O segredo da alegria

O segredo da alegria Alice Walker




Resenhas - O Segredo da Alegria


30 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Fabiene.Barbosa 21/04/2024

Uma heroína africana muito forte que procura honrar as tradições e vai em busca da mutilação genital feminina. A partir disso, vários desdobramentos psicológicos e familiares acontecem em sua vida, envolvendo muitas pessoas.

Um livro extraordinário que nos mostra a dicotomia entre ser uma mulher independente, forte e realizada ou uma mulher que segue as tradições e honra o seu povo.
comentários(0)comente



Livia M. 19/03/2024

RESISTÊNCIA É O SEGREDO DA ALEGRIA!
Aqui meu coração disparou? apesar de todo sofrimento narrado a escrita é encantadora.
E numa analogia imediata não pude deixar de pensar no mal que recai sobre os povos com a colonização ao longo da história.
#freepalestine
comentários(0)comente



Barbara 10/03/2024

"Mas eu não conseguia compreender a morte a não ser como algo que já havia acontecido comigo."

Tashi, me fez mergulhar na imensidão de uma mente devastada pela dor.
A dor física, emocional, cultural, a dor da injustiça, da perda de quem se ama e da perda de si mesma.

Apesar de um conhecimento prévio sobre o tema, nada é capaz de te preparar para o que é tratado nesse livro. O relato profundo de uma vida inteira, pré e pós trauma, faz com que o leitor consiga sentir a mudança na vida da personagem de uma forma extrema.

Apesar de ainda não ter lido "A cor púrpura" (que está na minha lista a muito tempo), quando entrei na livraria e vi "O segredo da alegria", me apaixonei pela capa e quando li a sinopse tive certeza que precisava ler esse livro. E apesar de ter sido uma das leituras mais difíceis da minha vida, não me arrependo.

Ter lido esse livro em meio as comemorações do dia internacional da mulher, foi uma coincidência que tornou a leitura ainda mais marcante.
"Resistência é o segredo da alegria", e ser mulher é um símbolo de resistência. Existir e sobreviver ao mundo que nos machuca de formas inimagináveis é quase que extraordinário.
comentários(0)comente



andrealog 07/03/2024

Quanta dor!
Em tese, a gente deveria respeitar as tradições culturais! No entanto a leitura da vida de Tisha, os relatos sobre o horror da mutilação feminina como tradição africana nos enche de horror! Saber que ainda hoje em pleno século XXI essa prática continua me fez perguntar: afinal devemos mesmo respeitar esses ? tradicionais ritos ancestrais??
comentários(0)comente



João Lucas 22/02/2024

Resistência é o segredo da alegria!
Alice Walker já foi bem irônica ao dar o título O Segredo da Alegria para essa história, pois de alegria ele não tem nada.
Alice Walker aborda neste livro um acontecimento que ocorre até hoje: a mutilação genital feminina.
Tashi é a personagem principal da obra e em busca de ser aceita pelo seu povo, ela acaba fazendo essa prática que já havia deixado sequelas em sua vida. Pois quando era mais nova, Tashi viu sua irmã morrer após passar por esse procedimento. Se não bastasse tudo isso, no meio da história acontece um crime onde colocam a culpa na protagonista e é através da fala de diversos personagens que vamos nos aprofundando no enredo do livro.
Assim como em outros livros, Alice Walker vai na ferida ao falar de assuntos delicados, mas que atingem a vida de milhares de mulheres no continente africano. É um livro triste, mas que passa uma mensagem muito importante.
comentários(0)comente



Ari 04/02/2024

Manu do céu!
Que livro é esse? Vamos lá no começo foquei meio confusa. Pensei nossa tá indo rápido a leitura, mas comecei a ficar confusa pela forma que é escrita e a mudança de personagem narrando a cada capitulo. Então voltei tudo (15%) e depois que fiz isso não conseguia parar de pensar no livro. Cada parte dele foi ficando mais e mais interessante e vivos na minha cabeça.
Daí eu lembrei o pq eu amei A cor púrpura, que é favorito da vida. E lembre que a escrita da autora é perfeita e envolvente. Eu amei esse livro que também se tornou favorito da vida ?.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Rayssa Bonissatto @livrosdarayssa 09/12/2023

Deixem as nossas vulvas em paz!
Já vou começar avisando: apesar do título, o livro está muito longe de apresentar uma história feliz. São um pouco mais de 300 páginas de um enredo extremamente angustiante, até desconfortável ao vermos a sequelas de procedimentos que mutil4çã0.

O mote do texto é a mutil4çã0 genital sofrida por Tashi, uma africana de origem Olinka (povo fictício). Essa cultura ainda existe na África, Extremo Oriente e Oriente Médio. Mas nesse livro, Alice Walker não abre espaço para discussão: é uma prática terrível que destrói vidas.

Essa prática de retirada dos lábios vaginais, extirpação do clitóris e costura do canal vaginal condena as mulheres a uma vida de opressão, vulnerabilidade e submissão em uma estrutura social extremamente patriarcal e violenta. E o pior: até normalizada pelas mulheres com medo de que suas filhas sejam rejeitadas. Ou seja, mulheres e crianças são submetidas à essas práticas degradantes como forma de perpetuação de tradições e intensamente estimuladas por líderes locais.

Alice Walker é dura na escrita. Não nos poupa. Mas ao mesmo tempo é incrível sua forma de escrita. Como ela aborda as consequências na psique da personagem com reflexões culturais, filosóficas e religiosas. Mas a mensagem é clara: deixem nossas vulvas em paz!

Os capítulos são curtos e temos a visão de vários narradores: Tashi, Adam, Olívia, Lisette, M'Lissa e outros. Os três primeiros aparecem em A Cor Púrpura.

Obviamente há uma conexão com A Cor Púrpura, mas não se trata de continuação. São leituras totalmente independentes.

Para mim, o ponto negativo foi a estrutura temporal (foi bem complicado compreender a linha do tempo), algumas passagens foram repetitivas e houve inserção de alguns assuntos em voga na época da escrita do livro (publicado em 1992) que ainda não compreendi totalmente a inserção na história.

Mas vale muito a leitura, muito mesmo!
comentários(0)comente



Luiza.Kaiser 03/12/2023

O segredo da alegria - Alice Walker
O livro traz uma personagem de ?A cor purpura?, a Tashi. Não é preciso ler o primeiro livro, são histórias independentes, mas ajuda a se situar um pouquinho na história no começo.

A história fala da trajetória de Tashi e como ela lida com a mutilaç@0 feminina, muito comum em diversos países da África e praticado até os dias de hoje como parte das religiões.

Tashi viu sua própria irmã falecer nesse ritual quando era pequena e depois de adulta, para ?pertencer? à sua comunidade e não perder as origens, se submeteu ao mesmo procedimento.

Mutilada, quase invalida, continua sua vida, se casa mas nunca mais se sente igual. Mal consegue andar. Além das dificuldades físicas, tem diversos transtornos psíquicos. Ela é acompanhada por vários psicólogos durante a vida, sempre tentando tratar seu trauma.

O livro aborda diversas questões psíquicas, religiosas e sociais durante o enredo, com temáticas bem reflexivas!

O livro termina pela condenação de um crime contra a curandeira que costumava fazer os procedimentos nas garotinhas.

Gostei bastante da leitura
comentários(0)comente



Joanne.G.P. 03/12/2023

??? ??????
ORIGEM: A história da Tashi inicia-se no livro A Cor Púrpura, quando ela é citada brevemente, não é necessário ter lido A Cor Púrpura para entender esse livro, é uma história independente e você consegue entender sem precisar de referência.

PSIQUÊ: Tashi decide depois de adulta se submeter à mutilaç@ø gen. feminina que é um ritual de passagem da infância à vida adulta praticado em 28 países africanos e em grupos na Ásia e no Oriente Médio. Esse assunto é tão forte que quero trazer um post especial sobre ele. Pois bem, a Tashi sofreu consequências mentais e físicas grandes após ter se submetido a isso e no livro vamos acompanhar um pouco das suas sessões de terapia e entrar na mente dessa personagem, revivendo suas memórias e sentimentos.

??No livro acontece um crime então é preciso entender algumas coisas para descobrir quem é o ass@ssino.

PANORÂMICO: Achei interessante que a autora trouxe uma visão bem ampla do assunto, um ponto de vista político, social, religioso, familiar e traz também alguns mitos da origem da opressão das mulheres, e isso torna o livro muito rico, fonte de diversos pontos de partida para frisar a importância das mulheres lutarem por sua liberdade e também questionar o porquê somos alvo de tantas formas de opressão.

PONTOS DE VISTA: Aqui lemos o ponto de vista de mais de um personagem, e todos eles relacionados à Tashi, marido, cunhada, entre outros, relatando como esse procedimento trouxe consequências a cada um deles.

?? O único ponto negativo desse livro é que ele inicia um pouco confuso, pelo menos pra mim. A linha do tempo não é tão clara no início, isso atrapalhou minha experiência, mas a partir de um momento isso regulariza então o livro ganha outro aspecto, mais fácil e mais fluido.

??Essa confusão do início é compensada pela riqueza de assuntos ali escritos, eu saí muito pensativa dessa leitura, ao final me emocionei e recomendo a você, atente-se aos gatilhos.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



@jaquepoesia 18/09/2023

Dividido em 21 partes, este romance polifônico, alterna em cada capítulo uma diferente voz, e é através dessas diferentes vozes (entre as vozes da própria Tashi, Adam seu esposo, Olivia, Mzee, Benny, Lisette, Pierre...) que nos é transmitido diferentes informações sobre a protagonista. Cada voz fala sobre uma fase da vida de Tashi, o que leva o leitor(a) a montar um quebra-cabeça de quem Tashi realmente é, através dos fatos de sua vida.

Tashi é uma mulher africana que cresceu na Aldeia Olinka (mas a obra não específica em qual país da África fica a aldeia). Mais velha, Tashi retorna a aldeia e busca se submeter a uma operação de mutilação genital, acreditando que está seria a única forma de ter em si mesma um traço definitivo da tradição Olinka.

Trecho: "A operação à qual havia se submetido à unia, ela sentia, àquelas mulheres, que imaginava serem fortes, invencíveis. Completamente mulheres. Completamente africanas. Completamente Olinka."
No entanto, se submeter a esta operação causa nitidamente um grande trauma a protagonista, o que traz a tona o debate sobre tais tradições.

Fica então a pergunta "Qual o segredo da alegria?".
A resposta estaria em se sentir parte de um grupo a tal ponto que isso moldasse sua personalidade e seus ideais, ou ser apenas você em uma sociedade que faz todo o possível para te transformar em outra pessoa?
Ps: Amei a resposta dada na obra!

Após a operação,Tashi se casa com Adam e passa a viver na América, e é rebatizada de Evelyn e tem um filho. É importante destacar que existem capítulos onde a voz de Tashi é chamada apenas de "Tashi" e outros onde sua voz é "Tashi- Evelyn", "Evelyn- Tashi" e "Tashi- Evelyn-Sra. Johnson, mostrando como sua identidade vem sendo moldada pelos acontecimentos de sua vida e sua consciência sobre o significado de cada um deles. Tashi então é presa (mas não espere que eu conte aqui o motivo!). Logo no início da obra somos apresentados a Tashi de sete anos que chora a morte da irmã Dura, que perdeu muito sangue durante seu processo de iniciação (a operação), mas que é lembrada pelo esposo Adam, como alguém que estava sempre rindo durante a infância. Mas a dor de Tashi sobre a morte da irmã perdura por toda a obra, junto com sua fragilidade sobre certas memórias, o que a leva a fazer terapia e enfatiza ainda mais os danos psíquicos sofridos pela personagem.
💬 Essa é um leitura intensa e por vezes incomoda, na qual a autora foi muito feliz na escolha da narrativa polifônica não linear, pois essa tornou a experiência ainda mais verossímil. Tanto que vemos em Tashi uma mulher real, capaz de representar tantas outras mulheres divididas em a tradição e a verdadeira liberdade. Fazendo deste um livro perfeito para ilustrar a crueldade por traz de algumas tradições.
Trazendo para minha realidade, a obra me fez pensar no quanto nós mulheres somos constantemente divididas entre nossas escolhas e as obrigações sociais que nos são impostas, tais como casamento, gravidez e etc. O que leva a mais uma importante reflexão sobre o feminino e o que nos leva a ter verdadeira alegria!
comentários(0)comente



Lua 12/09/2023

Ode a vulva!
Ai ai Alice, porque você faz isso com a gente?!
Não há nada que essa mulher escreva que não seja genial, não é possível!

Nesse livro acompanhamos Tashi, uma mulher africana da aldeia {inventada} Olinka. Em Olinka, assim como diversos países da África, Oriente Médio, Extremo Oriente, é tradição a circuncisão feminina. Ou seja, a retirada parcial ou total dos grandes e pequenos lábios, clitóris e costura do canal vaginal.

Tashi, assim como todas as meninas da sua aldeia, tem a obrigação de realizar o procedimento para ser "pura", "boa", "digna". E nesse livro, acompanhamos as contrações psicológicas que Tashi desenvolve durante a vida por ser uma mulher circuncidada.

Eu achei que seria mais um livro abrindo o debate do: até onde devemos respeitar tradições e culturas diferente das nossas. Mas Alice deixa bem claro a sua posição. Não é um debate! A circuncisão feminina não deveria mais existir!!!!

Tradições e culturas baseadas na escravidão, desumanização... devem serem banidas!
Alice deixa bem claro: não há justificativa pra algo assim; e eu to com ela nessa.

O texto é poderoso. Não segue uma linha cronológica e nem um narrador único. A leitura flui muito bem e nos desperta curiosidade. É uma verdadeira aventura, mas com um destino claro: deixem nossas vulvas em paz!
comentários(0)comente



Maysa 23/08/2023

Livro ótimo!
Em o Segredo da alegria iremos acompanhar a história de Tashi, uma personagem que aparece primeiramente em A cor purpura, este ainda não tive o prazer em ler, mas logo que finalizei O segredo da alegria eu fui e comprei A cor purpura e já estou ansiosa para ler.

Tashi é uma mulher forte, guerreira e que desde muito cedo percebeu que a vida não era fácil e para viver tem que ter coragem, principalmente para ela e o lugar onde nasceu e cresceu, rodeada de crenças e pensamentos machistas.

Para o povo de Tashi é algo comum a mutilação genital feminina, e por isso Tashi se submete a esse doloroso procedimento, tanto fisicamente como psicologicamente.

Ao decorrer da leitura vamos percebendo como essa escolha dela afetou sua vida e todos a sua volta e o transtorno psicológico que foi causo nela.

Eu gostei muito da leitura, mas foi uma leitura difícil, pois sentir a dor de Tashi e de muitas outras mulheres que passaram e ainda passam por esse procedimento foi doloroso.

Com esse leitura podemos ver como o machismo é enraizado em nossa sociedade, e como todas as mulheres, seja de forma direta ou indireta. Mas é algo que, infelizmente, está longe de chegar ao fim.

O livro é maravilhoso e eu recomendo para todos. E por ser um livro muito bom eu demorei muito para conseguir colocar em palavras o que eu achei e senti lendo, por isso essa resenha está sendo feita bem depois do fim da leitura, e mesmo assim, posso sentir como se tivesse acabado de ler. É uma sensação incrível ler essa autora, e estou ansiosa para ler o diário dela que recebi da editora Record.

Para finalizar, irei deixar algumas frases que achei mais marcante do livro aqui para vocês. Mas afinal, qual é o segredo da alegria?

"Foi sobre como, por fim, tomei consciência da conexão entre mutilação e escravidão que está na raiz da opressão das mulheres no mundo."

"Eu soube naquele momento em que a dor se tornou insuportável, quando atingiu um crescendo, como quando alguém toca um tambor de metal com uma baqueta de metal semelhante, que não há nenhum Deus conhecido pelo homem que se preocupe com as crianças ou as mulheres. E que o Deus da mulher é a autonomia."

"A religião é uma desculpa elaborada para o que foi feito com as mulheres e com a terra pelo homem".

"Mas isto eu sei: para os seres humanos, não há inferno maior a temer do que o inferno na terra."

"Os negros são naturais, possuem o segredo da alegria, o que explica como conseguem suportar o sofrimento e as humilhações que lhes são infligidos."
comentários(0)comente



Vitor 16/08/2023

Resistência é o Segredo da Alegria
Basicamente todos os títulos de resenhas do livro falam de resistência. Não à toa, a história que nos conta é sobre isso: resistir?

Numa obra interessante e diferente, das demais que li de Alice Walker, O Segredo da Alegria se torna uma leitura ágil diante da sua formatação. Temos partes que são dividas pelas percepções dos personagens que compõem a trama.

Mas, acima da questão física, corrente da leitura, o tema é um belo soco no estômago, uma tapa na cara do quanto a mulher ainda é julgada, maltratada, alvo dos demais?

A personificação do medo masculino do que mulheres seguradas de si, amadas, que se dão e sentem prazer, são capazes e aonde elas podem chegar.

Chocante, intenso, na medida certa?
comentários(0)comente



30 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR