raihn não tão supreendentemente ele mesmo leva um golpe, foi o reinado mais curto de toda a história hahah E só quando realmente as coisas estão ruim e a vida de todos estão em perigo que Oraya acorda para vida, larga a fase de princesa mimada teimosa e começa a fazer as coisas da forma correta e lutar por aquilo que é dela por direito. O romance entre os dois está cada vez mais em evidência, o que eles sentem um pelo outro não pode mais ser escondido, e passar a ser o elemento principal da relação dos dois. O a tensão e a atração deles é ENORME, e as cenas de romacinho e interação deles é uma delicinha de ler. Raihn está literalmente de quatro por ela, e disposto a morrer (de novo) para que ela conquiste o que deseja.
O livro é um pouco mais lento que o primeiro, mas mantém todos os elementos necessários e nos prende até o final. E parece que nada nunca vai dar certo para esse dois, é derrota após derrota, só tiro, porrada e bomba e problema atrás de problema. Tanta dor e sofrimento, tantas perdas, tanta luta que falta fôlego para segurar tudo isso.
Para um duologia, foi uma história com início, meio e fim. Com todas as chaves e construções redondas, vale muito a leitura! Sei que dentro desse universo haverá mais livros, provavelmente de personagens que já conhecemos, mas não sei se vou seguir. Acho que esses dois fecharam muito bem a estrutura pela qual eu estava disposta a ler.