Resenhas - 1984

maltchik/ 03/05/2024

"Nos encontraremos no lugar onde não há escuridão."
Esse é um dos poucos livros que queria
ter como esquecer por completo, pra ter
a sensação novamente de quando li pela
primeira vez.

A história apresenta uma visão obscura
de um futuro totalitário, onde o governo
tem controle absoluto sobre a vida e o
comportamento de todos, manipulando a verdade e restringindo a liberdade individual de cada um.
A maneira como é retratada toda essa
sociedade e a trajetória do Winston Smith, nosso personagem principal é simplesmente GENIAL.
O autor conseguiu nos transmitir muito
bem todo esse cenário tenso, agoniante
claustrofóbico no qual os personagens
estavam inseridos.

É uma leitura que sempre vai se fazer
necessária, uma das coisas que me impressionou é que em muitas passagens da história conseguimos traçar paralelos com muita coisa que estamos vivendo nos dias de hoje.

O final pra mim é a cereja do bolo, me pegou totalmente de surpresa, o primeiro final de "explodir a cabeça" a gente nunca esquece ?

Lore 11/07/2022

Favorito da vida
Reli o livro que me fez ser leitora, foi incrível essa experiência e acredito que com a segunda leitura consegui até prestar atenção a coisas que pela primeira vez eu não entendi. Amo esse livro e acho que deveria ser uma leitura obrigatória para qualquer leitor .

Willian 27/07/2022

Sei lá......
Fui com uma expectativa muito grande eu acho, não me conquistou. Revolução dos bichos foi uma experiência muito legal. Já neste livro, Orwell não me faz embarcar nesse mundo distópico.

Evy 07/09/2022

"Torne 1984 ficção novamente"
Eu li 1984 há uns 10 anos atrás e fiz a releitura nessa edição lindíssima publicada pela DarkSide Books. Em ambas as leituras, os sentimentos foram os mesmos: medo, pavor, angústia, opressão e desesperança. Embora esteja classificado (e como um dos maiores e mais famosos) no gênero distopia, para mim é um exemplar do pior terror que pode existir: o humano.

Narrado em terceira pessoa, 1984 nos apresenta a vida de Winston no ano em que dá nome à obra numa Londres que agora pertence à Oceânia, uma superpotência controlada por um governo totalitário, o Partido, e comandada por um líder conhecido como o Grande Irmão. Há outras duas superpotências: a Eurásia e a Lestásia que vivem em constante guerra entre si.

O protagonista pertence a uma classe social intermediária e trabalha no Ministério da Verdade, onde sua função é editar reportagens de jornais antigos alterando os fatos para que o passado esteja de acordo com as diretrizes do governo atual. Assustador não? E isso é apenas o começo. Outras características terríveis dessa sociedade nos são apresentadas ao longo da leitura e vamos ficando cada vez mais incomodados.

O governo não busca somente poder político e a centralização num único líder absoluto, mas o controle total da sociedade através da dominação de todas as instâncias da vida. Tudo é controlado pelo governo, inclusive o pensamento, a forma de se expressar, a linguagem, a alimentação, a literatura, enfim... Tudo! Os livros, inclusive, assim como as notícias, estão sendo todos traduzidos para a nova linguagem imposta pelo Partido e todas as casas possuem teletelas que servem como televisores e câmeras pelas quais todos são observados.

Winston vive numa dualidade de sentimentos, pressionado a aceitar o sistema vigente, mas sentindo uma necessidade de se rebelar contra ele, quando começa a ter mais contato com sua colega de trabalho, Júlia, uma jovem rebelde que odeia o Partido. Winston acaba se apaixonando por ela e ambos decidem partir em uma revolta secreta contra o governo, unidos pelo amor e pelo desejo de liberdade.

Não me sinto de forma alguma capaz de colocar em palavras a grandiosidade dessa obra e todas as importantes nuances de sua abrangência política, social e cultural, mas me atrevo a trazer minha humilde opinião em relação ao ponto alto dessa obra para mim, que é sua vertente psicológica. A forma como o governo consegue influenciar a mente das pessoas e o nível aterrador e cruel a que chegam em suas ações (sala 101, nunca me esquecerei) demonstram que a crítica de Orwell não era somente a um governo totalitário, mas a corrupção e desintegração humana.

"O meu ponto de partida é sempre um sentimento de partilha, uma noção de injustiça. Quando me sento para escrever um livro, não digo para mim 'vou produzir uma obra de arte'. Escrevo porque existe alguma mentira para ser denunciada, algum fato para o qual quero chamar atenção, e acredito sempre que vou encontrar quem me ouça". afirmaria o autor em seu ensaio Por que Escrevo de 1946.

Uma obra essencial, assustadoramente atual, dolorosa, difícil demais de ser lida e absorvida, mas extremamente necessária. Recomendo demais a leitura, em especial nesta edição que traz introdução e um perfil do autor por Romeu Martins, posfácio de Carlos Orsi e ainda cartas e ensaios do próprio autor que complementam e ajudam a compreender a obra!

Se ainda não leu, o que está esperando? CORRE!!

maynarax 27/09/2022

Um livro tão atual
Na leitura eu pude assimilar com várias questões atuais no meio político e econômico. Fala de assuntos necessários, mas foi torturante, pois nos 70% do livro mais ou menos até mesmo o leitor perde as esperanças e é sufocante a sensação de impotência.

Dani Scheibler 27/10/2022

Sentimento de medo e impotência
1984 conta a história de um homem de meia idade chamado Winston que vive em um mundo de guerra, comandado por um partido totalitário, e convive diariamente com as restrições, manipulações e normas impostas pelo Grande Irmãos e seus seguidores. Winston questiona a todo o momento as atrocidades que as pessoas cometem, as mentiras que são contadas a todo o momento, os fatos manipulados, e a forma como as pessoas simplesmente não se importam com nada e nem ninguém.

É interessante a forma como o autor nos faz questionar a natureza humana em diversos momentos. No caso do Winston por exemplo, o fato dele achar um absurdo tudo o que acontece ao seu redor, me fez até pensar que ele fosse uma "pessoa boa" entre aquilo tudo, porém em diversos momentos ele tinha pensamentos abomináveis, principalmente quando jurou lealdade ao grupo que queria derrubar o partido, prometendo cometer atrocidades como matar(e se matar) e torturar inocentes em nome deles, sem questionar.

O final foi bem pesado de ler, apesar de já esperar algo do tipo. Terminei o livro e fiquei um tempo digerindo o que eu havia lido. Uma mistura de sentimentos como medo e impotência perante a grandes poderes, até que ponto o ser humano consegue se manter fiel ao que acredita ser o certo, e como após tanto sofrimento, o ser humano pode acabar se entregando ao pensamento coletivo e que foi imposto, pois ser mais fácil e menos doloroso. "Liberdade é escravidão".

Thadeu Costa 02/02/2023

George Orwell - 1984
Um governo totalitário, que controla a população em todos os sentidos através de câmeras e microfones. Fazer ou dizer algo, mesmo que sem querer, pode ser uma afronta ao governo e ao Grande Irmão. Winston, se sente um peixe fora d'água, solitário e sem visão de um futuro melhor. Mas ao conhecer Julia, tudo muda.

Um livro arrebatador, com uma narrativa envolvente e muito atual. Os personagens são incríveis e nos trazem muitos sentimentos durante a leitura. Consegui me importar com o que acontecia com o Winston e me trouxe até agonia em alguns momentos.

Vale muito a leitura.

monikinha 16/02/2023

Apesar de muito bem escrito, não vou mentir, achei a leitura cansativa. Fala sobre totalitarismo, e mesmo depois de tantos anos, podemos sentir como atual. Consegui, claro, fazer vários paralelos com o que vivemos nos últimos anos, mas a escrita, em si, não me prendeu.

Clara 21/04/2023

Sem palavras
As reviravoltas que a história possui são obra de um escritor extremamente inteligente.
Uma escrita e domínio de ideias atemporal.

Robim 29/04/2023

1984
As vezes é necessário sair da zona de conforto. Esse livro, é una obra de arte, faz jus a todos os relatos que os autores fazem. Gostei demais da escrita, sofri, sorri com pequenas coisas simples que para o protagonista era um fato de outro mundo. Com um final aterrador e necessário, para reflexões profundas da nossa atualidade.

Gabybadgirl 17/07/2023

E incrível e surreal como um livro pode ser tão atual,tão visionário....tudo que eu li nesse livro está acontecendo no mundo real,autoritarismo de governo que se diz guardião da democracia,o que é uma grande balela.Recomendo esse livro a todos que queiram entender o mundo e refletir o que queremos para o futuro, liberdade ou autoritarismo?

Adriana Oliveira Vianna 30/07/2023

Um clássico atemporal.
Todos deveriam ler esse livro pelo menos uma vez na vida. Uma história tão real quanto cruel. Os personagens poderiam muito bem estar entre nós. Quantas vezes vc precisa fingir que está tudo bem para sobreviver ao sistema?

Fernanda 26/08/2023

Numa época em que políticos negam cinicamente o que alardearam ao vivo em pronunciamentos oficiais, e em que somos bombardeados diariamente por propagandas de ódio, notícias falsas bizarras e notícias verdadeiras ainda piores, o romance 1984, de George Orwell, ganha cada vez mais ressonância. A trama se passa em um superestado totalitário chamado Oceânia, onde imperam a vigilância onipresente e regras de conduta extremamente rígidas. Nele acompanhamos a rotina severa e os pensamentos cada vez mais divergentes de Winston Smith, funcionário do Ministério da Verdade. Apesar do nome de seu local de trabalho, Winston é responsável por falsificar artigos jornalísticos do passado para que eles sempre se encaixem com o maleável discurso corrente do partido que comanda esse superestado, representado pela figura mítica do Grande Irmão. A história da vida de Orwell talvez explique como sua obra converge até 1984. Nascido na Índia em 1903, como Eric Arthur Blair, ainda bebê ele se mudou para o interior da Inglaterra, que nessa época ainda era um império com colônias por todo o planeta. Orwell conheceu variadas facetas do imperialismo: estudou num colégio de elite inglês, perambulou sem dinheiro pelas ruas de Paris e de Londres, acompanhou trabalhadores em perigosas minas de carvão, exerceu a função de policial na Birmânia, enfrentou os fascistas na Guerra Civil Espanhola, onde quase morreu com um tiro na garganta, presenciou bombardeios dos nazistas na Segunda Guerra Mundial, e acima de tudo, foi um crítico ferrenho da sociedade de sua época. Tudo isso é mostrado com mais detalhes na graphic novel biográfica 1903: Orwell, publicada pela DarkSide® Books, com roteiro de Pierre Christin e desenhos de Sébastien Verdier. Um retrato íntimo e definitivo de um dos maiores escritores de todos os tempos e o complemento perfeito para amplificar a experiência de leitura do clássico 1984 , que também conta com ilustrações de Verdier. Embora escrito somente a partir de 1947, várias das ideias que permeiam 1984 foram moldadas muito antes, como podemos conferir em algumas de suas cartas e ensaios, que também integram esta edição especial, da marca Medo Clássico. Mescla de ficção científica distópica com ensaio político, 1984 é uma daquelas obras que se tornaram referência desde sua publicação, em 1949. Sua influência na cultura pop desde então é extensa, inspirando criadores em diversas áreas, autores como Margaret Atwood, Alan Moore, Ray Bradbury, os cineastas Terry Gilliam e Ridley Scott, músicos e bandas como David Bowie e Radiohead e o quadrinista Enki Bilal, e até mesmo conceitos por trás de programas televisivos díspares, como o reality show Big Brother e a série de ficção científica especulativa Black Mirror. Esta edição especial da DarkSide® Books conta com tradução de Alexandre Boide, introdução e perfil biográfico do autor, feitos pelo jornalista Romeu Martins, e um posfácio escrito por Carlos Orsi, fundador do Instituto Questão de Ciência, que delineia as relações do romance com o que passou a ser chamado de totalitarismo: ?O Estado de 1984 [...] busca não apenas a centralização do poder político num líder absoluto, mas o controle total da sociedade, a dominação de todas as instâncias da vida. É o Estado que não se contenta em controlar o que as pessoas leem, compram e em quem votam, mas também o que pensam e como sonham?. Clássico contundente e oportuno sobre as dimensões políticas da linguagem, 1984 expõe de maneira amarga e implacável os mecanismos operantes em uma sociedade totalitária, e as dificuldades do indivíduo em oferecer resistência a ela. Uma obra que, infelizmente, se torna ainda mais atual a cada leitura e releitura e serve de alerta para os totalitarismos contemporâneos.

Eliete 21/09/2023

Uma crítica atemporal
Gostei muito da leitura desse livro, já tinha uma vaga ideia do que a história se tratava mas não estava preparada para o desenrolar dela. Li em uma leitura conjunta do CLUBE LENDO COM OS MORCEGOS e foi ótima a experiência de não só formar uma opinião sobre o livro como ver outros pontos de vista em relação a história e expandir a experiência que faz uma crítica pesada ao totalitarismo e a forma como ele domina o ser humano, entre várias outras críticas dispostas no livro que fazem paralelo com o que o autor viveu. A obra em si é impecável, impossível ler sem refletir não só no aspecto psicológico em que a história é ambientada como também acabamos fazendo comparativos com fragmentos da história em nossos dias atuais. Um livro que vale a pena a releitura sempre que possível, não só para vermos mais aspectos do texto como também para enxergarmos o quanto a humanidade flerta com a história do livro.
A edição da Darkside está primorosa, com algumas ilustrações e uma linguagem bem tranquila de acompanhar, só não dei 5 estrelas porque o apêndice ao mesmo tempo que agrega algum valor na história fazendo referência ao que motivou a obra, me deixou com a sensação de fadiga quando li sobre os ensaios.
De qualquer forma é uma leitura muito necessária e se possível ler em grupo melhor ainda pois enriquece muito a experiência

JanaAna90 06/12/2023

Um livro que ouvia muito as pessoas falarem e já tinha a um tempo; finalmente decidi ler e confesso que amei a leitura, embora a maioria das coisas que lia me angustiava bastante porque identificava a história com o que estamos vivendo atualmente.
A obra de Orwell tem uma visão sombria de um futuro totalitário, onde o governo exerce controle absoluto sobre a vida das pessoas, manipulando a verdade e restringindo a liberdade individual; como não ver nisso a realidade. Em alguns momentos me questionei, sera que permitiremos ser manipulados a esse ponto? Será que estamos vendo tudo isso acontecer tão passivamente?
O romance conta a história de uma província comandada pelo Grande Irmão, que ninguem sabe quem e, só se vê um rosto estampado em todos os lugares. O protagonista, Winston Smith, é um desses atormentados pelas lembranças que ele nem sabe de onde vem e que o ajuda a questionar o sistema em que vive e trabalha. O Partido controla todos os aspectos da vida, desde o pensamento até a história, por meio do uso da lingua e da manipulação da informação.
Ao longo da história acompanhamos Winston lutando contra a repressão do Partido, no desejo de se libertar e encontrar a verdade, que a meu ver parece estar sempre lhe escapando das mãos.
No livro, magnificamente, o autor nos mostra o quanto a verdade é manipulada pelo governo que busca controlar as pessoas através da manipulação da linguagem e da informação. As pessoas são o tempo todo vigiadas, perdendo totalmente sua privacidade. E o interessante é que apesar de toda tentativa de controlar tudo e todos ainda assim as pessoas se rebelam contra a opressão em que vivem, mesmo sabendo que com isso elas poderão pagar com a vida.
Conclui a leitura do livro, com uma angústia e com muitas reflexões sobre o que li. Os temas abordados são tão impactantes e atemporal que cabe sempre releituras. Orwell nos traz com esse romance um forte lembrete dos perigos do abuso de poder e da importância da liberdade individual na sociedade e o papel das histórias registradas nos livros para a posteridade e os riscos quando a informação é manipulada de forma irresponsável e criminosa.