História de Portugal

História de Portugal João Ameal




Resenhas - História de Portugal


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Marcio 28/11/2022

História de Portugal ??
"A quem obedece o mar profundo, obedeceste à força Portuguesa."

Livro escrito por João Ameal (1902 - 1982) que atuou como jornalista e historiador, entre outras funções, em Portugal.

O autor discorre sobre a história de Portugal dando ênfase aos aspectos políticos com menções também das áreas econômicas e sociais ao longo dos séculos.
Essa abordagem torna a leitura empolgante e em diversas passagens você não consegue parar a leitura pois deseja chegar ao fim de determinado arco da história ou a conclusão do reinado em questão.

Outro aspecto que quero enfatizar é o fato do autor ater-se, em grade parte do texto, aos fatos importantes sem perder tempo com "fofoquinhas" sobre a corte do rei fulano e mesquinharias desse tipo. Quando assuntos de ordem pessoal são citados é porque tem conexão direta com os acontecimentos daquele momento histórico específico e ajudam a entender e contextualizar os desdobramentos e são narrados de forma sóbria e imparcial deixando os comentários por conta do leitor.

Importante também salientar o destaque que o autor dá ao contexto religioso e a sua importância pois perpassa praticamente toda a história de Portugal. Ao contrário de outras obras que já li, a questão religiosa não é visto apenas como mero jogo de poder, sendo a Igreja tratada de forma jocosa como uma instituição mundana no jogo político dos reinos.
Longe de um discurso ingênuo ou um mero panegírico espiritual o autor apresenta o papel importante da Igreja na política como mediadora e também na defesa de seus interesses enquanto instituição, mas também destaca o papel que a fé em Cristo desempenha ao longo de toda a história portuguesa, principalmente no que tange as grandes navegações e o desejo de levar a fé a todos os povos. Ignorar a fé em Cristo por parte do povo português, como se fosse fruto da ignorância ou ingenuidade da época, é simplesmente contar a história sem o seu alicerce básico do qual deriva todos os outros acontecimentos. Não é preciso ser crente pra entender isso, basta apenas ser intelectualmente honesto.

Para finalizar e preciso mencionar a qualidade editorial desta edição do CDB. Ótima encadernação, design de capa e parte interna de excelente bom gosto, fonte e papel confortáveis para leitura. O único ponto a melhorar foi não terem traduzido as referências citadas pelo autor em francês, espanhol, inglês e, salvo engano, alemão. Nada que o Google tradutor não resolva, mas ficaria melhor as traduções pelo menos em notas de rodapé. Também seria de grande ajuda mapas de Portugal nas guardas do livro.
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