Resenhas - 999

Sophia. 29/04/2024

999:
Muito bom!
Não entra nos meus favoritos. Mas me emocionou bastante e me fez ficar bem empolgada para terminar a leitura.
Escrita boa e história mais ainda.
Não tem heróis e vilões, só pessoas tentando fazer suas partes na história desse povo.
Me emocionei bastante, ri, chorei, passei raiva e me apaixonei.
Super recomendo!!

Gabbie 19/03/2024

O que de fato é "O Fim"?
Ano de 999. A notícia da morte do rei Bermudo II chega como um baque, fazendo com que o filho mais velho do Conde das terras do Forte Álvares, vá em jornada para prestar condolências e apoio.
Deixando o Forte com um Conde adoecido, um filho mais novo sem vocação para liderança, e as terras sendo liderada pelo Capitão da guarda Sebastião, conhecido como o "mouro", Ana conhecida como "a bruxa", e o Padre Francisco, cristão conhecido por propagar parte desses termos e preconceitos. E alguém que traz a fé para os desacreditados e sem esperança.

Um período em que essas terras são acometidas por ameaça inimiga e uma doença desconhecida, vamos acompanhando o conflito entre cristãos e pagãos, e a visão do que cada um vê de mundo, e como esses conflitos podem afetar o cuidado de um bem maior: o povo.

Temos neste livro quatro visões muito bem pontuadas, muito críveis e sutis. A gente vai se apegando aos desejos e sonhos dos personagens, a história de suas vidas, a sua luta.

Mesmo que nas relações amorosas, temos algo sutil e profundo, verdadeiro, que me encantou muito!

Os diálogos bem construídos, como cada personagem lida com o povo, como eles conseguem ser palpáveis e reais. Tendo falas que atingem os sentimentos que se conectam com aquele momento.

E como temos personagens imponentes aqui em!

E claro, é melhor preparar um lencinho pois mesmo sendo ficção, a conexão com a realidade, pode deixar tudo ainda mais triste.

Termino este livro sabendo que terei mais alguns meses pra digerir todos os sentimentos que tive ao ler. Toda a conexão que tive com o lugar, com os personagens.

Muito bem escrito, e com uma continuidade muito fluida.

Não mais em 999, mas em 2024, algo mudou?

Joags16_ 09/03/2024

"999"
Simplesmente um dos melhores livros que eu já li na vida. Sempre me interessei pela idade média e adoro filmes e livros quea retratam. Peguei esse livro por que julguei a capa como um bom livro, e estava certo. "999" é um livro nacional que retrata a crise de um forte medieval nos últimos dias do ano 999, estando, supostamente, no fim do mundo, pois o sol não iria nascer no ano 1000. A trama é incrivelmente desenvolvida com um toque de suspense e tensão, o arco de cada personagem fica nítido e muito bem desenvolvido. Me apaixonei e me prendi nesse livro. Apesar de achar o final do livro um pouco sem nexo, vale a pena se aventurar pelo forte dos Alvares no ano 999.

Pedro P. R. 12/02/2024

Muito bom
Às vezes o tempo passa e nos arrependemos de não participar de certas coisas. No momento meu arrependimento é de não ter participado da campanha de financiamento coletivo de 999 do Wilson Júnior.

A história é quase uma ficção historia (me lembrou um pouco O Forte de Bernard Cornwell) que se passa no ano de 999 onde acompanhamos a história narrada por quatro personagens sobrevivendo ao que talvez seja o fim dos tempos em uma fortaleza.

Os protagonistas são o capitão da guarda, um homem que por mais que tenha conquistado um dos postos mais altos na fortaleza, acaba sendo discriminado pela cor de sua pele. Outra é a curandeira que também sofre a discriminação por ser uma nórdica, uma pagã assumida que não se curva ao cristianismo.

Além dos dois, temos uma jovem, supostamente fruto de um abuso de invasores mouros, que graças aos pecados de seu progênitos é mal vista pelo povo da fortaleza, e encerrando os pontos de vista, temos um padre, o suposto homem santo, que mesmo conhecendo suas falhas, não consegue consertá-las.

Toda a trama gira em torno dos últimos dias antes do fim do ano 999, a chegada do milênio que deveria ser o fim do mundo. Muito da história gira em torno de preconceito, da fé abraçada pelo medo e pela ignorância.

O desenvolvimento dos personagens é muito bom e tudo se encaixa muito bem, desde o início quando descobrimos que o senhor do forte está acamado, doente, e que o filho mais velho precisa levar os homens com capacidade de lutar para longe já que o rei faleceu. Com isso as terras do forte e seu povo ficam sob os cuidados do filho mais jovem, inexperiente e boçal, como se não bastasse isso, os sinais para os fins do tempo parecem cada vez mais evidentes. Guerra, praga, misteriosos demônios atacando o povo.

Wilson Júnior fez um trabalho excelente no livro e finalizou com chave de ouro.

rookvalente 31/01/2024

Falta pouco para o fim do mundo, mas tanto para o fim do mês!
Ana, Benta e Sebastião tem o carisma de nos manter empáticos a cada atrocidade.

Francisco, tem o carisma de arrastar uma comunidade apática a cometer atrocidades.

Disponível no Kindle, em papel e no spotify.

Minha recomendação?

Ouça! vale cada segundo!

Roberto.Cassano 27/12/2023

O fim não está próximo. Está dentro de nós.
Foi difícil me desapegar das personagens de 999 após o término da leitura. E olha que romances históricos não estão entre os gêneros que mais leio. Mesmo assim, fui capturado por 999 desde a primeira página. A história, que narra a crescente tensão em um forte no que hoje é Portugal na virada do ano 999 para o ano 1.000, acompanha a contagem regressiva para o temido fim do mundo com a chegada do novo milênio.

Guerra, peste, intolerância, fanatismo religioso e preconceitos se misturam num caldeirão explosivo quando um grupo heterogêneo se vê sitiado dentro da fortaleza dos Alvarez, precisando trabalhar em conjunto pela sobrevivência, ainda que o conceito de sobreviver seja tênue e sujeito às interpretações religiosas. A ignorância, sobretudo de viés religioso/ supersticioso fazem com que a comunidade torne tudo muitíssimo mais difícil, ainda que os perigos enfrentados sejam reais e bastante graves por si só.

A narrativa alterna entre os protagonistas, em linguagem ágil e capítulos curtos e, por vezes, melancólicos. Há um claro rigor histórico - e todas as liberdades criativas estão pontuadas e explicadas em nota após o fim da história. Wilson Jr. é um escritor atento aos detalhes. Ao editar um de meus contos, para a revista Escambanáutica, da qual é editor, me sugeriu uma correção. Eu tinha feito uma personagem dar dois tiros com uma espingarda em minha história fantástica. Wilson notou que, pelo contexto geral das cenas, provavelmente minha aventura se passava em uma época em que ainda só existiam as espingardas de cano (e tiro) único.

Benta, uma jovem que sonha em se tornar uma guerreira, e Ana, uma nórdica pagã de cabelos ruivos, são minhas personagens favoritas deste que é um dos melhores livros que li no ano. Embora não haja uma relação explícita, não pude deixar de fazer um paralelo com a pandemia de Covid-19, em que a ignorância (e sua irmã mais perigosa, a ignorância convicta) tornaram o flagelo do vírus ainda pior do que já seria.

Geovana Rodrigues 13/12/2023

4 pontos de vista narrados em meio ao caos do fim do mundo!
999 é uma ficção histórica, e se prepare: a riqueza de detalhes é uma coisa absurda, então se você gosta disso, estará bem servido. Se passa em Portugal na viradinha do milênio - foi bem interessante acompanhar os preparativos para o ano novo com todo o costume da época.

O cenário medieval, como eu citei acima, é muito bem descrito, senti como se estivesse olhando por cima dos ombros dos personagens, estes, tão cheios de camadas quanto um ser humano real.

E por serem tão bem escritos, o ranço reinou em mim, principalmente por um tal padre, que se eu pudesse, pegava uma cruz pesada e dava na cabeça… mas violências à parte, é uma narrativa incrível!

O fanatismo religioso, as crenças sobre o apocalipse e o fim da humanidade permeiam a história, elevando o clima de horror dentro dos muros do Forte Alvares, local principal da história. Os moradores temiam um grande mal que se aproximava das muralhas, levando ao extremo as atitudes duvidosas e a moral de cada um - entretanto, no fim, viu-se que o mal maior estava mesmo era dentro do forte. Somando-se a peste, racismo, fome e demais dificuldades que eles enfrentavam, dei graças a Deus por não viver naquela época.

Por fim, os outros três personagens, Sebastião, o mouro, Ana, a bruxa e Benta, a garota queria ser guerreira - esta última me lembrando de Arya Stark, me encantaram com tamanha força de vontade, cada qual em determinada área. Mas a que mais conquistou foi Ana - pensar em como mulheres fortes e destemidas como ela sofreram nas mãos de homens de visão pequena.

O autor deixou pairando no ar uma continuação, que até então não vi sendo confirmada, mas que caso nasça, lerei com muito prazer - recomendo!

site: https://www.instagram.com/p/C0xG3-fLWuZ/

anisania 10/07/2023

"O que importava de verdade, carregava em si mesma."
Quatro histórias sendo contadas num meio onde a violência, doença e fanatismo se impõe ante aos amores, amizades e esperanças.

É uma leitura que se faz muito rápido, com os capítulos sendo contados pelo ponto de vista de cada um dos quatro personagens principais. Talvez eu quisesse um pouquinho mais de descrição lá no começo da história...!? Mas é um sentimento que passa logo que hove engata na narrativa.

Ficção histórica linda de se ler e bem dolorida de terminar com o coração em frangalhos. QUERO MAIS!

Sarah 07/07/2023

Eu demorei tanto para ler, mas não por culpa do livro, mas minha ressaca literária está se estendendo por meses.

O livro é ótimo, muito interessante, me fez passar muita raiva com determinados personagens. Creio que a melhor parte é o realismo das situações que foram construídas, não existe herói nessa história, só pessoas vivendo suas vidas diante de um péssimo acontecimento e como cada decisão só vai construindo um único fim possível, porque eles são, o que são

Vinícius 26/01/2023

Desde o momento em que Wilson Jr. anunciou o lançamento do seu primeiro livro, uma ficção histórica situada em Portugal nos últimos dias do primeiro milênio, minha atenção foi facilmente capturada, e tratei logo de contribuir com sua campanha no Catarse, ansiando receber meu exemplar em mãos. Contudo, posso dizer que minhas expectativas foram rapidamente superadas, visto que esse é um livro muito melhor do que eu já imaginava ser, e ao mesmo tempo muito diferente do que eu imaginava.

A primeira coisa que salta aos olhos é a maestria de Wilson em descrever um cenário medieval tão vivo, palpável e imersivo, mesmo que a obra se limite a alguns poucos espaços dentro do Forte Alvares. Na verdade, essa limitação espacial acaba soando um ponto positivo, pois eleva a claustrofobia e o temor do desconhecido que o autor busca passar, criando verdadeiros momentos de suspense, tensão e tragédia.

Isso é amplificado pelo seu ótimo trabalho de construção dos protagonistas. Embora ao longo das páginas fique claro que nem todos recebem o mesmo espaço, isso não é impedimento para que todos eles sejam bem-desenvolvidos, havendo inclusive um particular cuidado em trazer uma base histórica que, no entanto, jamais sacrifica a verossimilhança da história. Em particular, aplaudo a concepção do padre Francisco, talvez um dos personagens mais odiosos que vi em muito tempo - e que fique claro que odiá-lo é justamente um mero reflexo do quão bem Wilson o escreve, trazendo à vida uma figura que ilustra os perigos do fanatismo e da hipocrisia religiosa no molde de obras que tratam de temas similares como "O Nevoeiro".

Se o final pode soar um tanto anti-climático pela forma "rápida" ou inacabada com a qual a ameaça externa ao Forte é tratada, ele se torna muito mais impactante ao mostrar que o verdadeiro perigo sempre esteve dentro das muralhas. É um final amargo e duro, mas condizente com o espírito da narrativa, que com pouco mais de 200 páginas implora para ser devorada. "999" é, portanto, um primoroso romance de estreia e um excelente exemplo da qualidade da nossa literatura nacional contemporânea.

Alexandre | @estantedoale 10/01/2023

O FIM DO MUNDO PELA FÉ
Que teorias e previsões sobre o fim do mundo você conhece? Imediatamente, vem à mente a virada de 1999 para 2000 e inúmeros videntes dizendo que não veríamos o novo ano. Bom, em “999” temos a versão medieval.

No primeiro romance de Wilson Junior, um feudo fictício é cenário para uma peste, as desavenças internas entre cristãos e pagãos, racismo, fanatismo e uma batalha sangrenta. Tudo escrito de forma não-rebuscada, tornando o enredo mais convidativo a cada novo capítulo.

Enquanto passam as páginas de “999”, é impossível deixar de notar a influência que a igreja católica sempre exerceu sobre as pessoas – fossem nobres ou não. A prova é padre Francisco, que profetiza e prega: o mundo não verá o ano 1000.

Como você acha que um fanático tomado de medo reagiria sabendo que tudo acabaria tão brevemente? Enquanto o desespero toma conta do povo dentro e fora do Forte dos Alvares, outros personagens agem.

O padre Francisco é só um dos quatro centros narrativos desta história, e é importante tê-lo ali. Assim, temos sua visão – louca e distorcida – de tudo. Mas há outras três perspectivas: Sebastião, o mouro; Ana, a bruxa nórdica; e Benta, a garota moura que quer ser guerreira.

Me apeguei a Benta e sua personalidade decidida. Uma garota obstinada, apesar da mãe superprotetora e de viver num século onde mulheres não lutariam guerras. Isso tudo encanta quem lê.

Wilson faz referências muito interessantes: a própria peste que assola o povo daquela região, o machismo e racismo forte da época e, é claro, o poder de manipulação de religiosos para com o povo. Mas nos apresenta uma família nobre muito mais acolhedora às diferenças do que em histórias de reis e rainhas desumanos.

A experiência de ler ficção histórica desse patamar é interessante. Retrata bem uma época de incertezas, batalhas e invasões. E, apesar de ser ficção, ainda traz o caráter educador da História em si. “999” é sobre um mundo que não acabou, mas quase sucumbiu à ideia do próprio fim. Uma leitura marcante.

site: instagram.com/estantedoale

Jota 23/12/2022

Uma máquina de virar páginas!
Gosto de cozinhar minhas leituras. Saborear aos poucos, página a página, capítulo a capítulo. Um prazer que a escrita do Wilson e a edição do Moacir não me permitiram. "999" é uma máquina de virar páginas. E isso é bom! Um ritmo de leitura tão bom que leitor nenhum escapa.

Raphael Carmesin 16/07/2022

Escatológico
Gravem este nome: Wilson Júnior. Em breve, se tornará um nome popular no meio da ficção histórica brasileira. 999 em nada deixa a desejar em relação a outros clássicos do gênero, pois fricciona duas características fundamentais para que um romance histórico seja bem sucedido: a criação ficcional e a pesquisa história. Wilson Jr. demonstra-se comprometido com o período histórico em que contextualiza a narrativa. Na mesma medida, naquilo que a pesquisa não alcança, preenche com uma imaginação sensível, garantindo drama, dinamismo e verossimilhança ao enredo. No final, deixou-me, ainda, a sensação de que poderíamos ter uma continuação das aventuras de Sebastião, uma vez que o personagem nos cativa e deixa saudades. No fim e ao cabo, um bom romance histórico sempre deixa uma atmosfera de fidelidade factual com temperos de acaso fazendo-nos questionar como o passado de fato poderia ter sido ou como ele foi retratado naquele romance. Diria, por fim, que Wilson nos faz viver um romance escatológico poderoso, que nos leva a refletir sobre a nossa própria finitude, enquanto sociedade.

MateusCantele 10/07/2022

De um projeto incrível a meu livro favorito.
999 é uma ficção histórica de 49 capítulos escrita por Wilson Júnior, que está em campanha de financiamento coletivo e será publicada pela Escambau Editora, onde acompanhamos os últimos dias do ano 999 no território do Álvares do condado portucalense. Ou seriam os últimos dias da história?


Acompanhamos a vida de quatro personagens: Sebastião, capitão da guarda dos Álvares; Ana, Curandeira; Benta, uma camponesa que almeja outra vida para si e Francisco, o sacerdote responsável pela cidade. Durante a trama, alternamos o ponto de vista eles, buscando descobrir a resposta para boa parte da realidade medieval: Seria este o fim dos tempos?


Como historiador, Wilson cria um cenário verossímil ao medievo ibérico. Mostrando em seu texto uma pesquisa criteriosa, tanto na cultura, quanto nas possibilidades narrativas que aborda. O mileniarismo, crença que defendia que a segunda volta de cristo, o apocalipse cristão, ocorreria no ano mil, era extremamente popular no ambiente medieval, se tornando um tópico recorrente nas homilias sacerdotais e nos burburinhos feudais. Trazer este tema para o centro da história, somado aos inúmeros conflitos abordados na obra, cria uma sensação de urgência muito bem transmitida dos personagens para os leitores.


Outro fator importante é a representação da diversidade do medievo europeu. Ao contrário do que se acredita, principalmente se tratando da península ibérica,  a Europa medieval era composta por uma diversidade de povos que divergiam da ideia de um continente absolutamente branco. Devido a expansão do islamismo e também das rotas comerciais com o oriente, era muito comum ver povos de pele marrom vindos tanto da Ásia quanto do norte da África. Sebastião e Benta então, são totalmente justificáveis como personagens de representatividade negra no período medieval. Ana, por sua vez nortenha, também é inserida de forma acurada na ficção histórica, visto que os povos nórdicos durante o século IX e X iniciaram expedições mais ao sul, chegando também à península ibérica e sul da África. Wilson prova que não há desculpas para se fazer uma escrita de representatividade. Uma pesquisa bem feita cria as possibilidades necessárias para que isso seja possível.


Ainda falando da riqueza de detalhes históricos dessa obra, Wilson demonstra o poderio da igreja católica sobre o pensamento medieval e sua influência poderosa. Não menos importante, demonstra o papel fundamental das mulheres na vida feudal, tanto no exercício da medicina, quanto também no papel de defesa dos fortes. Tudo demonstrado de forma fluida e natural dentro da narrativa proposta.


999 é um livro envolvente, que te enlaça logo nos primeiros capítulos, levando-nos por uma contagem regressiva para o fim dos tempos, onde não sobrará pedra sobre pedra. Estará padre Francisco correto? Será mesmo o fim?


Relembrando a minha leitura, concluída dias atrás, percebo o que fez desse livro o meu favorito. Uma história sobre honra, preconceito, amor, traição e vingança. Onde não apenas acompanhamos, mas sentimos. Além disso, é escrita por um autor apaixonado pelo que faz. Recomendo 999 para todos os amantes de ficção histórica e fantasia medieval.

Thyago Costa 28/06/2022

O fim de vários mundos
Quatro vidas. Quatro visões. Quatro ambições. Um destino. Amarrando personagens tão distintos, cheios de amores e rancores, Wilson Júnior trilha um caminho entre o esperançoso e o melancólico nesse épico contemporâneo.

O símbolo de um rei como pilar de sustenção de um reino é levado ao limite em cada página. O rei caminho para a morte. E o seu reino vai junto.

Talvez o traço mais importante desse livro seja a sua prosa, com ótimas mudanças de cenas e de foco, trazendo assim um caráter único para cada um dos quatro personagens. Veste-se, através da escrita, cada personagem!

Ficção histórica não é o gênero que mais me enche aos olhos, mas 999 se destaca muito nesse meio, como uma tempestade antes do fim.