L&G 11/08/2022
Irritante, real e surpreendentemente adorável
Esse é um livro ame ou odeie e eu achei que seria do segundo grupo. Peony me irritou profundamente mas eu amei como a autora não deixou impune as atitudes egoístas da protagonista. O livro se trata de como as relações que fazemos podem nos mudar e perceber como somos amados, mas que para isso, precisamos querer mudar e se adaptar aos outros também. O ponto forte do livro certamente é a fluidez e coerência das personagens, as interações dos integrantes da banda me fez imaginar ser parte do grupo exclusivo da TOF. Confesso que não gostei da Peony até muito tarde, mas me apaixonava por cada personagem que aparecia. Eu simplesmente amei a Paula e a Débora - que lavou minha alma naquela call após o paranauê. Quero deixar registrado que se tivesse um irmão mais velho, iria querer o Danilo, porque nossa, ele é quase a quarta pessoa da trindade de tanta paciência e amor no coração hahah.
No geral, amei como a autora demonstra que nem sempre como vemos e sentimos as coisas é como elas realmente são: a forma como a mãe da Peony a amava mas ela não percebia, como ela reproduzia isso e como as amigas a conheciam com defeitos e qualidades e por isso escolheram não criar um caos enorme depois que ela as decepciona mas ao invés a ajudam a crescer e olhar as coisas com outra ótica. Gosto como as personagens não mudam de uma hora pra outra, mas se modificam, interferem e afetam uns aos outros. Gosto também que tem romance, embora meu casal favorito não tenha ganhado cena de beijo. O livro também permite uma leitura rápida pois não tem enrolação.