Resenhas - Young Mungo

evf684 25/03/2024

Young Mungo
Esse foi o primeiro livro que eu leio do Douglas Stuart, e não conhecendo a escrita dele acabei achando muito interessante. Apesar do livro ser um pouco longo a escrita fez a leitura fluir rápido.

O enredo do livro trás bem a realidade crua e a violência da cidade em que se passa, o que é bem triste e incômodo em alguns momentos da leitura. Além do personagem protagonista sofrer muito ao longo da obra, algo que deixa o leitor bem desconfortável. É uma história bem triste e um pouco pesada, talvez não seja um livro que todo mundo deveria ler (enquanto lia me lembrei do livro Uma vida pequena de certa forma, em relação a história do protagonista).

Mas enfim, é um livro muito bom, mas quem é sensível vai terminar a leitura destruído.

André 26/10/2023

Gostei bastante do outro livro do autor mas nesse eu fiquei me perguntando pra quê tanto sofrimento para um personagem tão jovem.
É uma história bem mais pesada do que Shuggie Bain, há muito mais violência, homofobia, abuso... Perto do meio do livro tem uma cena HORRÍVEL que sinceramente senti vontade de abandonar ali.
Poucas são as cenas bonitas entre o Mungo e o James, por quem ele se apaixonou, realmente a violência prevalece e nem a conclusão que insinua que eles ficarão juntos salva a atmosfera densa do romance
Quero mesmo que o autor, na próxima obra, invista em histórias mais positivas sobre gays escoceses. Entendo que a época e o lugar retratado no livro foi onde ele viveu, mas e hoje, como vivem os adolescentes gays de Glasgow? Gostaria de saber

Vitória 08/10/2023

Difícil de ler em vários momentos, mas a história te envolve e é muito bem escrita. Como o outro livro do Douglas Stuart, não podemos esperar um enredo amarradinho com um final feliz e catártico, o final não é um final e temos que aceitar. O Mungo é um personagem maravilhoso, uma pessoa singular que vale a pena conhecer!

Thiago M. 04/08/2023

É uma das histórias mais cruas e mais doloridas que eu já li em um livro LGBTQIAP+, ao mesmo tempo que é a mais sensível e poética história de um amor (quase) impossível. Mungo é um menino sensível e todos os personagens constroem ou mostram um aspecto da vida ou dele próprio. Nada está ali por acaso. O aspecto religioso às vezes parece sem sentido, mas justifica, em certo ponto, todas as agressões sofridas pelo personagem.

É um livro que precisa ter estômago e ao mesmo tempo te envolve com os personagens e te fazem torcer para que eles consigam apenas ser quem são.