Drácula

Drácula Alberto Breccia




Resenhas - Drácula


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Trindade 20/01/2024

Sem diálogos
A HQ é uma experiência de leitura rápida, sem diálogos, mergulhando na história clássica de um vampiro e sua conexão com a noite. Os traços, embora não muito claros, contribuem para uma atmosfera sombria, porém, a escuridão geral pode dificultar a compreensão em alguns momentos.
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VictorBrunetti 04/01/2024

Muito do lindo.
Esse quadrinho baseado em narrativa visual e não em palavras entrega muito bem na arte, no humor e nas críticas.
Com vários contos legais e um conto magnífico, podemos ver em cada um deles uma pequena crítica a ditadura Argentina da época.
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Dododo1 22/12/2023

Dracula
Tempo de leitura: 10 minutos
Data: 22/12/2023
Início: 01:13
Termino: 01:23
Nota: 8 (10 pela arte)
Resenha:
Minha primeira leitura do Breccia.
Simplesmente incrível.
A arte dele é sensacional.
Essa é uma história muda, ou seja, sem balões de fala.
Toda a interpretação é feita através dos quadros de desenhos.
Cada quadro é uma obra de arte digna de ter nas paredes de qualquer casa.
Conta sobre o Drácula ?idoso? se é que podemos dizer assim.
As dificuldades de ser um vampiro velho.
Algumas críticas sociais muito pesadas.
Algumas sátiras muito criativas.
Tudo isso sem nenhuma fala.
Gostei bastante.
É uma experiência bem diferente.
Os extras apresentados na edição da editora comix zone, são os rascunhos que o Breccia fez antes de realizar as pinturas, o que é bastante interessante de se ver.
Recomendo, principalmente se achar em promoções, como a que consegui por 12 reais, na Amazon.
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Vania.Cristina 03/11/2023

Um vampiro humanizado e uma realidade assustadora
HQ com cinco histórias com o personagem Drácula, pela visão do argentino Breccia, publicadas em 1984 e 1985. São bastante coloridas, sem texto, com personagens caricatos, grotescos, distorcidos. O traço é cheio de curvas e figuras arredondadas. Não percebemos, à princípio, mas todas as cinco histórias têm uma certa linearidade. As três primeiras são leves e bem humoradas. Drácula nelas é bobo, frágil, decadente. Ainda temido por alguns, na verdade pouco perigo representa. Na terceira história, o vampiro está mais humano que nunca porque está apaixonado. Aqui o traço fica majestoso, bonito e com maior leveza. Na quarta história o bicho pega (e Breccia se expõe). O vampiro não assusta mais ninguém. A narrativa é um soco no estômago: chocante, terrível, sombria e assustadora, com assassinatos cometidos pela ditadura militar, tortura, mães chorando pelos seus filhos desaparecidos, abusos de crianças, diferenças sociais gritantes, miséria e fome. Drácula presencia tudo e fica cada vez mais assustado. Na última história o bom humor volta quando o vampiro segue Edgar Alan Poe num bar. Mas há melancolia porque algo se perdeu. É nesse final que a mensagem que permeia toda a obra se conclui: o terror clássico não é páreo para a realidade cruel.
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Mr.Sandman 01/11/2023

A ÚLTIMA NOITE DE CARNAVAL
"Drácula: Dracul, Vlad? Bah...!" de Alberto Breccia é um perfeito exemplo de como realizar uma releitura de um personagem clássico para um contexto específico sem soar forçado, tosco ou vazio. Mesmo não possuindo diálogos, a arte viva e vibrante de Breccia sustenta uma obra que mesmo sendo de terror, não é um terror protagonizado pelo clássico vampiro da literatura mundial. O terror aqui é outro. É o terror da ditadura militar Argentina. Aqui somos apresentados a 5 pequenos contos sobre Vlad Dracul e seu contato rotineiro com a sociedade durante a noite. Alguns são mais divertidos que outros. Outros são aterrorizantes, até mesmo para o Conde Drácula, que mesmo sendo uma figura violenta e cruel por si só, fica abismado com o que vê perambulando pela noite em uma Argentina tomada pela brutalidade militar e pela capacidade do ser humano em se autodestruir.
A ideia aqui não é apenas que o leitor sinta o teor da violência apenas por presenciar um ser cruel assustado com a crueldade humana. Drácula é um ser que viveu por bastante tempo. Provavelmente viajou por muitos lugares. É um ser que já viu uma seara de coisas. Uma seara de violência. Mas essa aqui o assusta. O faz correr e se esconder. E é assim que Breccia faz sua denúncia. Principalmente quando chegamos no quarto conto: "Eu era lenda", que termina com Drácula entrando em uma igreja para pedir piedade (um vampiro, repare bem).
A edição da Comix Zone é muito bonita e veio até com um belo marcador de texto. Possui belos extras que atestam a genialidade de Breccia e um texto introdutório de Carlos Sampayo. Em suma, é um excelente gibi que se apropria de uma figura clássica do terror para realizar uma denúncia política e social bastante clara e bem feita. No fim das contas, quem é Dracul, quem é Vlad? Bah, em matéria de crueldade nem se compara com a boa e velha humanidade.
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Emerz 11/07/2023

Desventuras de Vlad no regime militar que sangrou a Argentina. O Breccia entrega mais uma obra política sobre sua época que muito mostra o contexto qual ele estava e como isso refletiu em suas obras.

Com um excelente prefácio do Sampayo que busca por contextualizar a obra no seu espaço tempo. Assim nos preparando para o que vem a seguir.

Uma obra muda e em cores, pode causar um primeiro impacto, pois estamos acostumados com o preto e branco genial do Breccia. Mas nada que em algumas páginas ele não nos faça passar um bom tempo admirando sua arte e detalhes.

É sempre assim com o Breccia e outros autores argentinos, como obras tão boas demoraram tanto tempo pra chegar aqui, se estamos ao lado da Argentina?
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renat.of.ábriga 06/06/2023

Breccia é genial
Para Alberto Breccia, na Transilvânia platense dos anos 70 e 80, Drácula se horrorizaria e rezaria ao pé da cruz...
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Henry 14/11/2022

O Drácula suportaria o terror de um regime ditatorial?
Nesse álbum lançado pela Comix Zone, foi reunidos cinco breves histórias escritas, desenhadas e coloridas pelo genial Alberto Breccia. Trata-se de uma reimaginação do mito do Drácula nos tempos da ditadura argentina.

Há claramente uma crítica ao regime militar, mas o mais impressionante é notar que uma das maiores e mais assustadores criaturas já imaginadas, nesse caso, já não é a mais aterrorizante. E sim, o próprio ser humano.

Breccia fez questão de expressar o espanto do próprio Drácula ao presenciar o nosso mundo cruel, frio e lamentável. Aqui, não há espaço para monstros literários. O monstro real é bem mais amedrontador.

Casando com a bela arte experimental do uruguaio, Drácula é uma boa pedida pra aqueles que desejam refletir e curtir uma ótima narrativa gráfica feita por um dos maiores mestres da história dos quadrinhos.

Super recomendo.
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