A ronda das estações

A ronda das estações Kâlidâsa




Resenhas - A ronda das estações


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Ana Mel 17/05/2024

A ronda das Estações
É um livro de poesia, e fala sobre as estações como diz no título, o livro é bem bonito por dentro e por fora, achei lindo as páginas com desenhos e a poesia é excelente! Leiam
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@jaquepoesia 18/09/2023

A cada nova estação o amor se renova, se revitaliza, ganha novas nuances e novas paisagens, e isso serviu de cenário para os poemas eróticos escritos no século V. Um dos maiores escritores sânscritos, aqui leva os leitores(as) a viajar por entre as estações e o prazer carnal.

O Verão:
"Arde a febre do verão no coração dos homens. Vós sabereis apaziguá-los, ó mulheres!"
"Ah! Que a estação quente te seja propícia, com o cortejo de diamantes, suas noites de prazer sobre os terraços do palácio, seus canteiros de lótus que abrigam uma água límpida e voluptuosa e sobre ti desçam os raios da lua encantadora!"

A Estação das Chuvas:
"Ah! Que está estação te seja favorável. Ela, que dá a chuva e a vida aos homens vivos(...)"

O Outono:
"Existe uma só alma que não chore de amor diante destes bosques de ébano(...) onde as loucas abelhas vêm procurar o suco que destilam do mel?

O Inverno:
"No entanto, os homens se banham, descuidados do frio, para apagar as marcas deixadas sobre o peito de amarelo açafrão com o qual as esposas tinham untado os seios, a fim de seduzi-los."

A primavera:
"E quando os amantes acalmados, vencidos repousam junto às amantes nuas, esta ainda sacudidas pelo pasmo, já estremecem ao ímpeto de novos desejos."

Este livro faz parte da Coleção Rubáyiát a qual reúne poemas da literatura universal com admiráveis traduções de Lúcio Cardoso.

Curiosidades Rubáiyát
• A reedição da Coleção Rubáiyát restaura a estética da década de 40, reproduzindo todos os detalhes, desde as lombadas, as capas, as artes até as fontes;
• O relançamento faz parte da comemoração aos 90 anos da José Olympio;
• O Livro de Job, O vento da noite e a Ronda das Estações são as primeiras reedições da coleção a serem lançadas.
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Jonathan Vicente 04/02/2023

Leitura gostosa para um dia
Sinceramente achei bem tranquila a leitura desse livro, nunca havia lido nada desse autor indiano. Mas apartamento terão mais por vi, por simplesmente ser de fácil entendimento e tranquilo.
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Wendy 23/01/2023

Estações!!!
Poemas destacados a partir das estações do ano, e como cada uma delas era apreciada e vista aos olhos do autor, com traços de lirismo, sensualidade e romance.

"Ah! que a estação do outono, deliciosa amante, traga a ti numerosas alegrias, com seu sorriso de lótus branco, seus lábios de lótus vermelho, seus olhos de lótus azul, e seu vestido luminoso como as flores abertas do Kaçá."
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Clube do Farol 08/08/2022

Resenha por Elis Finco @efinco
Olá, pessoa. Eu conheci essa coleção graças ao livro O Vento da Noite (resenha aqui), desde então ela figurava na minha lista de quero ler, e quem busca alcança, encontrei a minha chance e a aproveitei ao máximo, agora compartilho um pouco sobre ela.

Foi muito interessante conhecer um autor fora do trecho Europa — Américas, rendeu um pouco de pesquisa ("dei um Google"), afinal como informa o próprio livro, o período em que viveu não pode ser datado com precisão, mas é provável que seja no período Gupta, provavelmente no século IV ou V ou VI... O autor foi um renomado poeta e dramaturgo sânscrito clássico, amplamente considerado como o maior poeta e dramaturgo nesse idioma. A ponto de seu lugar na literatura do Nepal e da Índia ser semelhante ao de Shakespeare na inglesa.

Suas peças de teatro e poesias são principalmente baseadas na mitologia e filosofia hindus, assim a história tem seu fio condutor nas estações e climas, nos rituais e tem em seu texto uma complexidade agridoce.

O Verão
O autor explora o calor e como ele recai sobre a Terra quando o sol reina absoluto sobre o tempo. Na combinação do suor com a preparação dos corpos dos amantes para o enlace, dos cheiros do suor combinados com os perfumes, durante o alívio do clima vindo das noites. E, em contrapartida, como o mesmo sol castiga os animais que não encontram alívio nos rios agora secos e nas árvores sem folhas para abrigo e sombra. Como o fogo pode ser mortal sobre a Terra e para os amantes o ápice do ato.
Em uma mudança de cenários que expõem as diferenças entre os seres e o ambiente, observamos a fauna e flora, em paralelo à cultura e a civilização, trazendo uma complexidade abrandada pelo texto em rima e cadência. Mostrando o lado primitivo que se desenvolve sob o calor do sol na estação em seu pleno domínio.

A Estação das Chuvas
As águas de chuva que renovam a terra e indicam aos animais que é tempo do nascer no ciclo da vida. A beleza que acrescenta a natureza tal qual é como é o mais rico adorno para mulher. E o bradar da tempestade provoca a busca por abrigo e segurança e nos amantes excita a fusão dos corpos. Mas tal qual as lágrimas o excesso das águas pode trazer não apenas as benesses, mas também a dor.
Em uma dança eterna, a primavera traz a morte e a vida entrelaçadas. Enquanto os casais e amantes buscam o acasalamento seja para o prazer ou para procriação. As águas ditam o que nasce, floresce e morre conforme sua precipitação sobre todas as coisas.
E aqui o autor explora todas as facetas dessa dança e de suas variações. As flores em seu auge de beleza e esplendor. Na natureza e nos corpos, seja in natura ou nos perfumes.

O Outono
O que foi semeado a primavera tem seu auge nessa estação. De clima moderado tal qual a jovem em seu primeiro amor. Linda e fresca seja no corpo, seja a natureza. Tudo se mostra com as melhores cores, o clima ameno e a exuberância que vem após a tempestade em dias de bonança.
Sob o clima do outono o autor une de forma paralela os deuses, natureza e humanidade que se vestem para bodas e festas, onde se celebra a plenitude da existência, seja o novo ou o velho amor. A primeira ou já não contada colheita.

O Inverno
Agora é o momento que põem luz sobre o que a paixão escondeu. O que em outra foram carícias, se revelam em arranhões, mordidas que durante a ato tiveram seu gozo, agora doem e sagram a luz da luz. Os corpos não buscam, mas um ao outro pela paixão e sim pelo calor. O que antes eram adornos em busca da sedução, dão lugar ao que encobre, aquece e esconde.

A Estação dos Orvalhos
Ainda no inverno, porém em sua despedida, no tempo do degelo, na água que não vem das nuvens.
Como a manhã pós festa, as mulheres examinam sob a luz os despojos da noite de amor. Algumas sentem alguma vergonha, outras se regozijam como se cada marca fosse um tesouro do saque ocorrido no corpo do outro, na busca pelo prazer.

A Primavera
Já sem a saciedade da noite, um novo preparar-se para o encontro com o amante. Novas pinturas e ornamentos, enquanto a natureza que segue outros horários aproveita-se e banqueteia-se com os prazeres.

Assim a cada estação, vamos compreendendo o que o calor do sol a noite propicia ao amor e ao passar das estações, temos os ciclos do clima e figurativamente o passar das horas. Da noite a madrugada adentro, as primeiras horas da madrugada ao amanhecer. O ciclo da vida e do amor é contemplado pelos deuses e natureza, vontades e desejos. Sentimentos.

Ao final de cada uma das partes, uma prece, um desejo, uma benção. Que de verso em verso seduz, encanta, enreda quem ler nos cheiros, belezas, emoções e sensações do texto. Fascina.

Textos para serem apreciados, degustados e, cada um a seu tempo, rendem uma leitura prazerosa. Talvez seja preciso dizer que o erótico não é gráfico, "hot" é algo delicado, velado e desnudado não no texto, mas no contexto. Não é sobre o ato, mas sobre atitudes e sensações, motivações. Desejo. Boa leitura, divirta-se!

Edição: Com ilustrações e diagramação similares à primeira edição de 1944, A Ronda das Estações faz parte da reedição da Coleção Rubáiyát e conta com tradução de Lúcio Cardoso, um dos maiores romancistas do século XX. Diagramação, texto e papel contribuindo para o conforto da leitura, a linda tradução e revisão impecáveis dão ao livro uma unidade única como obra.

site: http://www.clubedofarol.com/2022/07/resenha-ronda-das-estacoes.html
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Fabrício Franco 31/07/2022

A Ronda das Estações é uma coleção de epigramas poéticos, uma mistura hábil de duas odes -uma, à passagem do tempo, representada pelas estações, e outra, às mulheres. O texto é um estudo em figuras de linguagem, uma peça de imagens vivas e comparações sutis, composta por seis cantos, quatro para as estações e mais dois para o tempo das chuvas e das geadas. Kalidasa, autor indiano que muitos dizem ter existido na primeira metade do século VI, é igualmente apaixonado pelas mulheres e pela natureza, podendo até parecer que fez uma "objetificação das mulheres, mas é necessário olhar para seu contexto, o que, na verdade, revela uma "admiração pela beleza". Até o outono ou o inverno, geralmente associados à melancolia, são celebrados aqui, sempre com pitadas de erotismo nada vulgar. Dada a ressalva de que o português mal é suficiente como idioma para descrever a beleza da paisagem indiana - apesar do esforço do tradutor Lúcio Cardoso, autor brasileiro de algum renome, o livro é um bom ponto de partida para os leitores que desejam explorar o trabalho de Kalidasa. É importante ainda ressaltar o belo trabalho gráfico da Editora José Olympio, resgatando a primeira edição da obra, da década de 1940,
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Jacque Spotto 29/06/2022

A RONDA DAS ESTAÇÕES - Kâlidâsa

Antes dessa edição eu não conhecia o poeta e dramaturgo indiano Kâlidâsa, conhecido como o Ovídio da Índia Clássica e também por muitos indianos maior que o próprio Shakespeare.

Pouco se sabe também de sua história, para alguns hindus, ele teria vivido no século II a.C, mas para alguns críticos ele seria da metade do século VI d.C. Por não conhecer muito, fiz o que todos fazem né? Google rsrs. Também não encontrei muitas informações, mas encontrei um vídeo interessante do Yogi e escritor indiano Sadhguru, onde fala um pouco sobre o escritor Kâlidâsa, em volta a histórias místicas, mas ainda assim muito interessante.

Seu poema ?Ritusamhâra? - ?A Ronda das Estações, o escritor tem como tema as estações do ano como também o clima e nesse misto de sentidos ele faz metáforas referentes à natureza, animais e principalmente às mulheres, sua beleza, sua mística e todo o erotismo vindo delas de acordo com as estações e o clima que paira pelo ambiente. Traça movimentos da natureza semelhantes aos das mulheres, como se a natureza e as mulheres tivessem a mesma origem ou fossem um ser só.

?Ó minha encantadora bem-amada! eis a hora em que, na alma das mulheres, se exaltam os desejos novos, os desejos pesados de seiva que estremece, semelhantes às árvores floridas que se agitam sob a brisa, e vergam ao peso dos botões vermelhos.? (p. 84)

O escritor de uma forma poética descreve a beleza das mulheres, os rituais de beleza, os vestuários que deslizam por seus corpos e seus desejos. Há momentos eróticos muito bonitos. Ele se utiliza dos sentidos entre o olfato e o tato que eu já estava quase sentindo o cheiro das variadas fragrâncias descritas como também a textura dos vestuários e da pele. O aroma é algo muito presente em sua poesia, dando ao leitor o máximo de informações para podermos experimentar os sentidos por ele descritos.
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tainabooks 11/06/2022

Achei muito interessante os cenários retratados, inspirava uma aura quente, um poema erótico clássico mesmo (por favor não confundam poema erótico com hot!!!!). Foi uma leitura agradável.
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