Em tudo havia beleza

Em tudo havia beleza Manuel Vilas




Resenhas - EM TUDO HAVIA BELEZA


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bran.s 26/09/2023

Em tudo havia beleza.
Através de memórias, um homem de um pouco mais de 50 anos revisita seu passado, trazendo a tona o sentimento de luto, perda e palavras não ditas. O livro, meditativo e melancólico, nos faz refletir sobre nossa inutilidade no mundo perante à morte, que não avisa quando vêm, e o quanto perdemos quando deixamos de mostrar para as pessoas que amamos o que sentimos ainda quando estão em vida.
A morte das coisas também traz reflexão: a morte de um sentimento, de uma relação, a morte do tempo, a morte das memórias?
Um livro sensível sobre a finitude da vida, sobre o correr do tempo, sobre a importância da família e sobre entender que mesmo que a morte seja o fim, a vida continua pra quem fica.

?Sou senhor do tempo que me resta; acaba sendo uma maneira de brincar com o que não se deve brincar, mas o que fazer com a morte então, com algo como ela, que não tem conteúdo e é o final de tudo? Assim que nos aproximamos da morte, começamos a integrá-la em nossas brincadeiras, em nossos pensamentos, acabamos dando-lhe um significado, e não significa nada; talvez a ideia da paz, do descanso, tenha sido a que mais sorte teve. Todo mundo quer descansar. Todo mundo precisa dormir. A preocupação dos que vão morrer são os que ficam é fazer o menor mal possível aos que ficam, deixar tudo resolvido para eles. Deixar aos filhos as coisas resolvidas e cair fora, desaparecer. Desvanecemos com paz quando deixamos tudo resolvido para os filhos; isso é morrer tranquilo.? (p.55, cap.19)
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