sea of love 01/06/2024
?Qualquer hora. Sempre.?
Eu preciso confessar: meu maior desvio de caráter é nunca confiar em livros de romance nacional e raramente dar chance a eles. Então, imagine só a minha surpresa em encontrar uma pérola dessas quando sequer tinha grandes expectativas para essa leitura? eu gostei tanto, mas TANTO desse livro, que o devorei em tão pouco tempo e fui correndo comprar a edição de luxo quando vi que estava em pré-venda (isso antes mesmo de terminar a leitura ? o que poderia ter sido um tiro no pé, mas no fim deu tudo certo, porque acabei gostando tanto ao ponto de favoritar e as artes deles são tão lindas que fazem tudo valer a pena).
Não sei explicar realmente qual é a vibe deste livro, mas posso afirmar que é o meu tipo de leitura predileta. Os diálogos e as cenas soaram tão? naturais? Gostosinhas de ler? Teve tantos momentos que eu me esquecia de que estava lendo palavras, porque consegui imaginar um filminho tão gostoso na minha mente que as letrinhas na tela deixaram de serem apenas isso. Foi como realmente assistir a um dorama! E eu amei cada segundo. Só consegui largar meu kindle para fazer refeições e coisinhas básicas do dia, porque logo corria de volta pra história e ficava boba de amores com o Jun. Eles facilmente se tornaram meus xodós e um casalzin que carregarei comigo pro resto da vida. Fico feliz da vida por também ter a chance de ter eles na minha estante, porque certamente irei reler várias e várias vezes quando estiver precisando de um clichêzinho gostoso desses. ?
Eu trago apenas uma única crítica (que é o motivo para este livro não ter uma review de 5 estrelas): eu não sei dizer se isso foi ou não intencional, não sei se a autora teve mesmo a intenção de dar à Lena esses traços, mas percebi que ela se tornou uma personagem tóxica e desrespeitosa no finalzinho da história. Primeiro com a cena em que ela invade o espaço pessoal do Jun e se recusa a ir embora em um momento em que ele claramente está desestabilizado e pediu por espaço e para ser deixado em paz (o que, bem, no fim das contas foi perdoado, já que ele precisava daquele conforto e ela acabou o ajudando a remover aquele peso das costas). Mas, já na segunda cena em que ela age assim, não acho que ela merecia ter recebido o mesmo perdão. Ela agiu pelas costas do Jun, o forçou a fazer algo que ele claramente não queria e não se sentia confortável em fazer, ficou BRAVA com ele pelo coitado ter se estressado com ela (com total razão, porque o comportamento dela estava sim merecendo um chega pra lá) e basicamente o jogou pra cima de seus traumas sem preparo emocional algum e tentou forçá-lo a superar aquilo só porque ELA pensou que conhecia a situação e que poderia ser a heroína em sua vida. Pois bem; odiei essas suas ações e nesses momentos eu sequer a reconheci como a personagem fofa e divertida que ela foi no decorrer de toda a história. Decidi ignorar todo esse seu mal caráter e fingi que essas cenas nem existiram. E fiz a mesma coisa com a briga sem sentido com a Maitê, porque foi algo que surgiu dum buraco e parecia que elas tiveram aquela discussão só porque a Lena QUERIA brigar mesmo. Num existe justificativa alguma nesse mundo pra uma marmanja de 20 e tantos anos ter agido daquela forma por conta de uma mísera mensagem. Enfim? não sei se foi algo intencional, se a autora quis dar a ela alguns defeitos para deixá-la mais humana, mas no fim isso não colou muito bem. Não curti, fingi que nem li essas partes e vou apenas ignorar esse lado infantil e desagradável que ela mostrou OUT OF NOWHERE. Acredito que essas cenas poderiam ter sido mais bem trabalhadas ou simplesmente deletadas da história, porque o modo em que a Lena agiu me deixou bem chateada e decepcionada com ela.