Resenhas - A história de Shuggie Bain

raaaylane 09/05/2024

:(
Eu tô me sentindo tão vazia e triste

1) considero que o Eugene foi uma desgraça maior na vida dela do que o Shug, juro que nunca senti tanto ódio

2) pensava que o leek era indiferente e descobrir que ele não era me matou por dentro

3) é muita tristeza, é muita desgraça, é coisa que vai fazer você lacrimejar e sentir o coração pesado

Natalia1893 27/04/2024

Por essa eu não esperava
Um livro pesado, triste, que te arrasta pelas páginas porque a vida das personagens é um eterno rastejar para sobreviver. Honesto no sofrimento e na construção dos personagens. Se você quer um final feliz e personagens que se redimem, não é aqui que você vai encontrar. É um relato da vida como ela é. E no fim, quando descobri que é baseado em memórias da infância do autor, a dimensão da narrativa cresceu imensamente. Gostaria de ter lido já sabendo que se tratava de um tipo de diário. Recomendo a leitura.

Danny 26/04/2024

Não gostei desse livro. Não me apaguei a ninguém so fiz ler. Só via a infância do shugie e sua mae linda e bebada e seu pai horrível.

Felipe | @fe.ituras 21/04/2024

Não é fácil ler esse livro, já vou avisando. Desgraça após desgraça, narração densa com parágrafos longos em capítulos extensos e nenhum momento de respiro. Além de tratar inúmeros temas sensíveis como alcoolismo, abuso, abandono, homofobia, suicídio e outros.

O autor levou dez anos na escrita dessa obra, que foi a sua estreia e que já chegou vencendo o Booker Prize de 2020. Na minha opinião, um bom drama é aquele que consegue refletir a angústia da vida real e os problemas sociais com naturalidade e veemência.

"A História de Shuggie Bain" entrega isso com um protagonista que vive à margem dos que o rodeiam, tenta agradar a todos e se encaixar nos padrões a ele impostos. São inúmeros momentos de dor e reflexão durante 520 páginas, uma pancada muito bem escrita.

RayLima 14/04/2024

Você é o protagonista da sua vida?
Shuggie Bain é um menino diferente dos outros, pelo menos é isso que todos ao seu redor vivem dizendo. A única que sempre o defendeu foi sua mãe, Agnes, uma mulher atormentada por relacionamentos fracassados que acaba caindo no alcoolismo.

O premiado livro de estreia de Douglas Stuart tem como cenário Glasgow, a maior cidade da Escócia, em meados dos anos 80. As políticas de Tatcher levaram a cidade mineira à miséria, milhares de famílias dependem de auxílios do governo para ter acesso ao mínimo para sobreviver. Essa crise financeira foi o estopim para uma onda de alcoolismo e abuso de drogas entre os mais vulneráveis.

Neste romance de formação vamos acompanhar o menino Hugh (Shuggie) desde os 5 anos de idade até pouco mais de 16 anos. Ele é uma criança solitária, em casa a irmã Catherine e o irmão Alexander (Leek) não lhe dão muita atenção, na escola e na comunidade onde mora ele sofre bullying pelo seu jeito delicado. Então Shuggie passa a maior parte do tempo com sua mãe, ele se vê fascinado por aquela mulher linda e vaidosa. Mas sua admiração se torna um fardo, pois quando o pai de Shuggie abandona a família, Agnes se torna uma alcoólatra e vai usar a dependência emocional do filho a seu favor. Enquanto os irmãos mais velhos conseguem se livrar desse destino fadado a desgraça, Shuggie fica.

Durante a leitura teve uma parte que me incomodou muito, pois eu queria saber mais sobre a história do Shuggie, afinal, é esse o título do livro, mas praticamente só se falava da mãe dele. No final eu entendi o motivo: Shuggie não vivia a sua vida.

1°: ele vivia em função de Agnes. Tudo girava em torno dela: se ela estaria de bom humor, se ela estaria sóbria, se ela estaria viva. Essa relação entre mãe e filho exerce tanto poder sobre Shuggie que é apenas uma criança que faz com que ele um mero coadjuvante da própria vida.

2°: Shuggie tinha medo de ser quem ele era. Ele queria ser ?normal? como os outros meninos, gostar de futebol e beijar as meninas, mas ele não conseguia. Por isso ele se retraía e se isolava, pois sabia que os outros não o aceitavam.

Esses dois fatores, unidos, fizeram com que ele vivesse à sombra. Se tornando uma pessoa passiva e que faz de tudo para agradar os outros, esquecendo de si mesmo.

É um livro muito triste, pois apesar de ser ficção, ainda hoje essa é a realidade de muita gente. Relacionamento tóxico, traição, abandono, vício, preconceito, abuso, negligência. Tudo isso acontece diariamente em vários lugares do mundo. A história de Shuggie Bain é mais comum do que gostaríamos de admitir.


*Alerta de gatilhos: esse livro aborda temas bem pesados como homofobia, abuso sexual, violência doméstica, suícidio, etc.

Bruna 11/04/2024

Não havia lido nada a respeito do livro, então não fazia ideia sobre o que era a história, apenas que era a história de Shuggie Bain? e posso afirmar que fiquei surpresa.

No início estava desanimada, mas a leitura foi fluindo, e meu Deus! Não quero reler esse livro nunca, não porque é ruim ou algo do tipo, mas pelo conteúdo denso, são tantos conflitos, situações das quais ninguém merece lidar, ainda mais sendo crianças.

Acho que tudo que eu queria era colocar o Leek e Shuggie dentro de um abraço. E como eu odeio o Eugene, com todas as minhas forças, fiquei imaginando como teria sido diferente a vida deles sem a presença do álcool.

Fiquei feliz que apesar de tudo, Agnes tenha apoiado Shuggie sobre seu jeito de ser, e confesso que queria xingar todos aqueles que foram homofóbicos com ele.

Racestari 08/04/2024

Que vida difícil
O livro é muito denso, e Shuggie é um dos personagens. O retrato pintado não nos apresenta heróis nem bandidos, apenas pessoas, sobrevivendo na lama, e o álcool destruindo tudo.

Manu 06/04/2024

Que livro triste e sensível!
Passei a leitura inteira com um nó na garganta, acompanhar a Agnes se destruindo e consequentemente a família sendo destruída foi muito triste. O marido que deveria apoiá-la a empurrou do penhasco com os filhos, ao levá-los para outro lugar somente para abandoná-los, o cara simplesmente não queria ver ninguém melhor que ele e não cansou enquanto não a destruiu.
O ódio que eu fiquei quando o Eugene fez ela beber depois que ela estava há um ano sóbria.
O shuggie nunca saiu do lado dela e fiquei feliz que ele encontrou uma amiga alguém em quem confiar.
Eu entendo e não julgo os irmão terem ido embora...

"As chamas não são o fim. Elas também são o começo. Porque tudo o que você destruiu você pode reconstruir. Você pode crescer de novo a partir das suas cinzas."

Bianca2570 06/04/2024

Um livro, um efeito único
Um menino profundamente negligenciado por uma família afogada em perdições, uma mãe alcoolatra e um pai abusivo e depois ausente.

É assim que Shuggie Bain viveu toda a sua infância e formação.

Repertório de mundo é definitivamente o foco do que este livro deseja te entregar. Nada aqui é bonito e até os momentos mais naturalmente belos são marcados pela rusteza da realidade nua e crua. A forma que Douglas Stuart escreve a todo momento, te diz: isso é real, isso acontece na casa ao lado.

Em nenhum momento é possível fugir ou esquecer a intensa realidade e sofrimento de cada personagem.

Aqui acompanhamos a orgulhosa e bela Agnes se afogando continuamente num mar sufocante de homens que a destratam, abusam e a usam enquanto ela mergulha em oceanos de bebida para aplacar o desgosto da sua vida.

Shuggie e seus irmãos vivem sendo atordoados pelas consequências meteóricas das más escolhas de Agnes e da crueldade das pessoas ao redor, do pai de Shuggie, dos "tios" que sua mãe traz para casa, dos vizinhos e colegas de escola.

Um retrato brutal do quanto o ambiente adoecido de um lar pode forçar uma criança a amadurecer antes do tempo e ter seus sonhos e esperanças eclipsados pela responsabilidade de cuidar dos adultos ao seu redor.

Shuggie, além de tudo, é diferente. O fato de não andar "como um homem", gostar de bonecas e pôneis e ser um garoto educado com boa fala e boa dicção serão motivos para que todos ao seu redor o destratem, o humilhem e o menosprezem.

A nova história deste garoto especial só começa de verdade quando o livro acaba, e esperemos que sua vida seja melhor a partir de agora.

site: https://www.tiktok.com/@bia_e_livros/video/7335982505755020549

Ma$$iel 11/03/2024

Muito cruel ( e real)
Achei que o autor representou muito bem como é conviver com um alcoólatra, sentia muita raiva da Agnes mas ao mesmo tempo entendi que não é fácil lutar com o vício, ela tentou, mas nem sempre o final é feliz. Achei que ela foi mais a protagonista do que o próprio. Me lembrou o ?morro dos ventos uivantes? pois o livro todo eu só senti raiva. Mas a escrita do livro é muito boa e eu consegui demais entender as motivações do shuggie, só achei o final meio ???? Queria que não tivesse sido tão deixado em aberto.

Sem estante 10/03/2024

O sofrimento que não vai abaixo da superfície
Esse livro é muito dolorido de se ler. É uma família de pessoas feridas que não tiveram a maturidade de romper o ciclo. O Shuggie apesar de tudo que presenciou nunca perdeu a essência de boa pessoa que tinha desde sempre. O Lek abriu mão dos próprios sonhos a fim de dar suporte à família e sempre se remoeu por isso. A Katherine fugiu de tudo na primeira oportunidade que teve e eu me pergunto se ela foi plenamente feliz no fim das contas. A mãe dele era tão apaixonada pelos filhos, mas o vício era mais forte devido as perdas que ela sofreu, torcia para que ela e o Eugene dessem certo no fim das contas, mas infelizmente ele foi a perdição dela. O Shug é um aproveitador barato metido a don Juan que não vale o chão que pisa.

caminoskoob 05/03/2024

A história de Shuggie Bain
?? Quando chegar a hora certa, você tem que ir embora. Você só pode salvar a si mesmo.?
Não foi uma leitura fácil, a história é pesada e saber que a ficção está misturada com a história real do autor me deixou angustiada, confesso. O livro fala sobre alcoolismo, sexualidade, questões familiares.

Berga 95 02/03/2024

Tristeza
Todo momento uma tristeza diferente, dá vontade de parar de ler nos bons momentos pra não ter que ver a decepção chegar.

O livro pega muito pela naturalidade e realismo com que as coisas acontecem, não senti nada forçado ou artificial, existe uma esperança ingênua que, diferente de outras estórias, não leva pra lugar nenhum.

Os temas de preconceito e vício são tratados sem romantização e sem tentar trazer uma esperança falsa de que existem alternativas.

Preciaa ler aos poucos, pra não se afundar junto com a turma do livro.

girlatbook 22/02/2024

Don't want no other shade of blue, but you
O livro, pra mim, pareceu muito mais sobre a história da mãe do Shuggie do que dele mesmo. Talvez tenha sido intencional, uma maneira de mostrar que ela tinha total poder do que ele sentia, de como ele se comportava, do que acontecia com ele. São capítulos tristes, às vezes monótonos, e do meio pro fim do livro parecia que era só mais do mesmo. Um retrato claro de como a autodestruição pode destruir também as pessoas que estão ao seu redor, e mesmo assim, elas simplesmente continuam amando você.

Ellie 19/02/2024

Vício
Na realidade o título do livro deveria ser ?A história de Agnes Bain? pois retrata a dificuldade dela no controle da bebida. Dura realidade dos filhos em conviver com a situação, não conseguir ajudar e o impacto sobre suas vidas.