Resenhas -

Aline 23/10/2022

Clássico atemporal
“Os bichos lá fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco, e depois de um porco para um homem outra vez: mas já era impossível saber quem era homem e quem era porco.”

Eu não sou a pessoa que lê clássicos, mas somadas as recomendações de anos desse livro e as várias edições que alguns livros do George Orwell ganharam recentemente, eu precisei parar e puxar esse clássico da minha estante virtual.

A Fazenda dos Animais, como na minha edição da Penguin, ou A Revolução dos Bichos, como geralmente é mais conhecido, é um clássico simples, didático, reflexivo e atemporal. Uma fábula política publicada em 1945 mas que parece que acabou de ser escrita. A sensação de ler é incomoda, principalmente porque parece que nadinha mudou.

Um livro que eu li e eu com certeza vou reler muito em breve, porque é o tipo de história que traz uma reflexão nova a cada leitura e que as reflexões anteriores vão evoluindo também.

Como toda fábula, aqui temos animais como personagens principais, e no final uma moral da história que faz o estômago revirar. Na história, os animais cansados dos maus tratos dos humanos, resolvem tomar o poder da fazendo em que vivem, e conforme o tempo vai passando o sonho de criar um paraíso de progresso, justiça e igualdade vai dando espaço para a briga de interesses políticos e mostra que a busca cada vez por mais e mais cega.
E que conforme o tempo vai passando a memória, no caso dessa história, dos bichos vai ficando curta em ambos os lados, e eles esquecem como as coisas eram antes e quais objetivos eles tinham.

Eu poderia ficar falando horas sobre tudo que passou pela minha cabeça com esse livro, mas vou encerrar apenas dizendo que recomendo fortemente essa leitura.