Maju 24/05/2023
Uma biblia para garotas nos seus vinte e poucos
Esse livro caiu na minha vida como uma luva. demorei quase um ano para finalizá-lo desde que o comecei a ler e fiz propositalmente. a partir do momento que percebi que ele se tornaria um favorito, resolvi apreciá-lo aos poucos.
não é atoa que dizem que a idade entre 19 e 25 anos é uma das mais difíceis da vida de alguém. hoje, com 22 anos, eu posso confirmar, sem dúvidas, que é uma fase e tanto. um momento em que você parece adulto demais para ser um adolescente, mas ainda jovem demais para poder agir como um adulto. você já sente que viveu muito, mas se sente tão inexperiente e despreparado para tudo. os seus sonhos e desejos sempre parecem estar, ao mesmo tempo, há um palmo de distância e há milhares de quilômetros.
acho que tudo ganha um contorno especial quando se é uma mulher. foi nessa idade que eu comecei a enfrentar certos desafios e questões que ouvia de muitas mulheres desde a minha infância. todo tipo de insegurança sobre o futuro, sobre o presente e o passado, sobre seu corpo e aparência, sobre sua capacidade, inteligência e sanidade. acho que foi nessa fase da vida que eu, de fato, me tornei uma mulher.
esse livro, nesse período de constantes crises existenciais e de identidade, que viraram de cabeça para baixo as minhas próprias percepções sobre mim mesma, me desceu como um chá quente em um dia frio. ele me aqueceu de dentro para fora, criando um lugar de conforto no fundo do meu coração turbulento. diversos foram os momentos de crise, que me encontrava totalmente perdida, abria em algum capítulo aleatório do livro e o que eu leria ali, conversaria com o que eu estava sentindo de maneira de me fazer sentir como se tivesse acabado de passar por uma boa sessão de terapia.
sinto que é o tipo de livro que vou carregar comigo por muito tempo, que vou constantemente abrir e reler alguma passagem e refletir por horas sobre como aquela mesma reflexão tinha sido diferente numa outra época da vida.