Resenhas - A morte de Ivan Ilitch

Lari 01/04/2024

Poucas páginas, muitas reflexões
Eu passei a história toda com ranço de Ivan Ilitch e no final acabei com pena. Chega um momento que você se coloca em seu lugar e começa a refletir sobre sua existência.

Ranço porque ele se mostra uma pessoa egoísta, pretensiosa, narcisista que acha que todos devem sentir algo por ele, seja pena, amor, culpa, mas ele msm não sentia o mesmo pelos outros

"E tinha que viver assim, sozinho, à beira de um abismo, sem ninguém que o entendesse ou sentisse pena dele."

A vida para Ivan Ilitch foi simples e comum, mas ele sempre correu atrás de melhoras. Foi assim até conseguir o maior cargo no tribunal, a casa grande e decorada de acordo com suas vontades. Passou a vida pensando no dinheiro e no trabalho e quando se dá conta, sua saúde está atrapalhando tudo o que ele tanto almejou, tornando-o inapto. Nos últimos momentos de sua vida passa a refletir sobre o significado de sua existência e seus momentos de felicidade.

Diante da morte ele é capaz de ver que nenhum dos melhores momentos de sua vida agradável parecia agora o que pareciam antes. E se dá conta que quanto mais o tempo passava, mais odiosa a vida se tornara.

"É como se eu estivesse descendo a ladeira enquanto imaginava que estava subindo"

O livro traz reflexões sobre nossas escolhas e as consequências delas. Até que ponto chegamos para conseguir o que queremos e pensamos ser o melhor. Se vivemos, de fato, como deveríamos.

Lfs016 06/01/2024

Conhecendo o autor
Nunca havia lido Tolstói ou algum clássico russo, no geral eu achei o livro meio frio, ele não entra muito nos sentimentos ou pensamentos das personagens, o que, na minha opinião, atrapalha muito no envolvimento com a história. Porém, o livro cumpre bem o seu propósito, narra de forma gradual as angústias, sofrimento e melancolia de Ivan enquanto sua vida vai se esvaindo, em mora suficiente para deixar até o leitor angustiado.
Todo o processo de sua morte faz o protagonista finalmente refletir sobre a forma que estava vivendo a sua vida, como tratava seus filhos, sua esposa e sua relação com o trabalho. Com isso o convite do livro é para que reflitamos também, antes que precise da visão da morte para tal.

Anna 09/12/2023

"E quanto mais ele partia da infância e quanto mais perto ele chegava no presente, mais inúteis e duvidosas eram as alegrias."
Minhas expectativas estavam muito altas para ler esse livro. É um livro bem importante para muita gente. Mas não diria que revolucionou minha vida igual vi muita gente falando não. A morte de Ivan Ilitch foi meu primeiro contato com os clássicos russos. Achei a leitura bem interessante e bem rápida, o livro é muito curto e talvez poderia ser até mais curto. Esse trás reflexões acerca da morte e também sobre como revemos nossa vida inteira no momento que estamos próximos ao fim. Trás uma reflexão sobre o poder do capitalismo nas nossas vidas, como quanto mais a gente tem mais a gente acha que precisa. A importância que damos a coisas materiais e a como somos vistos pela sociedade. Ele diz ter vivido uma vida "agradável e confortável", mas que não foi verdadeiramente feliz no processo, no fim ele percebe que não deu valor as coisas que realmente deveria ter dado e que esteve rodeado de pessoas que não lhe tinham estima e sim estavam com ele pelo cargo que ocupava. Tanto que no inicio do livro seus colegas ao saberem de sua morte logo se preocupam em quem vai ocupar o seu cargo.

No fim é, quando estivermos prestes a partir, o que você pode dizer da sua vida? Quais reflexões você há de fazer? Você tem ao seu lado pessoas que te acrescentam e se preocupam com contigo? Fez o que realmente ama e o que te deu vontade, ou cedeu ás posses materiais e um bom lugar perante a sociedade?

“A vida é o que acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos”.

Maria 17/10/2023

Bom
Primeiro livro que leio nesse estilo e já gostei bastante.
Um livro curto, objetivo, profundo e muito à frente a época que foi escrito. Descreve como são os últimos momentos de vida, e os minutos antes da morte, que são repletos de solidão e angústia, mas que termina de uma forma interessante (leiam para entender melhor).
Não foi um livro para mim sensacional e nem favoritado, mas enxergo que o ator é fod@, atemporal e o livro demonstra muito disso.
Podem ler sem medo!

Kindle Girl 28/07/2023

Primeira experiência com Tolstói
Confesso que comecei com muita expectativa, mas depois fui aceitando que não era o que eu esperava. Não é um livro ruim, gostei das reflexões sobre vida e a morte, mas sei lá, não me pegou tanto quanto eu imaginava.

paulovm 16/07/2023

Bom
Uma história bem rápida que pra mim teve o objetivo de mostrar o quão solitário é os momentos finais de quem está morrendo.

Esse edição em particular teve alguns erros bem bobos de tradução, até com palavras escritas erradas, fora isso valeu a pena.

Flávia 20/06/2023

A Morte de Ivan Ilitch
Eu não sabia, honestamente, o que esperar dessa leitura quando comecei. Admito que por um momento pensei que a leitura seria chata, pois o começo é um tanto lento. Mas depois que passa do meio, o livro engata e você não quer parar de ler, enquanto acompanha a agonia de Ivan. No fim foi uma leitura melancólica e ainda assim incrível

Ludmila 18/06/2023

Meu primeiro Tolstòi
Digamos que a expectativa pode ter influenciado o resultado: boring? nada excepcional.
Tá, eu sei, o contexto, a época, o impacto naquele momento da literatura, etc etc?

?
Continua a mesma impressão.

Quando li O morro dos ventos uivantes, fiquei muito impressionada com aquele tipo de descrição e narrativa sendo apresentado, teoricamente por uma mulher, aos 20 anos, em 1847.

Tolstoi escreveu essa novela em 1886. Uma narrativa brilhante. Clara. Mas Imagino que reflexões sobre morte não era um tema incomum, e sim um questionamento bastante explorado. Mas também não sei. Estou falando sem conhecimento mesmo (to na minha casa). E sinceramente, senti que faltou equipamento pra mergulhar mais fundo.

Camila 22/05/2023

Um livro lindo.
acredito que Ivan Ilitch morreu antes mesmo de ficar doente, pois viveu uma vida "agradável e confortável" e uma vida que realmente quis.
no leito de morte, acho que ele entendeu que era amado e que a dor cessaria.