wild.ivy 06/06/2024MornoA premissa da história é a seguinte: um garoto com uma misteriosa habilidade de trazer pessoas de volta à vida reúne um pequeno grupo de heróis sob uma missão que pode mudar todo o futuro do império em que vivem. O universo lembra um Japão feudal, com espadas, criaturas folclóricas e terríveis e muita fantasia.
Apesar da premissa ter me interessado, foi só à partir dos 85% que tive a sensação de que a história estava indo para algum lugar. Os 15% finais foram ótimos. Enquanto vim me forçando a ler um capítulo a cada dois dias, matei os 10 últimos em um tapa. A batalha final entre o imperador e os heróis foi bem emocionante, especialmente no que se referia à evolução dos personagens. Todos eles, sem exceção, tiveram sua evolução e seu arco sendo primorosamente fechado. E apesar de todos os detalhes que me desgostaram na história, não posso fechar os olhos para as habilidades do autor em representar muito bem as personalidades de cada um. Não era preciso sequer identificar quem proferia determinado diálogo, de tão características que as falas eram. Zhihao e seu sarcasmo, Chen Lu e suas implicâncias, Itami e seu silêncio ponderativo, Bingwei Ma e sua tranquilidade de mestre, Roi Astara e sua profundidade. E até Ein, e todos os seus mistérios. As revelações bombásticas nas últimas linhas foram um ponto muito positivo para os 15% finais, e também os desfechos de cada personagem ? na minha opinião, brilhantes. Todos eles, de alguma forma, precisaram abrir mão de certas crenças pessoais para atingir o máximo de seu limite. Foi uma sequência bonita.
A história teria sido mais bem aproveitada se as passagens possuíssem mais emoção. E não sei se foi culpa da tradução, mas às vezes aconteciam uns cortes súbitos sem qualquer explicação e eu precisava ficar voltando pra tentar entender o que estava acontecendo. Também pode ser devido a tradução, mas achei a escrita bem básica, apressada e contraditoriamente arrastada.