Rafael Moia 19/05/2024
Dá pra separar o autor da obra!?
Conheci o Stefano Volp como curador do Clube da Caixa Preta, uma iniciativa maravilhosa! E depois veio a Editora Escureceu, que colocou no papel autores pretos invisibilizados pelo mercado. E, nada mais justo, que o Volp se tornar esse potência no mercado editorial nacional. No entanto, tenho muitas ressalvas quanto ao Volp escritor, desde o dia que o mesmo não recebeu nada bem as críticas do Luiz Maurício Azevedo. O crítico foi acertico, e eu posso provar. O beijo do rio, nasceu como um roteiro para uma série que não vingou, e isso e perceptível pois a narrativa não se encaixa como romance, além de seguir a linha editorial do autor (ele escreve para ser premiado, ele apenas escreve), são romances, O.K.! Mas sem nenhum apelo literário. Alimenta sua fanbase que busca uma leitora mais despretensiosa, porém alguns de seus títulos acabam por ser perder dentre outras leituras. Acredito, que não seja o caso de O beijo do rio, o romance é potente, faz uma crítica contundente ao neopentecostalismo, além de expor (mesmo que dentro de uma ficção) uma milícia fomentada por políticos e fanáticos religiosos. Dêem uma chance ao O beijo do rio.