Bartleby, o escrivão

Bartleby, o escrivão Herman Melville




Resenhas - Bartleby, o escrivão


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Daiany.Cordeiro 22/05/2024

Ah, Bartleby!
Um ótimo livro. Comecei rindo com as características dos funcionários do escritório e com as primeiras recusas surpreendentes do escrivão Bartleby.

Depois um pouco curiosa pelos motivos dessa insistente recusa de Bartleby em fazer qualquer coisa que lhe fosse atribuída. A atitude do chefe que é bem passiva, não consegue se impor e o pouco que fazia, não surgia efeito algum.

Terminei com um pouco de remorso por ter achado graça no início. Bartleby sofre de algum tipo de depressão e essa situação não é nada engraçada.

Um bom livro, bem curtinho, que serve para refletirmos.
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Alice1720 22/05/2024

"Prefiro não"
Bartleby é um jovem "palidamente limpo, tristemente respeitável, incuravelmente desamparado".
Não soubemos dele qual sua queixa, apenas sabemos que é sozinho, pois a solidão existe em Bartleby como a doença existe em um corpo enfermo. Não soubemos o que o levou a negar seus serviços quando solicitado no trabalho, não ouvimos falar de seus motivos. Bartleby apenas disse "não".
É a figura de um homem quase deixando de ser vivo, um homem quase entregue à fome e à privação, de quem não conhecemos a história e a quem nunca compreendemos verdadeiramente, que profere a solene e inexorável frase "Prefiro não".
Algo nos personagens bem definidos, cômicos ou razoáveis falta que os impediria de dizer "prefiro não", mesmo que de fato preferissem não ler em voz alta as cópias dos documentos ou oferecer o dedo para a finalização de um nó. Não é que para aqueles que são razoáveis sobra razão, mas que para aquele que naturalmente diz "não" a vontade absoluta é expressa e realizada. Existe alguém no mundo capaz disso?
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david andriotto 21/05/2024

Estamos cercados de Bartlebys!
O mais difícil da obra foi pronunciar o nome do protagonista, Bartleby, o escrivão. É apenas o que sabemos, seu nome e a profissão que executava no momento da narração. Além de sua vil descrição: palidamente limpo, tristemente respeitável, incuravelmente desamparado. Uma ótima lápide.
Comecei a ler quase que de supetão. “Antes de um dia ler Moby Dick…” Quem sabe? E adorei. É uma obra antiga, de incrível comoção por diversos setores – logo muito bem cooptada ao longo do tempo. O “Prefiro não” é sim revolucionário, por muitos motivos. Meu atual foco de pesquisa acadêmico é justamente a burocracia (não do jeito burocrático a se imaginar) e não creio que esse campo tem todas as respostas para o problema dessa questão. Assim como a abordagem marxista, cheia de meandros e antes mesmo do capitalismo tardio, sozinha não dá conta de contar essa história.
Aliás, observação necessária é de que li pelo Kindle, infelizmente. O trabalho de imersão, por assim dizer, da editora Antofágica nesta obra física é fenomenal. Agradeço por essa e também por outras.
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Joaquim 16/05/2024

Gostaria de ter a capacidade de dizer ?não quero? tanto quanto Bartleby tem pra expressar o que deseja, ou melhor, o que não quer fazer.
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Lisa 10/05/2024

Cansativo
Decidi que esse ano leria alguns clássicos e encontrei esse mini book .

Não odiei de tudo, mas não amei , começa legal com ele aparecendo e repetindo a frase clássica , mas por fim achei ele meio cansativo demais . Será que só eu não entendi a mensagem dessa história? Ele falando só a mesma frase o tempo todo, durante o livro inteiro, não querendo sair do escritório e o final , é mega triste. Fiquei feliz quando acabou!
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hellenjm 10/05/2024

Prefiro não
Bartleby representa o trabalhador na sociedade capitalista. Suas atitudes são reflexos de desejos contidos em inúmeras situações cotidianas, mas que ninguém ousa expressar ou admitir. Por isso, causam, paradoxalmente, estranhamento e atração no leitor.
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VitAria.Tessia 10/05/2024

Eu poderia fazer uma resenha para incentivar a leitura dessa obra, mas prefiro não..................
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marcelinho 01/05/2024

Hoje, dia do trabalhador, li esse conto sobre um trabalhador um tanto excêntrico. Fazia tempo que não lia algo tão cativante. O conto me pegou legal.

Existe algumas chaves interpretativas da obra, como a marxista wie demonstra a crítica que a obra faz ao capitalismo e a alienação do trabalho. Também tem a linha interpretativa da melancolia e depressão do Bartleby. São interessantes e tem seu valor.

Porém, o que se fala pouco desse conto é o quanto ele é engraçado com seus personagens excêntricos! Bartleby é o empregado perfeito para o patrão: ele não conversa, não sente, só trabalha. O emprego perfeito. Porém isso muda quando o patrão pede que Bartleby faça algo do seu ofício e o Bartleby diz um singelo "prefiro não".

Bartleby nega, resiste só sistema. Bartleby só tem olhos para a parede do escritório.

Porém, o cômico dá lugar para o drama e o silêncio do final.

Gente, leiam esse conto. Estou cativado!
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Mari 28/04/2024

O contrário da vitalidade
O contrário da vitalidade

Terminei o livro, Bartleby o escrivão (uma história de wall-street), há uma semana e por isso poderia ter escrito essa resenha antes; preferi não.

Demorei muito mais do que geralmente deveria para lê-lo, acredito que tenha sido mal planejamento da escola e vida pessoal, não vou perder-me a isso.
O livro foi para mim uma digestão.

No começo da obra, não entendia muito bem Bartleby e irritava-me com ele - confesso que mesmo agora que terminei ainda não o entendo -.
Ainda que o observe de perto, ele não faz muito sentido, trouxe-me um grande estado de incomformidade e mal-estar - acredito ser essa a intenção de Melville; causar revolta a quem lê.

Perceba que poderia preocupar-me muito com a pontuação correta, vírgulas e afins, porém prefiro não.

Bartleby é um homem que prefere não fazer as coisas que lhe são mandadas.
Prefere não copiar, prefere não ir à padaria, prefere não tirar férias, prefere não se mudar do escritório, prefere não.

O narrador personagem da história, que é o chefe de Bartleby, acaba comformando-se com a ideia de que Bartleby prefere não fazer as coisas. Não que ele seja passivo no começo, mas acaba virando passivo e corroendo-se a apoia-ló para que ele reaja.

O livro retrata uma depressão que, pelo menos ao meu ver, não é possível concluir um rastro (o que pode ter causado?), isso é um dos enigmas do livro.
Acontece que Bartleby prefere não; fazendo com que os outros mandem nele e que ele seja punido (ou não) por atos infraciónarios.
Acontece - novamente - que, assim como na depressão, o indíviduo costuma não ligar para o efeito que causa em torno de si.
Ele passa a ser totalmente passivo aos desejos, da sociedade, de seu chefe, de si. O que vale mais: uma felicidade barata ou um sofrimento elevado?

Inato de suas ações; prefere não.

O livro, apesar de não estar nos textos finais de análise, passou-me uma ideia muito Nihilista mas prefiro não elaborar.
Acredito que tenha ficado viciada em preferir coisas.

Prefira ler esse livro.
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Lizard King 28/04/2024

Não.
Poderia fazer uma relação com Moby Dick.
Ou falar um pouco do autor.
Poderia tentar interpretar o conto e tentar fazer paralelos.
Ou poderia dizer como ele é leve e divertido.
Poderia falar que também fiquei contagiado com o verbo utilizado pelos personagens e que não vejo a hora de usá-lo no dia a dia.
Poderia dizer que fiquei curioso com o passado do novo personagem misterioso,

Mas prefiro não.
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Thaysa 22/04/2024

Prefiro não...
Que livro bem escrito, que me remeteu à literatura do absurdo, com uma história bastante insólita. A história é contada pelo dono do escritório em que Bartleby vai trabalhar como escrivão. No início parece ser um funcionário exemplar que se dedica totalmente à atividade de copista, sendo o primeiro a chegar, último a sair, sem parar nem mesmo para almoçar. Entretanto, o comportamento do estranho funcionário passa por mudanças e, em determinado momento, se torna tão apático a ponto dele preferir não fazer nada. Uma obra prima de Herman Melville.
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Ana Sá 22/04/2024

A dor e a delícia de testemunhar alguém dizendo "não"
Em "Bartleby, o escrivão - uma história de Wall Street" (1853), de Herman Melville, somos apresentados a um copista que, diante de um serviço de escritório bastante mecânico, começa a responder repetida e negativamente às demandas de seu novo patrão: "Prefiro não".

Bartleby levará o "Prefiro não" até as últimas consequências, sem maiores explicações. A partir disso, na leitura e na releitura, experimentei um sentimento ambíguo: até certo ponto da narrativa, senti um prazer em ver Bartleby distribuindo um "não" ao trabalho que até hoje é tão difícil de ser dito; por outro lado, conforme a história se desenrolava, me vi partilhando da angústia do narrador-patrão, pelo estranhamento que essa postura de negação radical à ação (ou essa "potência do não") nos causa. Ou seja, na leitura e na releitura, não fiquei nem um pouco indiferente à provocação de Melville.

O conto é curto, mas esta edição da Antofágica enriquece a obra com textos de apoio excelentes, deixando ainda mais evidente sua atualidade. Bartleby pode nos levar a pensar sobre a melancolia/depressão. Bartleby pode nos levar a pensar sobre a alienação pelo trabalho. Bartleby pode nos assustar, como afirma um desses textos, por sua "resignação pessoal" e "desmobilização política"... Ou seja: breve e dolor, o texto de Melville se revela um palimpsesto de inquietações, mais de um século depois.

Obs.: li o e-book, mas tenho visto elogios aos detalhes da edição da versão impressa também.
Carla.Floores 22/04/2024minha estante
Acabei de ler sobre ele no livro 'Sociedade do Cansaço'. Uau! Coincidência!


Flávia Menezes 22/04/2024minha estante
Leitura fantástica, não é amiga? E muito enriquecedora! Fiquei bem curiosa pra ver essa edição depois dessa sua resenha. ?


Ana Sá 22/04/2024minha estante
Carla, faz todo sentido ele ser citado neste livro! rs


Ana Sá 22/04/2024minha estante
Flávia, os textos são legais... Está liberado no Prime Reading no momento, se vc tiver prime...




Sabrina - @linhaposlinha 20/04/2024

"Palidamente limpo, tristemente respeitável, incuravelmente desamparado! Era Bartleby."
Não sei se peguei a ideia.

Quando se discute Bartleby, o escrivão, muito se fala sobre a "desumanização dos modos de produção vigentes" (assim como está escrito na própria sinopse) e sobre a relação "proletário x trabalho" de modo geral. Porém, não foi isso que consegui enxergar enquanto lia. Tanto que quando finalizei a leitura, fui procurar outras opiniões sobre o livro e acabei esbarrando em uma resenha que falava sobre a possibilidade da história ser o retrato de alguém com depressão. Tal análise, pelo menos para mim, faz muito mais sentido quando se olha o desenrolar dos acontecimentos (principalmente tendo uma visão individualizada sobre "Bartleby pessoa" e não "Bartleby trabalhador"), a melancolia em sua indiferença, e sua falta de vontade em fazer qualquer coisa (e não só o trabalho). No entanto, considerando o ano de publicação do livro (1853), acredito que seja muito menos provável que ele tenha sido escrito com essa visão, já que a abordagem e a concepção da depressão como doença são aspectos mais recentes na literatura. Porém, sabemos também que já nessa época discutia-se muito sobre o "mal do século", só não faço ideia do quão popularmente era conhecido esse discurso.

Enfim, não foi um livro que me marcou e, infelizmente, não consegui me apegar muito a Bartleby, apesar de ter iniciado o livro com esperanças de favoritá-lo no final. Mas posso ter lido errado também, é sempre uma possibilidade. Por fim, também recomendo a leitura, clássicos sempre valem a pena de serem lidos.

site: https://instagram.com/linhaposlinha
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Claudia 19/04/2024

Sou fã de Moby Dick, acho um livro fantástico e este conto também não decepciona. Ele nos apresenta um personagem muito curioso e essa nossa curiosidade permanece até o fim.
O texto é muito bom!
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DaniVetto0 19/04/2024

Arrebatador
Bartleby prefere não agir. Prefere, pois sabe do contexto em que se insere e escolhe conscientemente não participar. A não ação é a ação que, apesar de poderosa, cobra seu preço na sociedade em que vivemos.

Obra que trás conflitos para quem lê mostrando a dinâmica por meio da expressão da inércia.

Angustiante, non sense, sinistro, libertador e arrebatador.
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