Resenhas - Angels Before Man

Hadria1 21/04/2024

The prophecy, taylor swift
Eu queria conhecer a pessoa que escreveu esse livro pra chorar nos braços delu.

De verdade acho que esse eu meu livro favorito. E com toda certeza a taylor escreveu ttpd pensando nele, principalmente as músicas: guilty as sin?; who's afraid of little old me l?; I can fix him (no really I can) e the prophecy.

Lúcifer é um personagem apaixonante e completamente identificável (não de um jeito ruim) que faz você questionar toda a sua visão de bondade e sobre Deus.

Me lembrou muito um dilema da filosofia, o paradoxo de Epicuro. Aconselho mt a vc ler sobre antes (e até depois!) de ler esse livro.

Inclusive!!! Existe uma continuação que saiu agora em 2024, chamada Angels and Man. Mal posso esperar para ler.

bruno 11/03/2024

"Create with me, Michael, and let?s call it sin."
Angels Before Man é diferente de tudo que eu já li e, portanto, tenho muita dificuldade em defini-lo. É uma ideia bastante original que me interessou desde o primeiro momento que fiquei sabendo de sua existência, mas, infelizmente, não conseguiu suprir minhas expectativas.

Eu tive problemas pra realmente ser fisgado pela história: a primeira metade foi extremamente lenta e maçante que era basicamente uma repetição do dia a dia dos anjos que a partir de um momento eu já não aguentava mais ler sobre.

Por conta da minha experiência com a parte um estava esperando grandes mudanças na parte 2. Contudo, terminei decepcionado, a escrita extremamente confusa, não gostei da forma que o autor resolveu incluir os pensamentos do Lúcifer no texto ? até agora não sei ao certo se entendi tudo ? pois não havia uma distinção clara principalmente quando era colocado ao lado dos diálogos.

Apesar do meu problema com a clareza do texto não tem como negar que há passagens bem bonitas no texto, sobre a amizade dos anjos e a construção da ligação deles também.

Estava esperando mais emoção pra parte 2, mais loucura, mais ação. Porém acabou que ela foi tão entediante e tinha umas passagens tão ????????? que só conseguia dar risada. Sinto que a "deterioração" do Lúcifer poderia ser construída de outras formas e pelo menos ele poderia ter criado uns diálogos coerentes quando ele tava tentando convencer os anjos, pois aquele diálogos não dava pra levar a sério.

Sobre a relação do Michael e do Lúcifer (principalmente o início da amizade deles) eu sinto que não nos foi mostrado o suficiente da amizade dele, eram descritos que eles se encontraram, mas não era descrito. Eu preferiria ter lido do que ter ouvido pelo Lúcifer e/ou outros anjos o quão próximo eles estavam, isso não me convenceu, eu não conseguia me importar com eles.

Esse livro não foi perfeito, ele não funcionou inteiramente para mim. Teve algumas coisas que eu preferia que tivessem sido incorporadas de uma maneira diferente, que algumas coisas fossem cortadas tambem. Entretanto, eu o considero um bom debut, que poderia ser melhorado, eu realmente gostei de alguns questionamentos colocados no livro, como por exemplo Deus como um criador benevolente; como também a ideia que o pecado original foi criado por amor, do desejo de estar perto de alguem de maneira incompreensíveis até mesmo pra anjos.

"How beautiful? to die. How merciful. To exist and then to not, to have your time be spent, to have everything only once."

?I thought that might be His own tragedy. He will always want company, after having only known to be alone for eternities before this one, but He is so Great, He will never have it. Father can create and destroy, but not Himself; He is indivisible, He cannot break Himself down. He will never see another and say, ?This person is like me,? because there is only one God.?

Sabrina758 01/03/2024

É complicado avaliar esse livro porque, antes de mais nada, acho extremamente corajoso e ousado do autor fazer algo assim, e ele precisou renunciar de algumas coisas para publicar Angels Before Man. Dito isso, sua coragem é perceptível na narrativa, no escárnio, na violência e na dor. Acredito fielmente que qualquer pessoa queer se identificaria em algum nível com essa narrativa, ainda que não tenha crescido em um lar religioso.

Entretanto, apesar de escrever nos detalhes, de explorar o universo (re)criado, senti que boa parte da leitura foi maçante para mim. A parte um é super arrastada, e parece que ele demora muito pra dizer o que realmente quer, o que tornou tudo um pouco cansativo. Há muita repetição, muita descrição do dia a dia e situações similares, de novo e de novo.

Há, sim, muitas passagens bonitas e simbólicas, e achei o slow burn e as relações ? tanto de amizade, como entre Lucifer e Michael, belíssimas. Sempre vou levar Rosier e Asmodeus como protagonistas dessa história também. Nesse sentido, foi muito bem construído.

Acho que o ponto alto aqui é o quanto sentimos a angústia juntamente com o Lucifer, sempre confuso sobre sua identidade, sobre o seu propósito e cheio de questionamentos não respondidos. A moral é amplamente discutida e, obviamente, a pureza também. É sofrido, ao mesmo tempo, visceral. As descobertas em relação ao desejo, amor, gratificação e rebeldia, vão acontecendo de forma tão gradual e sutil que, as punições, ainda que esperadas, machucam e nos surpreendem com a sua violência, ainda que por vezes sejam veladas.

Como era de se esperar, tem cenas chocantes e gráficas que me emocionaram profundamente durante a leitura. E, obviamente, não existe um final feliz. Por mais que tenha me causado comoção e até me levado ao choro em alguns momentos, a leitura foi, em grande parte, arrastada e os capítulos finais + epílogo anticlímax, na minha opinião. Se cria todo esse caos que no final das contas foi resolvido num único capítulo, aquele conflito que seria O grande acontecimento da história, o que me desanimou.

Por fim, ainda acho que seja uma leitura válida. Talvez eu tenha criado expectativas demais, ou talvez me faltou referência da história original.

astereads 16/01/2024

Literatura at its finest
Sempre que eu tento começar a descrever esse livro, acabo apagando e refazendo minhas frases, tentando resumir tudo que senti enquanto lia. É impossível, mas tentarei meu melhor.

Pra alguém que cresceu católico, isso aqui é um dos maiores sacrilégios. Pra alguém que cresceu católico E queer, é como se eu tivesse sendo visto pela primeira vez, tendo a experiência de ver personagens como eu navegando a ideia de que tudo que eles acreditam não é verdade e não os fazem feliz.

Rafael é um dos melhores autores do nosso tempo e eu digo isso com tranquilidade. Angels before Man entrega uma narrativa devastadora e, simplesmente, linda. É como se todas as linhas entre narração e poesia se misturasse entre si, mesmo enquanto ele narra coisas que nossa mente sequer pode imaginar (como a forma "real" de Deus e dos anjos). Lúcifer é um personagem cativante, "humano", de certa forma, e completamente falho assim como tal, e poder enxergar sua progressão de anjo inocente, feliz por estar vivo, até alguém amaldiçoado por amar outro semelhante deixa qualquer leitor um pouco insano também.

Acho que é genuinamente meu livro favorito, e as adições dessa edição foram ainda mais incríveis de ler. Não vejo a hora de ter a continuação em mãos.

astereads 03/07/2023

Um delicado, mas brutal, ponto de vista
?I asked the Lord, once, if you were really an angel. I couldn?t convince myself you were. You made me feel like no other angel had. And He told me that you were simply Lucifer, His most loved creation. That you were temptation ? beautiful, ripe, prohibited above all else.? Michael?s voice lingering feverish against the skin of his throat. ?Forbidden fruit.? Then, his teeth, pressing down slow, tender, biting.

Não sei nem como começar a descrever como esse livro me fez sentir durante toda sua narrativa. Além da escrita ser uma das coisas mais lindas que eu já li, todos os personagens foram feitos com um carinho visível, e como uma pessoa queer com família religiosa, tem tantas coisas que eu enxerguei no texto que fizeram ser uma experiência ainda mais intensa pra mim.

Lucifer pode estar certo ou errado, mas no fim é impossível não gostar de sua construção. Essa experiência de ser criado para algo, de decepcionar seu criador, de querer se revoltar contra ele... é tão humano, de certa forma. Ele estava apaixonado. Ele estava com medo. Ele queria poder dominar todas as coisas que deram as costas para ele quando mais precisou. Ele queria experimentar tudo aquilo que lhe foi proibido sem uma razão aparente.

De verdade, provavelmente vai entrar no meu top 10 de livros favoritos. Eu fiquei feliz, ri, chorei e me derreti vendo o desejo que ele tinha de ser algo, de ser alguém, de estar com Michael acima de todas as ideias que faziam aquilo parecer errado. Por que, afinal de contas, o que é o errado?

natsukashiii 09/06/2023

Se alguém me perguntar eu vou dizer que esse livro é a bíblia original porque meu deus do céu que negócio bom nossa que raiva que me deu

Tortorella 29/04/2023

Angels before man
O recém-nascido Lucifer, o anjo criado para ser o mais lindo do paraíso, começa a conhecer os prazeres puros de sua casa: a colher a fruta direto da árvore, a se banhar em óleo, a voar. Mas ele ainda se sente incompleto, pois o que deve fazer um anjo da beleza a não ser existir para ser admirado? O anjo então começa a procurar uma
nova função. Ele encontra e isso o permite conhecer o arcanjo a qual ele mais queria se encontrar: Michael. Lucifer desenvolve um encanto pelo arcanjo que sai do controle.


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Eu estou sem palavras para esse livro, não há sentimentos que descreva a sensação de lê-lo! Ódio, tristeza, raiva, felicidade, todas as emoções são encontradas. Você torce por lucifer, sente raiva dele, o entende, o critica.
Me pergunto se Lúcifer foi criado para falhar, para atentar e cair, para criar o pecado e ensina-lo aos anjos. Será tudo um plano pré-desenhado? Será Lúcifer um marionete? Ou será ele o controlador?
São tantas perguntas que surgem ao ler esse livro, tantas perspectivas a serem discutidas.

SPOILER A PARTIR DAQUI??



Achei MUITO simbólico Michael ter derrotado Lúcifer, já que Lúcifer queria apenas agradar seu amado. Eu adorava a relação deles, como eles cuidavam um do outro, mas, de repente, Lúcifer se tornou obcecado, o ar que ele respirava deveria ser tocado pelo Michael, o amor, a ambição e o narcisismo o derrotaram! Quão triste se deu a vida de Rosier, ele era um dos mais puros, e nunca perdoarei Lúcifer ou Asmodeus por terem o destruído dessa maneira! Uriel, no começo, era um ódio profundo meu, mas depois é compreensível o receio dele para com a relação de Lúcifer e Michael


CARA QUE LIVRO

HARROWCODED 20/04/2023

Irei falar pros meus futuros filhos que essa era a bíblia original e foi banida por jair mesias bolsnaro

Venuz 04/03/2023

"Is God good or he is good because he is God?"
É um livro muito bom com uma ideia muito boa, só não dou 5 porque a narrativa era meio confusa as vezes.
Mas cara, é perfeito poder acompanhar o nascimento de Lúcifer, ele conhecendo o paraíso, se conhecendo e se apaixonando por Michael, até sua queda.
Eu passei muita raiva e tristeza em alguns momentos, ao mesmo tempo que as vezes era divertido e fofo. Eu já tinha uma predisposição, mas odiei deus, egoísta e sádico. Porque devia ser ruim amar? Tanto a si mesmo quanto a outro se esse não for deus?
E Michael. Eu amava ele, então me senti tão traída quanto Lúcifer no final. Depois de tudo que Deus fez, do tanto que machucou o Lúcifer, do quanto Deus fez pra afastar eles e impedir eles de ficarem juntos, como ele pode pedir que Lúcifer só aceite isso pela eternidade? Que se sinta mal e subjugado pela eternidade? Como ele pôde se voltar contra o lúcifer? Que raiva, nossa. Eu tô quase chorando, não é justo.