A mais recôndita memória dos homens

A mais recôndita memória dos homens Mohamed Mbougar Sarr




Resenhas - A Mais Secreta Memória dos Homens


32 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


jaquesant0s 28/05/2024

É uma excelente jornada, um livro cheio de camadas e muito interessante, por vezes se torna um pouco cansativo mas não compromete a leitura.
comentários(0)comente



Taly 27/05/2024

Incrível
Foi uma leitura muito diferente, mas que me deixou envolvida completamente! É um livro repleto de nuances, que com certeza valerá uma releitura. Vivi os conflitos da busca de Faye pelo escritor T.C. Elimane enquanto ele ia se encontrando nesse processo.
comentários(0)comente



Diogo518 26/05/2024

A escrita de Mohamed Mbougar Sarr é monumental
"Ter uma ferida não implica ter de escrevê-la. Tampouco pensar em escrevê-la. Não que não se possa fazê-lo. O tempo é assassino? Sim. Ele crava em nós a ilusão de que nossas feridas são únicas. Não são. Nenhuma ferida é única. Nada que é humano é único. Com o tempo tudo se torna terrivelmente comum. Eis o impasse; mas é nesse impasse que a literatura tem alguma possibilidade de nascer".

É impressionante a habilidade do autor para transitar com fluidez entre narradores e gêneros. O romance é exigente, mas hipnotiza.

Perseguir a memória de Elimane, suas fugas e aparições em três continentes ao longo do século 20, leva Diégane a se confrontar com o que é ser um senegalês na Europa, o que é ser um escritor africano na França, o que é deixar uma pátria para trás em nome da literatura, o que é viver um romance impossível e desolador, questões que precisa responder para desvendar o mistério de O Labirinto do Inumano, mas também para encontrar sua própria voz literária.

No fim, Elimane Madag ensina que o legado do passado pode ser vivido de formas legítimas: pode-se elabora-lo (Diégane), enfrentá-lo (Musimbwa), usá-lo a seu favor (Béatrice) ou esquecê-lo (Siga D.) - ou ainda ser massacrado por ele (Madag).
comentários(0)comente



Ellen Dutra Pereira 25/05/2024

A meta meta metalinguagem
Sei nem dizer o tanto que esse livro me impactou. Quem passa a vida longe de onde veio e tem a clara noção de não pertencimento entende. E não é só isso. São contextos embrenhados no tempo, pontas soltas que se encontram, o peso do passado, um grande quebra cabeças complexo, por vezes redundante, com ideias fixas da incansável busca (pelo quê, afinal?) e, no fim das contas, o que importa é o processo.
comentários(0)comente



Fabrício Cardoso 14/05/2024

"Os grandes livros são sobre o nada. E tudo está ali."
Escritor sai em busca do paradeiro de T.C. Elimane, autor senegalês que embasbacou a França ao lançar nos anos 30 um romance por demais inovador, O Labirinto do Inumano. É baseado numa história real. Após a repercussão entusiasmada, no entanto, a obra passa a receber críticas de plágio, de que seria o compilado de mitos africanos. Em que pese a fragilidade dos argumentos da crítica, Elimane parte para um autoexílio. Nas andanças de Diégane atrás dele, somos levamos a uma reflexão sobre o papel da literatura, uma atividade burguesa e colonial por excelência, para povos sob jugo. Até que ponto é um instrumento de branqueamento, na medida em que escritores negros têm um espaço predeterminado para fabular - fora daí, parecem invadir território alheio. Ao longo das 400 páginas, Sarr discorre também sobre a fricção da mentalidade mitológica com a racional, que vemos em clássicos como Grande Sertão: Veredas, e como a venda do ideal colonizador soa sempre sexy. "Voce sabe: a colonização semeia os colonizadores a desolação, a morte, o caos. Mas ela também semeia neles - e esse é seu feito mais diabólico - o desejo de vir a ser o que o destruiu." Em que pese a tensão, é um livro lírico e terno sobre o enorme potencial transformador da literatura.
comentários(0)comente



Mari 01/05/2024

Na cola de Elimane
O livro conta a jornada de um jovem escritor senegalês que vive na França e que convivendo entre a elite cultural senegalesa residente na França descobre um autor misterioso. T. C. Elimane é um autor senegalês que publicou apenas um livro em sua vida: O labirinto do inumano e, com ele, foi intensamente elogiado e duramente perseguido posteriormente, sumindo completamente do cenário cultural sem deixar pistas. O protagonista começa, então, uma caçada atrás de Elimane, passando por diversos períodos históricos e políticos da Europa, África e até América Latina. O livro se torna viciante e você começa a "caçar" Elimane junto com o protagonista.
comentários(0)comente



camilla.thais.3 13/04/2024

Livro incrível!
Romance hipnótico, engenhoso, com escrita bem lapidada e muita metalinguagem. Fiquei convencida de que é um livro monumental!
comentários(0)comente



Gabriel Perez Torres 13/04/2024

As Longuíssimas Estradas da Busca
Mohamed Mbougar Sarr, em "A Mais Recôndita Memória dos Homens", apresenta-se como um digno sucessor de Roberto Bolaño, explorando temas de obsessão literária, busca e desaparecimento que são reminiscências de "Os Detetives Selvagens". No entanto, a promessa de uma narrativa envolvente se perde em meio a uma execução que, a partir da metade do livro, torna-se arrastada e cansativa.

O romance começa com uma premissa fascinante: a busca de um jovem escritor pelo autor misterioso T.C. Elimane, cuja obra-prima, "O Labirinto do Inumano", desapareceu quase tão completamente quanto seu próprio criador. Ponto de partida que sugere um mergulho emocionante nas profundezas da literatura e da memória humana, prometendo reviravoltas e revelações impactantes.

Desde o início, a narrativa cativa com seu estilo lírico e as complexas redes de histórias que prometem entrelaçar o passado e o presente de forma significativa, conquistando através de reflexões literárias e discussões que incluem o colonialismo, a identidade e o poder da literatura em moldar a realidade e a memória.

Contudo, à medida que o romance avança, a jornada do protagonista em busca de Elimane torna-se excessivamente prolixa. O que era uma exploração intrigante de personagens e motivos literários logo se transforma em um relato enfadonho, onde a promessa de descoberta se perde descrições intermináveis, mantendo como recompensa para o leitor que insiste na leitura, apenas boas digressões filosóficas.

O ritmo da narrativa sofre, tornando a leitura uma tarefa mais árdua do que prazerosa. Embora "A Mais Recôndita Memória dos Homens" se destaque por seu belo uso da linguagem e complexidade temática, não pode-se ignorar que a segunda metade do livro carece da energia e direção que inicialmente promete. A busca pelo escritor desaparecido, embora central para a trama, arrasta-se de maneira que testa a paciência do leitor, culminando em um clímax que, apesar de eventualmente satisfatório, chega tarde demais para redimir totalmente a experiência.

Em resumo, enquanto Sarr mostra um talento inegável para a prosa e profundidade temática, "A Mais Recôndita Memória dos Homens" poderia beneficiar-se de uma narrativa mais enxuta e focada. Para os admiradores de romances literários densos e filosóficos, este livro ainda oferece muito a ponderar e apreciar, mas aqueles em busca de uma trama ágil e envolvente podem se encontrar desejando que a jornada tivesse sido mais condensada.
comentários(0)comente



Carolina.Gomes 01/04/2024

Por fora bela viola
A sinopse e a capa desse livro me seduziram. Achei que seria uma experiência incrível, mas a despeito das críticas elogiosas, não achei isso tudo.

Sendo bem sincera, achei um livro mediano. Um vocabulário rebuscado e frases de efeito que não levam a lugar algum.

O autor mirou na Sombra do Vento do Zafon e falhou miseravelmente.

Muitos narradores e eu me perdi na história. Quando estava bom, mudou o narrador e o negocio desandou.

Esperei o desfecho de parte importante da história e nada. As pontas soltas me incomodaram.

Me perguntei o q Chico Buarque viu aqui para dizer que ?não sabe como vai voltar a escrever depois dessa leitura.?

Nessa linha de raciocínio, me pergunto: e quem escreve pós Dickens, Tolstoy e Dostô? Acha q escreve?

Muito barulho por nada, já dizia WS.

Capa bonita, conteúdo a desejar.
Eliza.Beth 01/04/2024minha estante
Eitaaaaa? jogou até uma citação de William
Ameiiiiiii kkkkkkk
Como sabes, seu gosto literário para mim é quase uma ordem
Logo, passarei longe


Carolina.Gomes 02/04/2024minha estante
Passe! Dispensável kkk




profa_ana_paula 29/03/2024

Um livro sobre livros
É um livro interessantíssimo, escrito por um rapaz jovem e que fala, dentre mil questões espezinhadas, sobre ser um autor. Não é um livro fácil, e isso já se percebe do início, que a ideia apresentada é bem densa. Mas o autor consegue, através de vários artifícios, construir uma escrita fluida e interessante. Contém muitas referências e muitas frases de efeito, meu livro está todo marcado. Em última análise, o livro também debate sobre as questões decoloniais. Recomendo a leitura.
comentários(0)comente



Angela594 20/03/2024

A literatura como poder
Livro muito interessante, um pouco maçante no começo, mas envolvente no seu desenvolvimento, que aborda muitos assuntos: a literatura africana, o desejo de ser reconhecida e acolhida pelo mundo ocidental, a repulsa por esse desejo, a submissão ao estilo literário do ocidente e a rebeldia contra ele, o ser estrangeiro em sua terra e na da conquistador, uma critica à crítica literária e ao seu teor politico, a literatura como força de impacto na vida das pessoas, seja leitor ou escritor, a literatura como poder criador e destruidor. Bonito livro, acima de tudo instigante, que nos faz pensar a crítica e nos propoe a ter senso crítico
comentários(0)comente



Maria13268 18/03/2024

Vocabulário difícil
Goste da narrativa,mas achei o livro confuso!Confesso que me perdi algumas vezes!
comentários(0)comente



Crixtina 17/03/2024

A mais recôndita memória dos homens
?Topar com alguém silencioso, alguém verdadeiramente silencioso, sempre põe em questão o sentido ? a necessidade ? de nossa própria palavra, a qual subitamente questionamos se não é uma tagarelice maçante, uma borra da linguagem.?
comentários(0)comente



Amanda 17/03/2024

Um livro completo
Um livro completo e, para o meu gosto, perfeito.
Romance, suspense, terror, drama, comédia e surrealismo se misturam numa homenagem à literatura.
Repleto de referências à outras obras e escritores, vai lá no passado e vem passeando até o presente com pontos históricos e debates bem atuais.
Lotado de reflexões profundas que te obrigam não só a pensar na história, mas também em sua própria vida; passado, presente e futuro.

Mohamed te oferece a mão para te levar em uma caminhada doida, te pede pra confiar e seguir. Recomendo que se entregue e vá, será um belo passeio!
Carolina.Gomes 02/04/2024minha estante
Li outro livro, Amanda kkk




Hirata 16/03/2024

Emocionante, sensual e histórico
Uma leitura que me deixou bem surpresa. O livro possui muitas camadas e diversos momentos que não conseguia me desgrudar da narrativa eletrizante.

As referências históricas, em formato de relatos e memórias, é muito realista e tocante. Achei incrível como o autor consegue impor todos esses acontecimentos em apenas 400 páginas, diversas gerações são abordadas e muitos diálogos são necessários para que a história se conclua no final.

Senti que, algumas vezes, ficava perdida na narrativa, não sabia realmente quem era o narrador ou sobre quem estavam falando, até o final do capítulo. Mas mesmo assim, isso deu um toque emocionante, por imaginar um diálogo que não tinha muitas referências.

Foi uma leitura que me surpreendeu muito positivamente. Não esperava essa densidade de relatos, memórias e afeto entre os personagens, todos muito marcantes e característicos. Diégane, o principal, é muito profundo e conseguimos entender direitinho o que está pensando, o porquê de suas ações. Foi uma leitura eletrizante, principalmente a partir dos 25% do livro!
comentários(0)comente



32 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3