Pollyana 24/08/2022
Resenha por Pollyana Trindade
No segundo volume de "A Carta do Caos", acompanhamos Marina em Brasília, se adaptando a casa do seu avô e a vida adulta.
Distante dos seus amigos e vivendo uma nova realidade, Marina tenta se manter o máximo ocupada possível para não pensar no passado, embora as vezes a saudade e os eventos que ocorreram surjam na sua mente.
Após um assassinato acontecer na sua empresa, segredos obscuros começam a ser revelados e Marina se vê novamente numa encruzilhada: seguir as regras ou escolher o certo.
💬 "Você não precisa fazer nada."
"A Carta do Caos" me surpreendeu não só pela estética futurística como também pelas críticas sociais presente na obra. Em "O Grande Blefe" a autora conseguiu a mesma façanha, adicionando ainda uma boa pitada de mistério, o que é um prato cheio para aqueles que adoram uma boa história de Investigação!
💬 "Ninguém devia fazer apostas que já começam perdidas."
Diferente do primeiro volume que tinha como foco o Madre D'Angelo (a escola interna que Marina estudava), no segundo a autora explorou vários lugares do Brasil, mostrando-nos o quão diferente está nosso país no futuro, não só nas tecnologias como propagandas em dispositivos de realidade aumentada e drones percorrendo todo o céu, como também por problemas como quedas de energia (abordadas também no primeiro volume), aumento de drogas, gangues, corrupção e vários outros.
Foi divertido acompanhar não só o amadurecimento da protagonista como também dos demais personagens.
Beatriz Costa Reais sabe mesclar muito bem o lado sério, repleto de adrenalina e aventura com questões corriqueiras como o primeiro amor, relacionamento tóxico, a dificuldade de se manter uma amizade a distância, as consequências de nossas ações e ainda os medos comuns que enfrentamos quando somos adultos.
💬 "Em algum momento, no entanto, o namoro passara a exigir esforço demais, porque o tema favorito de Gael era ele mesmo."
💬 "— Eu sempre achei que eu tinha mais sentimentos por você do que você tinha por mim."
Os momentos entre Marina e Marco (policial que faz um acordo com Marina, não direi o motivo, haha) foram bem agradáveis de se acompanhar.
O clima de cumplicidade me lembrou bastante da época em que a protagonista estava no Madre D'Angelo.
O relacionamento com seu irmão, Guilherme, foi um dos pontos que também ganharam mais destaque nesse volume e particularmente adorei!
💬 "Mesmo depois de anos separados, teve certeza de que o irmão era a única pessoa no mundo que a enxergava e a amava incondicionalmente."
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