Cometerra

Cometerra Dolores Reyes




Resenhas - Cometerra


25 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


tavim 30/03/2024

Cometerra – Dolores Reyes
O encontro entre terra e dor à secura da ausência; ressecados, os sentimentos batem contra o peito num som oco pela espera que ali habita. resta juntar as mãos, não em oração porque preces jaz há tempos. o lamento ali são dedos arqueados, sujos pra atar a terra à palma e atulhar na garrafa a esperança que lhe comam aquela porção de chão, pisados momentos antes de terem o corpo roubado.

uma américa latina, que grita por socorro: onde estão meus corpos? é pela terra que ela fala, é pela mulher que ela clama. assim entoa cometerra, de dolores reyes. mais que um livro de 'mais um caso', se conta nele sobre o costume da busca --- do corpo, não da vida. periferia do planeta, onde a existência vale menos. sobra ao desespero do povo procurar pelo fantástico já que as autoridades não cumprem a função que lhes cabem.
______________________________________________

No Instagram, publico mais resenhas e ilustro todas as capas dos livros que leio.
Acesse @tavim para ver.
tavim.com.br

site: https://www.instagram.com/tavim/
comentários(0)comente



Colly 27/01/2024

Cometerra
Essa é uma história sobre uma garotinha e os preconceitos junto as violências da vida. A leitura fluiu muito bem que em questão de horas tu já leu tudo. Muito bom, gostei.
comentários(0)comente



Debora 14/11/2023

Cometerra é a protagonista
Cometerra, a protagonista deste livro, é uma menina órfã, que vive com o irmão e pode ver co que aconteceu ou as vezes o q vai acontecer por meio da terra.
A leitura é muito envolvente e vc vai virando as páginas em busca da história. Vale muito a pena.
comentários(0)comente



MaSantana 02/11/2023

Nunca li nada parecido. O livro tem uma mitida de misticismo mistura com cenas cotidianas de uma população marginalizada de um tom único a história. Sinto que poderia ser uma história maior, não porque seja incompleto, mas porque dá vontade de ler mais.
comentários(0)comente



Michele394 11/10/2023

??????
Até agora decidindo se gostei ou não.
Algumas coisas acontecem rápido demais.
A história é boa, contudo algumas coisas ficam sem explicação (ou sentido mesmo).

Li que terá continuação.
comentários(0)comente



jegrandini 20/08/2023

Cometerra
Adorei a leitura, no início senti incômodo pela descrição da sensação da terra, parecia que ela também estava em mim, porém, depois passou.

A história é bem escrita, te motiva a ler mais pra saber mais, foram muitos questionamentos ao longo dela, muitos incômodos e incógnitas.. temas dolorosos e que nos revoltam.. A literatura contemporânea tem um pouco disso.

Eu gostei bastante, e senti um gostinho de continuação.. A pouco descobri que realmente há uma continuação, porém ainda sem tradução! ?

Estarei aguardando por ela!
comentários(0)comente



Thayssa.Tannuri 18/08/2023

Leitura rápida mas nada leve rs
Das leituras que deixam questionamentos no final, que a gente fica com vontade de que tivesse umas páginas a mais.
comentários(0)comente



Anbi Ferreira 05/08/2023

?Comecei a comer terra por outros que queriam falar.?
Escrito pela escritora argentina Dolores Reyes, o romance Cometerra conta a história de uma jovem que possui um dom com o qual, ao comer terra, consegue ter visões das pessoas com a qual a terra ingerida teve contato.

O romance apresenta uma história envolvente e impactante, explorando temas como feminicídio, o sobrenatural e laços familiares.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



andrensf31 16/07/2023

A relação com a terra: antropofagia na barriga da jovem.
Terra. Terrenos que produzem sentimentos e sensações que podemos percebê-las ou não, dependendo da forma como tratamos aquele ambiente. No livro de Dolores, a relação com esse plano é parte fundamental da narrativa, a jovem garota que come terra e consegue sentir pessoas que já morreram ou que ainda sobrevivem, faz uso desse elemento como se fosse um poder. O sentimentalismo dessa relação pega o leitor de surpresa, no começo causa um estranhamento e nojo, como se fossemos parte daquela história e tivéssemos o mesmo olhar que a sua tia. 

A terra denuncia o feminicídio que ocorre no mundo, exposto no começo do livro, com a epígrafe ?À memória de Melina Romero e Araceli Ramos. Às vítimas de feminicídio, às suas sobreviventes.?, mostrando que Dolores trabalhará com assuntos complicados e importantes, usando a ótica da menina para narrar a história. O medo eminente e a forma de detetive que ela adquire com a sua relação com a terra denotam e pintam esse quadro triste dos subúrbios argentinos. A pobreza que nos é apresentada aqui, os comentários feitos pelos vizinhos, a tia que só está ali porque seu pai fugiu e a relação com seu irmão Walter é a forma mais humana e dolorosa que nos faz ter uma empatia e coração pela personagem e toda essa árdua bagagem que carrega, ou melhor, que nós carregamos ao longo de sua jornada.

Lembrou-me alguns livros, como o próprio ?O Avesso da Pele?, de Jeferson Tenório, em que o personagem se vê mais como um observador do que como um personagem principal, um protagonista de sua vida. Assim, passa a reparar mais nas ações dos outros, como aqui acontece entre a menina e o Walter, não tendo tanto poder sobre as suas próprias narrativas. ?Para que? Se no final resta apenas a terra remexida.?(p. ) 

A dor dessa criança nos faz perceber a necessidade que ela possui de comer aquela terra que traz consigo lembranças e também abre nossos olhos para a forma que possuímos de contar histórias e viver memórias. Como em ?Torto Arado?, romance de Itamar Vieira, a ambientação que temos no livro é parte central do texto, dialogando sempre com a menina rebelde que vive com seu irmão e é atormentada por seus vizinhos enxeridos. 

O retrato que aqui é mostrado pela autora me fez lembrar e querer comentar da semelhança com o subúrbio brasileiro. Vizinhos fofoqueiros, amigos que se reúnem para partidas de videogame, sempre rodeados de cervejas e conversas que, mesmo em um ambiente que no dia-a-dia refletem o desespero por conta da falta de dinheiro e pela violência, ainda assim, resplandecem algum certo tipo de alegria em meio ao caos. 

A antropofagia existente aqui, faz a menina reter memórias de tudo e todos que pisam na terra. Habilidades divinas que personificam esse elemento e trazem uma nova perspectiva para a vida dela. Se no começo do livro, ela era vista como uma maluca por comer terra, ganhando até o apelido de ?cometerra?, tudo começa a mudar quando sua professora some e ela, para descobrir onde estava, sente a ânsia e a vontade gigantesca de comer a terra onde Ana costumava ficar quando olhava os meninos jogando bola. A forma como a narradora trata seu contato com a terra é algo que me chama atenção. O fato dela se irritar por ter que usar jaleco branco que sujava bastante ou o contato de seus pés que sempre quando tinham a oportunidade, se fincavam na grama de seu quintal para sentir o úmido da terra, nos contam sobre esse vínculo que ela possuía com a natureza. Às vezes, não era bom para ela, a terra, que antes tinha um gosto bom, passa a ser horrível, pois ela lidava com outros tipos de solo que mostravam algo que ela não queria ver.

O misticismo presente no livro e transformado pela cidade com a ida para a casa da mãe Sandra é apresentado sempre de forma distante. Por mais que saibamos que a garota possui um certo tipo de poder especial, é somente quando ela se encontra com Sandra que ele é, finalmente, falado e explicitado. Mesmo depois, permanece apenas como um aviso em meio aos seus sonhos.

A violência daquele bairro assemelha-se à de bairros do Rio de Janeiro que contam suas histórias através de fragmentos violentos como a ?Chacina da Candelária?, os confrontos entre facções e suas guerras por território. Saber que esse livro se trata de um grande apanhado violento que é norteado pela menina nos faz ter uma sensação de amizade com ela, um vínculo, como ela tem com a terra, que a faz ver tudo de ruim que acontece com as pessoas que ela quer (ou não) salvar. O seu crescimento também a faz se afastar dos vínculos antigos, como o com o seu irmão, que em certa parte, faz-se cada vez mais distante de sua irmã, seja pela rotina cansativa que ele possui, com a responsabilidade de cuidar da casa, ou o confinamento em seu quarto causado pela moça do coturno preto. Esse afastamento e aproximação que ela possui com as pessoas é muito causado pela violência que ela recebe da terra, que fala com ela por essa linguagem. Igual o causado por um sumiço, que a faz se aproximar amorosamente de alguém.

Os sentimentos conflitantes que ela possui com os ambientes o fazem ter medo, sentir o local a expulsar. O clima daquele lugar tentava avisar a ela para fugir, o foco dela na viagem, quase como um subterfúgio para o perigo era seu romance, que agora estabelecia um contato mais próximo e protetor com a menina que a pouco tempo conhecia.

O que pode nos contar a terra? As lembranças e suas memórias e o que ela carrega consigo? As vítimas da brutalidade do humano, o feminicídio causado por grupos extremistas e as mortes de negros que são fatalmente transcritas aqui e que perpassam até pela polícia, que fatalmente é fator crucial para a morte de negros e próprio preconceito, sendo negligente e não protegendo os moradores daquele local. 

Os relatos que ela recorda de sua infância a fazem pensar naquele grupo de carecas que era movido pelo ódio e raiva de pessoas que eram diferentes deles. A forma como Dolores retrata a brutalidade e o sentimento de vingança também fazem a leitura valer a pena, o texto é uma mistura que deixa a cidade como um dos personagens principais, mostrando-a como quebrada e totalmente entregue a violência. Refletindo nos personagens a crueldade que é imposta pelos mecanismos opressivos.

O excelente livro nos traz uma sensação de angústia toda vez que a garota abre a boca para comer terra, seja por vontade própria ou seja para descobrir algo que lhe dará dinheiro. Sempre temos a sensação dela querer fugir daquele poder que a terra concebeu a ela, a ?cometerra? recebe o título irritante e os olhares que no decorrer da trama se escancaram em hipocrisias. Interessante vermos a construção dessa personagem principal, que passa por diversos episódios chocantes e, com isso, adquire maturidade para conseguir lidar com as dores e os sentimentos ruins que se retira disso, tendo ainda mais contato com a terra e entendendo seu papel naquele meio caótico.
comentários(0)comente



Agatha Cristine @pg.estrelas 10/07/2023

Um livro muito impressionante.
Amo a abordagem diferente dessa leitura, afinal de contas, uma menina que come terra para ter visões sobre pessoas desaparecidas é bem fora da curva. Uma linha tênue entre o mistico e o real, não é apenas puramente fantasia. A critica que esse livro trás é muito boa, crua, e sincera. As diferenças sociais, a força das mulheres, os feminicidios, as investigações sobre os desaparecimentos, os problemas sociais que são bem explorados. A dor da protagonista sempre que precisa comer terra chega a ser palpável, os sentimentos que esse livro trás são fortes, bem expressados. A autora brilha muito nesse livro. Eu fiquei super curiosa com a narrativa, com os personagens e seus desfechos.
Amei demais essa experiências. Recomendo demais.
comentários(0)comente



Carla Maria 05/06/2023

Um dom ou um fardo?
Cometerra é um livro envolvente (escritora Argentina), cuja história é bastante peculiar. Sua protagonista, uma jovem nada comum, possui visões ao ingerir terra. Esse dom adquirido desde criança, desperta olhares não apenas dos curiosos e aflitos, mas também daqueles que repudiam tal sina. E nesse universo ambíguo, nossa querida cometerra vai ter que enfrentar não apenas os seus medos e inseguranças, mas terá que decidir entre ajudar os outros ou a si mesma.

Livro para ser apreciado de várias maneiras e formas.
Super Indico para quem gosta de histórias diferentes, com pitadas de drama, romance e policial.
comentários(0)comente



Emi 19/05/2023

Não esperava absolutamente nada do que o livro propôs, o que me surpreendeu positivamente. Uma história única, pelo menos a ideia da "Cometierra", no começo causa um estranhamento é algo que você não consegue imaginar facilmente e aos poucos vai entendendo o intuito e o por que de tudo aquilo.
A autora Dolores Reys é da Argentina, e me coloquei o desafio de iniciar e conhecer novas autoras dentro da América Latina.
História essa que retrata os subúrbios da Argentina, e como os corpos relatados são corpos marginalizados e esquecidos.
Dei 4 estrelas por que não gostei de como a história foi sendo finalizada, seu desfecho e o que pretendia ser um plot acabou ficando raso, superficial e sem pé nem cabeça, tendo a história um fundo tão político, mencionando casos tão importantes como feminicidio, racismo, crianças abandonadas, acredito que algo se perdeu ou não entendi a mensagem, apesar de sabermos a realidade é meio doloroso de ver um final aberto pois conclui-se que é isso, é algo que não tem fim.
comentários(0)comente



Lurdes 10/05/2023

Cometerra é o título do livro e também o apelido dado à protagonista que, literalmente, come terra.

Mas ela não come por um capricho e sim para se conectar com quem pisou nesta terra e morreu ou desapareceu.

Sua primeira tentativa de conexão foi com a mãe, brutalmente assassinada pelo seu pai, que desaparece após o crime. Ela tem cerca de 11 anos e seu irmão, Walter, é um pouco mais velho.
Órfãos do feminicídio como tantas crianças.
A estória se passa na Argentina, que já tem um triste histórico de desaparecidos políticos, mas também poderia se passar no Mexico, no Chile, no Brasil...
A terra que recebe os mortos pode contar como desapareceram e morreram.
A terra carrega histórias.

Quando se espalha a notícia de que ela tem visões, muitos que a tripudiavam agora a procuram implorando que ela ajude a localizar seus desaparecidos, em sua maioria mulheres, mas também crianças e desvalidos, cuja vida e paradeiro importam apenas às suas familias, já que a polícia, a mídia e a sociedade em geral já banalizaram estas perdas e não se importam mais.

Sua estória, junto ao irmão, com quem tem uma troca linda, é permeada pelas estórias paralelas destas outras perdas, a começar pela professora Ana, com quem Cometerra vai dialogar inúmeras vezes ao passar dos anos.

A autora tem uma escrita poética e isto faz com que a narrativa, cheia de estórias tão duras, possam ser vistas com delicadeza e respeito.
O mesmo respeito e cuidado que Cometerra tem ao contar o que vê aos parentes que levam garrafinhas com terra para que ela coma.

Um livro sensível, que flerta com a fantasia e a magia e usa de muitas metáforas pois só assim é possível enfrentar certas verdades.

Me emocionei muito e recomendo.
Tente ver também o que acontece à nossa volta.
Somente abrindo os olhos para injustiças e feminicídios podemos lutar por justiça.

Às vezes dá tempo de salvar.

(Se você presenciar violência contra Mulher, disque 180)
comentários(0)comente



lipelimma 27/04/2023

Livro Cometerra - Dolores Reyes
Nota: 3.5 ⭐
⭐⭐⭐⭐⭐ Premissa ou Primeiras Impressões
⭐⭐⭐⭐ Protagonista(s)
⭐⭐⭐ Personagens secundários
⭐⭐⭐ Conexão com a História
⭐⭐⭐ Page-Turner
⭐⭐⭐⭐ Temas importantes ou Representatividade
⭐⭐⭐⭐ Universo ou Ambiente
⭐⭐ Elemento Surpresa ou Plot Twist ou Final
⭐⭐⭐⭐ Escrita ou Narrativa
⭐⭐⭐⭐⭐ Frases ou Citações
comentários(0)comente



25 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR