Os Filhos da Abadia

Os Filhos da Abadia Regina Maria Roche




Resenhas - Os Filhos da Abadia


6 encontrados | exibindo 1 a 6


Souza.Barbosa 27/07/2023

A recompensa
Esse livro e triste sim.
Mas a história e muito envolvente e mais realista quase impossível,me lembrou muito em certos aspectos o livro de Francês Burney (Cecília) pois se nota muitas ciladas por aqueles cuja jamais imaginamos que se poderia fazer.
O homem... Aqui o vilão em questão e sujo, nojento...
Mas enfim casa qual foi recompensado pelo seus atos
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Tuca 21/09/2022

Regina Maria Roche foi uma romancista irlandesa que viveu entre os séculos XVIII e XIX. “Os filhos da abadia: Oscar e Amanda” (1796) foi seu terceiro romance e na época, um fenômeno de vendas, sendo referenciado por grandes nomes que vieram após ela como Jane Austen em “Emma”, Lucy Maud Montgomery na trilogia de Emily e Georgette Heyer em “Arabella” segundo a página do livro na Wikipedia, e sendo influenciada pelo estilo gótico de Ann Radcliffe (autora de Os mistérios de Udolpho e de Um romance na Sicília). Coincidência ou não Ann e Regina nasceram no mesmo ano e iniciaram suas publicações após 1790. A própria literatura gótica de Regina Maria em “Os filhos da abadia” misturava-se com o romance sentimental criando uma narrativa que se fosse adaptada para uma telenovela seria muito provavelmente campeã de audiência.

Oscar e Amanda são dois irmãos que sofrem uma vida de infortúnios. A mãe deles havia sido privada de sua herança pela crueldade da madrasta, a qual usou do casamento sem aprovação da enteada como uma forma de envenenar o pai contra ela. Além disso, a madrasta também usou de várias artimanhas para impossibilitar qualquer reparação na relação entre pai e filha de modo que apenas ela própria e sua filha fossem as únicas herdeiras do marido. Apesar das dificuldades, Oscar e Amanda foram criados com amor, mas a sociedade não perdoava o “defeito” da pobreza, e isso foi lhes impossibilitando de viver outro tipo de amor, o amor romântico com aqueles por quem os irmãos haviam se apaixonado.

Enquanto Amanda, foco da história, se apaixona pelo charmoso Lorde Lortimer; Oscar vai se encantar por Adelia, filha de um oficial de alta patente do seu regimento. Mas ambos vão ser de início privados do amor por um mesmo vilão: Coronel Belgrave. No entanto, não é apenas Belgrave que entra no caminho de Oscar e Amanda Fitzalan, há toda uma sociedade preparada para julgar principalmente Amanda. Por sua pobreza, por sua origem e por inveja da sua beleza e boas maneiras. E o pior, o próprio Lorde Lortimer, apesar de apaixonado, é um mocinho influenciável e orgulhoso. Ele é um personagem que amamos em uma página para odiarmos na seguinte, assim como Amanda, a qual por vezes eu quis torcer o pescoço, pois a personagem é criada para ser uma representação da virtude, sempre disposta a se sacrificar por tudo e por todos.

A trama lembra muito “Emmeline” de Charlotte Smith, porém eu compreendi Emmeline como uma persona mais madura que Amanda e que não atraia para si tantos sofrimentos desnecessários na busca por proteger sua virtude e sua moral. Emmeline é também, assim como Amanda, a personificação da virtude, porém ela consegue ser mais racional. Com o livro cheio de personagens maquineístas, o que é comum na literatura gótica, os poucos personagens que são mais falhos findam por se destacar. E por mais que eu saiba que é uma característica normal do estilo, achei que esse foi um dos romances góticos em que essa dualidade de personagens 100% bons ou maus era muito extensiva, bem mais do que outros do mesmo gênero que eu já li.

É importante falar como essa é, além de um romance, uma história sobre como as ações dos pais afetam seus filhos, e tendo há pouco terminado de ler “O moinho à beira do Rio Floss” de George Eliot em que isso também acontece não tenho como não comparar como os caminhos dos irmãos Oscar e Amanda foram diferentes dos de Tom e Maggie. Não apenas pelo fato do Sr. Fitizalan escolher uma via mais amorosa, mas também por Oscar ter uma essência bondosa e altruísta que o ligava por completo a sua irmã. A solução do conflito dos irmãos Fitzalan ocorre justamente por eles terem algo que faltava aos Tulliver: confiança e fé um no outro.

Se você ama dramas daqueles dos mais parecidos com novelas mexicanas, vai amar “Os filhos da abadia”. É um livro impossível de largar. A cada segundo a história muda e o casal enfrenta obstáculos gradativamente maiores para alcançar o seu feliz para sempre. Amanda e Lorde Lortimer são protagonistas de uma história de amor das mais emocionantes. A cada página virada eu tinha uma expectativa de que algo iria acontecer para que eles ficassem juntos; quando juntos, eu aguardava o que iria separá-los dessa vez. Até o final, não há um minuto de paz no enredo. Repleto de aventura, de mistério, de romance, de fé e de amizade, “Os filhos da abadia” é um dos melhores livros publicados pelo Clube de leitores da editora pedrazul até o momento.


site: IG: https://www.instagram.com/tracinhadelivros/
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Alessandro232 14/09/2022

Um romance à moda antiga
Entre as autoras da literatura inglesa, Regina Maria Roche continua sendo, infelizmente, uma ilustre desconhecida entre os leitores brasileiros. Contudo, a editora Pedrazul em uma corajosa iniciativa, publicou recentemente "Os Filhos da Abadia", um de seus romances mais conhecidos.
Vale lembrar que a obra é admirada por José de Alencar, um dos grandes expoentes do romantismo brasileiro. Lendo o livro de Roche, você entende o motivo. Roche é acima de tudo uma grande contadora de histórias. Ela sabe como criar eventos dramáticos, com reviravoltas surpreendentes e inesperadas.
"Os Filhos da Abadia" também chama atenção por seu estilo de escrita. Nota-se que a autora com habilidade combina elementos góticos, principalmente relacionados com os cenários do romance, destacando-se entre eles a misteriosa abadia, com a vertente do romance sentimental - neste aspecto, Roche exagera um pouco em suas descrições de cenas dramáticas, carregando um pouco no sentimentalismo, mas é importante lembrar que trata-se de uma obra escrita no final do século XVIII.
O enredo do romance, é sobre dois irmãos ( Amanda e Carlos), os tais "filhos da abadia" que desde o nascimento vão ser vítimas de intrigas e sofrerão muitas injustiças - como é típico neste tipo de livro. Durante o desenvolvimento da trama é interessante notar que a autora faz uma reformulação de aspectos do gótico, principalmente na caracterização mais "realista" do vilão, o coronel Belgrave que atormenta a vida dos protagonistas.
"Os Filhos da Abadia" traz todas as situações que agradavam as leitoras do século XVIII: os encontros e desencontros de um casal que demonstra um amor quase impossível, eventos dramáticos e alguns trágicos e uma reviravolta que proporciona um final feliz. Além disso, nota-se que Roche enfatiza o tema da desigualdade social, de modo a fazer críticas ao comportamento decadente da aristocracia, que aqui ganha matizes góticas.
Trata-se de um romance à moda antiga, um produto de seu tempo, mas que deve ter sua importância reconhecida para a evolução e transformação da literatura inglesa no século XVIII, assim como demonstra a importância de Roche como ficcionista.
Sobre a edição: A Pedrazul tem feito um ótimo trabalho de resgate dos clássicos ingleses menos conhecidos. A editora tem trazido ao leitores livros raros, de poucas traduções no Brasil. Os livros são de ótima qualidade. Em formato de brochura, com boa diagramação e com um interessante texto introdutório. No entanto, às vezes há alguns erros de ortografia, o que demanda um trabalho mais cuidadoso de revisão. Mas, isso é um defeito menor, diante da grande qualidade dessa obra, um verdadeiro clássico dentro da vertente do romance sentimental/ gótico.

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Noemy 01/09/2022

Clássico notável pelo nosso querido autor José de Alencar
Clássico publicado em 1899, Os Filhos da Abadia, fala sobre o drama de Amanda e Oscar, irmãos que estão passando pelas adversidades da vida.
Eu achei bem característico deste clássico foi os ensinamentos e idéias passadas na história, onde que um dos pensamentos é: melhor a virtude do que o dinheiro ganhado de forma não honrosa, onde a honra é algo extremamente importante, a virtude e verdade é algo intrínseco entre si... Tem muitos valores cristãos neste livro, mas, se você pensa que isto vai estragar sua leitura está redondamente enganado; a nossa heroína passa por altos e baixos, sofre traição, percas, dores, tem momentos angustiantes mas nunca perdeu sua identidade????
Também tenho seu irmão que passa por uma traição e engano mas mesmo assim não deixa que isso acabe com sua fé no amor.
Resumindo esse livro tem alta doses de romance, lindos quotes inspiradores, ensinamentos de vida, tem altos e baixos, grandes aventuras, reviravoltas,..... Outra coisa rsrsrsrs passei alta raivas com o mocinho ????? ele me desceu no final da história mas a raiva que passei com ele nunca vou esquecer


Recomendo
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ramiromat 11/07/2022

Os moinhos de Deus se movem devagar, mas se movem muito bem.

Que livro maravilhoso. É uma jornada que nem todo mundo vai compreender. Os infortúnios que Amanda (principalmente ela, pois, no meu ver, o Oscar foi deixado de lado por muito tempo), não merecem ser vividos por ninguém. Mas a virtude que o pai dela ensinou, imperou até nos momentos de provação.
Resumo rápido: Amanda e Oscar são filhos da verdadeira herdeira do título de Dunreath, e que foi expulsa pela madrasta, para benefício de sua filha. Eles passam por verdadeiras provações e traições (por vezes lembra até uma trama de novela).
Penso que Amanda sofreu demais e não merecia passar pelo que passou. Chegava a amaldiçoar a autora por tanto sofrimento, mas como falei no início, sua constância se provou digna da misericórdia. O amor por Lorde Mortimer a fez aceitar a passar por uma provação enorme, que quase a deixou sem vida. E ele também poderia ter contrariado o pai, mas respeitou as decisões.
Parabéns, Pedrazul, por trazer esse livro para o Brasil. Guardo com carinho excepcional.
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AlineLucia 30/06/2022

Trama bem construída
O livro narra a história dos irmãos Oscar e Amanda, que privados do direito de herança deixada pelo avô materno, vivem uma vida de dificuldades e provações ao lado do pai.

Amanda renuncia a seu grande amor em nome da honra do pai. Oscar, por sua vez, perde sua amada para outro após ser envolvido numa trama ardilosa.

A partir daí a história se desenrola e muitos são os obstáculos e sofrimentos encontrados pelos personagens.

Classificado como um romance gótico, o livro traz personagens com características do período, carregados de dilemas morais e melodramas exagerados. Vale ressaltar que essas características se aplicam tanto aos personagens masculinos como femininos.

A trama é bem desenvolvida e possui um final emocionante.
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