As últimas crianças de Tóquio

As últimas crianças de Tóquio Yoko Tawada
Yoko Tawada




Resenhas - The Las Children of Tokyo


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Miya 21/05/2024

Não se deixem enganar
The last children of Tokyo é uma leitura curta, porém densa. A história, que se passa em um futuro distópico, é extremamente complexa, mas a brevidade da escrita a torna confusa e misteriosa, o que pode desagradar alguns e impactar outros.

Yoshiro, um homem de mais de 100 anos de idade, está fadado a ostentar o vigor de uma vida que será possivelmente eterna ao seu querido bisneto, Mumei.

Este é tão doente que mal consegue desenvolver os dentes, se alimentar ou caminhar, devido à excessiva poluição humana que contaminou um mundo não tão distante do nosso em tempo.

A partir dessa relação curiosa de bisavô e bisneto - para eles, tão natural como a de um pai com um filho - vamos conhecendo um pouco, bem pouco, desse mundo virado de cabeça para baixo, com diversas peculiaridades que apenas boas distopias podem nos mostrar.

É uma pena não saber o japonês para entender mais profundamente as inúmeras trocas linguísticas realizadas pela autora - que lembram muito a novilíngua de 1984, por sinal - e marcam bastante a escrita do livro, bem como as características desse universo que nos é apresentado.

É uma obra que nos confronta, principalmente, com profunda melancolia e, muitas vezes, um sentimento de solidão. Às vezes, sentia que
segurava o fino livro, com sua capa texturizada apenas em papel, como se estivesse segurando Mumei, e assim conseguia refletir o sentimento de desolação pela relação frágil e codependente dos dois personagens principais.

Como vi diversas críticas negativas, de forma alguma inválidas se apenas diferentes da minha visão, faço uma sugestão para os possíveis leitores: não se deixem enganar pela delicadeza da escrita e pela soturnidade da história.

Apesar de complexa, ela não se propõe a se revelar totalmente para você, mas irá lhe manipular com surrealismo e concisão, justamente para que se sinta tão confuso e tão perdido quanto os personagens descritos e o seu mundo.
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Luciane.Gunji 07/05/2024

É interessante perceber que a literatura japonesa tem uma leveza que é bem característica.

Não me conectei com a proposta do livro, mas me transportei um pouco para minha cultura.
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Gi Gutierrez 22/04/2024

As últimas crianças de Tóquio
"No tronco de uma árvore os anos ficam registrados na forma de anéis, mas, dentro de nossos corpos, como o tempo é registrado?"

Uma distopia que tem como pano de fundo um Japão isolado e sem nenhuma expectativa de um futuro para seus habitantes. Neste mundo, os idosos vivem quase que eternamente, com vigores da juventude, enquanto as crianças nascem fracas e sem perspectiva de se desenvolverem plenamente. A premissa é ótima, mas a história se arrasta pelas suas 140 páginas, deixando um gosto amargo na boca quando concluímos a leitura...
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Ellie 29/02/2024

Distopia
Me apeguei muito ao avô e ao bisneto e como a história trata da individualidade das pessoas, cada um cuidando de si sem se preocupar com o outro. Confesso que algumas vezes me senti confusa mas depois tudo fazia sentido.
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Bruna 23/02/2024

Eu queria ter gostado um pouco mais mas acabei sentindo tudo um pouco distanciado. A gente recebe informações sobre como está o mundo em crise porém não tem muitos detalhes. Nós vemos o dia a dia desse bisavô tentando cuidar do seu neto com a saúde extremamente frágil e aos poucos vamos entendendo que não necessariamente o mundo esta decadente, mas com certeza o Japão está após fechar completamente as fronteiras e se isolar do mundo. Isso acaba acontecendo até mesmo dentro do país, o que causa muitas dificuldades e falta de materiais e alimentos. Só sabemos que é assim e o quanto as crianças tem uma saúde extremamente prejudicada enquanto as outras gerações envelhecem e continuam bem, inclusive o protagonista, que tem 108 anos mas é como se tivesse 50. O livro traz muitas discussoes bem interessantes, reflexões sobre como tratamos crianças e idosos, sobre ciência e saúde, sobre política mas todas ficam rasas. Não chega a focar em algo e desenvolver. Tem várias questões complexas que focam no ar sobre como essa sociedade funciona, mas também não são desenvolvidas apenas citadas.
No final tem um salto temporal e vemos as coisas do ponto de vista do neto, que vira rápido demais e logo acaba, um final bem aberto.
Senti que falou e falou e não falou nada. Tem coisas interessantes mas poderia ter sido mais aprofundado.
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cyberenjeru 15/02/2024

Uma distopia insana
Uma distopia insana, foi difícil entender como as coisas funcionam nessa realidade, mas ao perceber que nem os personagens compreendem, relaxei. Tem referencias aos desastres naturais e a catástrofe de Fukushima, a autora pega características do Japão e do seu povo e as intensifica como em uma caricatura, mistura passado e presente para imaginar um futuro obscuro.

Mas acho que as vezes a autora se perdia descrevendo detalhes, leis e a política desse Japão distópico, e deixava os personagens de lado, deixando a leitura cansativa.
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Barbara 02/02/2024

??
Sinceramente queria dar zero estrelas pra esse livro, mas uma das minhas metas pra 2024 é ser uma pessoa mais considerável, então vai 1 estrela mesmo.
Não vou me alongar muito nos motivos de eu não ter gostado desse livro, porque ele já me tirou toda minha sã paciência, então lá vai:
1. Tradução horrível que fica explicando 20 mil coisas no rodapé.
2. História incoerente. Eu sei que era pra ser uma distopia, mas a autora tenta colocar como se aquela realidade fosse um futuro da nossa. Tentando culpar a máquina de lavar por falta de reforço acadêmico? Tentado fingir q embargo economico é pra proteger os países pobres e explorados? Tudo que ela fala tem zero sentido e zero fundamento. Quer escrever distopia e ter uma grande crítica social por trás? Primeiro entende o que você quer criticar.
3. Narrativa chata. Sério, pra um livro de 140 páginas, era pra ser minimamente rápido de ler, mas não foi. Foi arrastado, entediante e certas vezes sem nexo. Porque kralhos você está me falando de ervas e multigrãos??
4. Zero carisma. Os personagens são planos feito sulfite. Você não se apaga a ninguém, a não ser pelo ranço dessa autora.
5. Não sei mas senti um cheirinho de xenofobia
Mas não falarei só coisas ruins desse livro, temos coisas boas também:
1. A capa é linda
2. A diagramação TB
É só isso mesmo.
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Lusia.Nicolino 03/01/2024

Uma distopia que bem poderia ser real!
Impactante. Parece uma história de trás para frente, uma história do avesso. Estamos no Japão e descobrimos aos poucos que há longevidade para os mais velhos, que passam dos cem anos cheios de vigor e disposição, e muita fragilidade para a escassa nova geração. Uma catástrofe ambiental deixou sequelas e transformações inexplicáveis: frio no verão, calor no inverno e isso não seria nada se não fossem as alterações biológicas que provocam mudança involuntária de sexo até mais de duas vezes durante a vida. Não há mais animais, a comida é insuficiente. Yoshirô, aos cento e oito anos, tomou para si a responsabilidade de cuidar do bisneto, Mumei, fraco até para andar alguns passos, um corpo velho que nunca sentiu energia para nada, mal para viver. Uma angústia para os sobreviventes, uma distopia que é um verdadeiro alerta para os leitores.

Quote: "No tronco de uma árvore os anos ficam registrados na forma de anéis, mas, dentro de nossos corpos, como o tempo é registrado? Ele se acumula desordenadamente, sem se expandir em anéis nem se organizar em linha reta, como o interior de uma gaveta que ninguém arruma?"

site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lu_nicolino_le
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lamarchatropical 29/12/2023

Uma distopia muito diferente em relação às demais que tive chance de ler. É bastante descritiva e, de modo geral, parada, mas não pontuo essa característica como um defeito, é o estilo da escrita mesmo.

Senti falta de alguns porquês (não serei mais detalhista para não entrar em spoilers), mas gostei da maneira como Yoshiro e Mumei foram retratados, especialmente nas contradições entre mente e corpo de ambos.
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joy 21/12/2023

Não gostei muito da escrita e estrutura, é praticamente uma explicação do contexto o livro todo, não entra muito nas cenas e nos protagonistas, não é necessariamente ruim, só não foi pra mim, mas gostei da ideia criada, mas poderia ser desenvolvida melhor
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brunin 18/11/2023

Eu curto muito esses livros mais curtinhos e distópicos, bem estilo do Murakami. e confesso que comecei essa leitura esperando algo assim, mas fiquei na espectativa mesmo.

achei os personagens interessantes, mas sinto que alguns tópicos poderiam ser mais bem trabalhados.

me apeguei ao Mumei e passei toda a história com o sentimento entalado na garganta, igual ao avô, esperando o grande momento, mas, quando chegou, foi tudo tão repentino que terminei a leitura sem conseguir digerir de fato.
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Sobre Livros 14/11/2023

Uma prosa poética de cultura japonesa
‘As Últimas Crianças de Tóquio’ é um belíssimo livro de literatura contemporânea japonesa. Descobri-o durante um dos passeios pela Livraria Travessa do Shopping Leblon. Lembro de ler a sinopse e ficar encucado com os impactos da premissa principal do livro. Antecipei sua leitura, porque me inscrevi no Clube de Leitura do Japan House SP há dois meses atrás.

Um breve sinopse: Japão, um futuro esquisito onde idosos vivem por quase todo o sempre e jovens morrem cedo. Nesse cenário, Yoshiro luta com todas suas forças para que seu bisneto, Mumei, sobreviva além da expectativa de vida dos jovens. Acompanhamos seu cotidiano complicado e através dele, vamos descobrindo, de forma difusa, o que aconteceu com o Japão.

O personagem principal, Yoshiro, e sua história são super interessantes. Você quer sempre saber mais como ele terminou sozinho com o bisneto e o que ele pensa sobre a situação atual do Japão. Essas reflexões pessoais dele ajudam a construir, além da história, um juízo de valor sobre tudo o que está acontecendo no mundo. Escrevo mundo aqui, mas o livro fala muito pouco de outros lugares que não sejam o Japão, o que não impacta de forma alguma a especulação distópica.

E a imortalidade? Será que é bom viver pra sempre? No mundo de ‘As Últimas Crianças de Tóquio’, parece que não. Viver para sempre pode resultar na perda de perspectiva e propósito a nível individual. As pessoas podem acabar se dedicando excessivamente ao trabalho e sua individualidade pode se resumir apenas ao acúmulo de anos vividos, em vez de um conjunto diversificado de gostos e preferências. Além disso, a combinação de uma vida eterna com a alta taxa de mortalidade entre os jovens tem consequências negativas para a sociedade. Isso leva à falta de renovação, tornando a sociedade cada vez mais retrógrada e conservadora.

Além da imortalidade, o livro traz temas como:

- Tecnologia e Meio Ambiente - ele traz uma visão super pessimista da tecnologia e dos seus impactos ambientais. Foi alguma coisa tecnológica, nuclear, atômica, humana que tornou o centro de Tóquio inabitável. Foi efeito das ações humanas a extinção de quase todos os animais. Foi a tecnologia que nos adoeceu de males modernos como a Síndrome do Smartphone (acho que já começamos a viver um pouco disso). Por causa de tudo isso, eles percebem que a melhor forma de viver é abandonando a maior parte das tecnologias.

- Política - ele traz novamente uma visão pessimista (ou realista) de uma política em que poucos governam para si, de forma não transparente, e para oprimir a maioria da população, que segue ignorante de suas leis. Lá, as leis mudam a qualquer momento e você não sabe nem quem, nem o que, nem o porquê delas terem mudado. Num mundo de leis aleatórias e arbitrárias, a melhor forma de viver é contido e com medo.

- Questões de Gênero - para mim, uma das melhores passagens do livro, apesar de curta, é quando ele fala como foi resolvido o problema da desigualdade entre homens e mulheres. Ele explica que sociedades misóginas foram punidas com uma característica nova: as pessoas transmutam de gênero aleatoriamente várias vezes durante a vida. Assim, o homem, por medo de acordar mulher, promove uma sociedade mais igualitária.

O livro realmente é muito bonito na história, na mensagem e na linguagem. Uma prosa metafórica, super poética, que não afirma, mas sugere e, na sugestão, te captura para reflexões super profundas sobre individualidade, nossa relação com o trabalho e com a família e nosso impacto na natureza.

Recomendo esse livro para quem gosta de ler ficção especulativa, quem quer conhecer outras culturas através da literatura, quem se interessa por refletir sobre o impacto da ação do homem na natureza e para quem gosta de poesia e tem dificuldade de encontrar uma prosa.

Minha nota para ele é 4/5, porque, às vezes, me sentia perdido com a linguagem sugestiva. Entendo a estratégia adotada, inclusive gosto dela, mas acho que meu lado engenheiro pede um pouco mais de denotação. De toda forma, recomendo muito a leitura!

Se quiser saber mais da nossa opinião sobre ‘As Últimas Crianças de Tóquio, veja nosso vídeo de resenha.

site: https://youtu.be/TWFQN3DM_hE
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Silmara 13/11/2023

Para sua segurança, não tinha outra saída a não ser descartar o livro, como queimá-lo era muito doloroso, ele o enterrou.
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Cristiana 01/11/2023

Uma ideia boa que se perde
Peguei esse pra ler sem saber do que se tratava
A história é bem simples e estava gostando
Só que começa a ficar arrastado
Parece que não vamos chegar a lugar algum
É um livro sobre preservação da natureza, planeta e afins
A visão xenofobica é o ponto alto
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