A maldição das flores

A maldição das flores Angélica Lopes




Resenhas - A maldição das flores


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Gabriela3420 13/12/2022

A maldição das flores
A partir de um véu de renda, considerado uma relíquia de família, a jovem Alice vai conhecer a história de suas antepassadas. O delicado objeto que tem em mãos é o símbolo da resistência contra o silenciamento imposto pelo patriarcado.
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Alternando entre o interior de Pernambuco em 1918 e o Rio de Janeiro dos dias atuais, a narrativa vai aos poucos contando a história da “maldição” de sete gerações de mulheres da família Flores.
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Com uma escrita super fluida é aquele tipo de livro que te prende do início ao fim e toca em temas muito importantes como: sororidade, liberdade, feminismo, fé e resiliência.
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Recomendo muito esse livro pra quem gosta de dramas familiares com reviravoltas emocionantes.
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Barbara 01/01/2023

Perfeito!
Um livro nunca tinha me emocionado tanto. Chorei copiosamente sentindo uma conexão profunda com as flores da minha ancestralidade. Obrigada Angélica por ter escrito esse livro com tanta sensibilidade, genialidade e poesia. Fui correndo pedir a minha avó que me ensine a arte do seu bordado e me conte suas histórias tão doídas e fortes que me fazem ter orgulho de ter o privilégio de ser a última da maldição.
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Lerica 30/03/2024

O que falar desse livro incrível? Eu não estou conseguindo colocar em palavras o misto de sentimentos que essa obra me trouxe.

Com um protagonismo mulheril, que deixa o livro muito mais interessante, a obra é dividida em dois tempos, século XX e século XXI, conhecemos a história das mulheres rendeiras, mais especificamente das Flores, que estavam mais à frente da atividade.

As Flores eram bastante conhecidas por uma maldição que rondava a família, segundo comentários, uma cigana havia amaldiçoado uma antepassada da família, na qual nunca teriam homens na linhagem até a oitava geração. Amaldiçoadas ou não, o fato era que elas realmente não tinham maridos, pais e irmãos, eram somente mulheres. Assim viviam sem a proteção patriarcal e se viravam super bem. No entanto, o destino que tece a vida feito a renda, fez questão de colocar um empecilho nessa história.

Foi com Eugênia que o destino das Flores foi selado. Com a descoberta do casamento com um homem que odiava, Eugênia inventou uma forma incomum de se comunicar com sua amiga Inês e assim, iniciaram um plano para que Eugênia conseguisse fugir.

No entanto, as coisas não saem como planejado, e acaba que quem precisa fugir da cidade é Inês, a irmã Candida e a mãe delas. Em um novo lugar, encontram o véu de sua amiga e decidem passar a história da moça para todas as gerações e assim, no século XXI, uma parente repassa o véu para a penúltima geração amaldiçoada.
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Anny 23/02/2023

Um romance histórico com uma condução maravilhosa, Angélica Lopes escreveu uma história com duas linhas de tempo diferentes em que são ligadas por um véu rendado.

Numa linha do tempo, acompanhamos Alice nos tempos atuais que depois de receber um presente inesperado vai atrás da história de suas antepassadas. Enquanto noutra linha é abordada a história de suas ancestrais no interior de Pernambuco em 1918.

A escrita é super fluída, fiquei imersa na história do início ao fim e apesar de se tratar de um contexto violento traz muita força ao acompanhar esse grupo de mulheres que se comunicavam através de rendas numa época em que tínhamos menos voz ainda.
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Renata 24/07/2022

⭐⭐⭐
A capa me chamou atenção, a sinopse me fisgou e o livro, usando a gíria corrente, entregou tudo.
A narrativa, tecida entre o início do século XX e os dias atuais, constrói a história das mulheres da família Oliveira/Flores e de suas companheiras de rendado. A leitura é muito fluida, mesmo com a alternância de tempos. Facilmente imaginamos aquela história contada em um filme ou um seriado, está tudo ali.
As mulheres Flores, apesar de objeto direto da maldição que dá título ao livro, me parecem constituir um meio termo do destino que aquelas mulheres do interior de Pernambuco de inícios do século passado poderiam guardar, seja a tragédia, como no caso da menina Eugênia, seja a realização, como no caso de Vitorina.
Da leitura vale destacar a discussão a respeito do lugar da mulher na sociedade, o tanto de conquista alcançada e o quanto ainda é necessário lutar para alcançarmos uma existência plena e em paz. Geração após geração as mulheres se desdobram e criam estratégias para se realizarem, para que sua voz seja escutada ou mesmo simplesmente para sobreviverem. O código das rendas, que permitia àquelas mulheres se comunicarem em segredo, é justamente uma estratégia de insubordinação em relação à realidade massacrante a que estavam submetidas, realidade da violência e do mando exercido pelo poder patriarcal e masculino de modo geral.
Embora a maldição deixasse as Flores de certo modo "livres" dessa subordinação mais direta, em relação a maridos, pais e filhos homens, enquanto mulheres estavam à mercê, como qualquer outra, do tipo de violência macro, a qual envolvia poderes outros como posição social, política e econômica.
As personagens são todas cativantes, as irmãs Inês e Cândida são muito doces, já a tia Firmina é de nós tirar do sério, acredite. Contudo, senti que a grande personagem é Eugênia, que apesar de não ser uma das Flores, carrega a grande maldição de muitas e muitas mulheres, cruzar com um homem que a toma como objeto, que acredita ser dono de seu corpo, vontade e destino, de sua vida e sua morte.
As desventuras de Eugênia, e sua persistência e vivacidade de espírito é algo que me apertou o coração e nisso há que se saudar a autora que não fugiu ao incômodo de um desfecho que por mais doído, mais verdadeiro. Este é um posicionamento importante por que não existe conciliação possível, não há final feliz em uma sociedade que violenta e extermina suas mulheres.
Se no contexto de 1919 vemos uma personagem utilizar a expressão "doença de amor", que particularmente me incomodou demais, no contexto dos dias atuais uma outra personagem dá o nome correto aos fatos: "feminicidio". E se tem algo que a Alice, a personagem que recolhe e remonta a história das Flores, deixa claro, é a importância das palavras.
Mérito da autora que conseguiu tratar de tema espinhoso de modo a não reduzir a existência daquelas mulheres às suas dores, mas ressaltando suas potências, criações e afetos.
Recomendo demais a leitura. ⭐⭐⭐⭐
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Larisse.Coimbra 15/04/2024

Uma delícia de ler. Desde já, recomendo.

A história alterna-se entre o Vale do Pajeú, interior de Pernambuco, em 1918 e o Rio de Janeiro, nos dias atuais.

Apesar do romance se passar em dois tempos e lugares diferentes, para mim, a leitura fluiu com facilidade.

Como nordestina, fiquei encantada com o cenário - o Vale do Pajeú, as referências culturais e históricas, as rendas, as expressões de vocabulário das personagens.

As Flores, Vitorina, Eugênia, Alice... todas as personagens são cativantes e conquistaram a minha empatia desde o início.

Cada mulher e menina presentes na história transmite uma força que reflete um pouco das inúmeras brasileiras que de alguma forma resistiram e resistem à violência e à opressão.

A história tem um quê de realidade e certamente foi a história de várias mulheres e meninas que viveram nessas épocas passadas.

Recomendo, principalmente, para quem gosta de romance histórico e um certo regionalismo, sem ser piegas.
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Camila 25/10/2023

No começo eu quase abandonei mas depois começou me prender muito
Mesmo sabendo o fim que teria fiquei o tempo inteiro desejando que fosse diferente
Muito bom apesar de eu achar que devia ter desenvolvido melhor a personagem da Alice, a autora desenvolveu muito as antepassadas e esqueceu dela
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arqueofarias 15/06/2023

Felicidade imensa de poder ler essa história.
Simplesmente não esperava nada e fui surpreendido não só pela narrativa curiosa, como pela escrita fácil e acessível da autora.
Uma adaptação seria incrível.
As gerações e a confusão dos nomes me remeteu à Cem anos de solidão, não à toa, me deparei com uma árvore genealógica no final, se estivesse no início ajudaria mais kkkkk
Poucos pontos problematicos, um deles é a ?tortura? do pós casamento de Eugênia, que não ficou mto explícito? senti falta de coisas mais ?maquiavélicas? pra justificar todo o plano que ela apronta (não que ela devesse sofrer mais, mas acredito que geraria mais convencimento).
Amei muito !!!!!
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Silvia279 14/04/2024

Mostra a importância da comunicação entre as mulheres na luta contra o patriarcado. Haverá sempre alguém com criatividade, determinação e coragem para abrir espaços no silêncio imposto ao feminino. As mulheres são o que são hoje porque outras mulheres antes delas resolveram enfrentar as imposições da sociedade machista. É ali no silêncio do bordado, cabeças baixas, que essas mulheres buscam formas de expressarem seus sentimentos. De falar daquilo que elas não concordam e foram abrindo espaços para as mulheres de hoje.
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Aegla.Benevides 28/12/2022

?Neste romance histórico, um grupo de rendeiras cria um código com pontos, linha e agulha para se comunicar por meio de véus, colchas e toalhas de mesa, numa época em que as mulheres não tinham voz.?

O impacto de A maldição das Flores começa na capa: um trabalho lindo que casa completamente com a história emocionante que acontece ao longo das páginas. Aqui, a renda é a protagonista, responsável por unir e dar continuidade ao trabalho feito por meninas jovens, mas cheias de si, no passado.

Numa escrita fácil e cativante, a autora une passado e presente, que se conectam por uma árvore genealógica amaldiçoada: a das Flores. No passado, Inês Flores comprova sua lealdade à amiga Eugênia e conecta-se com ela, que casou cedo e contra sua vontade, através da renda: elas criam e perpetuam um código nos pontos, que só pode ser decifrado por quem o conhece. No presente, a última geração das Flores, Alice, descobre sobre a renda e busca conectar-se ainda mais às suas antepassadas.

Apesar de parecer um enredo inocente, o tema principal é o empoderamento feminino, que é demonstrado de forma bastante original no enredo. Gostei muito da leitura e indico fortemente para quem quer uma história que prende, ensina e emociona.
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Cris609 17/08/2023

A história que vai ficando cada vez mais envolvente com o passar das páginas tem como pano de fundo uma maldição.
Ela, como tudo mais que tem no livro, foi colocada por comportamentos patriarcalistas.

O mistério que vai tomando conta do enredo faz a leitura ficar instigante. A inserção dos dados jornalísticos sobre feminicídios que acabam por ficar um pouco forçados. O que não retiram a sua importância.

No fim, a sensação que fica é de seguirmos em frente, sem jamais esquecer o passado tenebroso e nem se descuidar das lutas que ainda precisamos travar.

É um livro que retrata o que é ser mulher ontem e hoje.
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Paula Juliana 27/05/2023

@overdoseliterariaoficial

Uma obra desesperadamente preciosa!
Quando comecei a leitura da obra A Maldição das Flores, esperava tudo mesmo o que encontrei durante a leitura, uma obra necessária, que fala e representa muito sobre a luta e a independência feminina durante os anos até chegar aos dias atuais.

Conhecemos várias gerações da família Flores, a narrativa acontece intercalando duas épocas, entre a atualidade e em 1919, falando sobre as mulheres de uma família que ao que tudo indica foram amaldiçoadas, qualquer homem que se envolvesse com uma Flores, teria vida curta, gerações e gerações de mulheres que sempre enterravam seus homens, sendo pais, filhos ou maridos, somente quem sobrevivia dentro da casa de paredes azuis e flores diversas eram suas mulheres, essas mulheres fortes, diferentes, passando a tradição das rendas sempre a frente. Quando conhecemos Alice e sua mãe nos dias atuais, o nome Flores já tinha se perdido, porém a tradição e o sangue não! Quando Alice recebe um presente inusitado de uma parente desconhecida, acredita que aquilo não tem nada haver com ela e é uma representação de um sistema machista e antiquado, porém ao olhar o lenço rendado que recebeu percebe que em seu bordado existia um código, uma mensagem secreta, uma forma de comunicação própria, uma história a ser desvendada.

Ao longo da narrativa Alice começa a conhecer a saga de Eugênia, uma das rendeiras, e amiga da família Flores, entre os capítulos intercalados viajamos pelos anos, descobrindo a história e construindo uma narrativa que mostra a evolução e a luta das mulheres para conquistarem direitos básicos para sobrevivência.

A obra é tão bonita e ao mesmo tempo tão brutal, pensar que nós como mulheres temos tanta luta pela frente, que a sociedade que vivemos é tão violenta e desigual, e que em 1919 no passado era ainda pior, porém, não tínhamos voz, já existia violência doméstica, física, moral, social, psicológica, feminicídios, as mulheres eram vendidas para seus maridos, casamentos arranjados onde não existia nem mesmo a possibilidade de divorcio. A Maldição das Flores levanta tantas bandeiras importantes, com uma escrita delicada, que nos leva pela curiosidade, foi uma grande surpresa, amei a obra, li muito rápido, achei maravilhosa, representativa, criei vínculos com suas personagens, indico para todos que buscam uma grande obra! Recomendadíssimo!

Paula Juliana

site: http://overdoselite.blogspot.com/2023/05/resenha-maldicao-das-flores-o-destino.html
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voandocomlivros 01/11/2022

💐"Pelo menos eu os amei imensamente. É melhor a saudade do que o vazio."


O PODER DA COMUNICAÇÃO CONTRA O PATRIARCADO!


A história de "A Maldição das Flores" é sobre rendeiras que criaram um código para que a partir de seus pontos, de sua renda, pudessem transmitir mensagens de desabafo, pedidos de socorro e, até, contar histórias completas para que suas lutas nunca fossem esquecidas.




Os capítulos são intercalados entre duas cidades e duas épocas: Bom Retiro em 1918 e Rio de Janeiro nos dias atuais.


Em Bom Retiro, uma cidade pequena, nós conhecemos a família das Flores. Segundo a crendice popular, das Flores carrega uma maldição que causa a morte precoce de todos os homens da família. Todas as mulheres das Flores, que são exímias rendeiras, vendiam suas rendas para conseguir o próprio sustento, o que naquela época era bastante incomum.


💐 "Rendar era a maneira que Eugênia encontrara para manter a mente afiada, e, enquanto seus dedos alternavam a entrada e a saída da agulha na trama de lacê, ela arrematava o seu plano."


Apesar de focar mais no passado, temos uma adolescente rebelde dos dias atuais decifrando as rendas codificadas de suas ancestrais e desvendando o real poderio da união feminina.




O livro tem um crescimento gigante ao longo das páginas, trabalha vários temas. Mas o que mais se destacou para mim foi o poder da comunicação, principalmente em um contexto de não liberdade, de violência doméstica e sufocamento patriarcal.


💐"Devemos sempre buscar a liberdade e que mesmo na derrota há uma vitória, pois houve a luta.


Essa é uma leitura potente e cheia de mensagens. Se você ainda não conheceu a escrita da autora. Recomendo!

site: https://www.voandocomlivros.com/post/a-maldi%C3%A7%C3%A3o-das-flores-resenha
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