Ana Júlia Coelho 20/05/2024Finlay está no meio de uma disputa judicial com seu ex-marido pela guarda das crianças. Se já não bastasse isso, ela está com um bloqueio criativo para escrever seu livro - que já está atrasado - e com um acumulado de contas que ela tenta fingir que não existe - mas a companhia de luz não esquece da existência dela. Quem sempre a tira dos apuros financeiros é o ex, que pega as crianças no final de semana e acha que tá arrasando como pai.
Durante uma conversa com sua agente literária, alguém escuta o que Finlay fala e a interpreta MUITO MAL: a pessoa acha que Finlay é uma assassina de aluguel, e a contrata para dar fim no marido em troca de uma bolada - valor esse que tiraria Finn dos apertos em que se meteu.
Obviamente que ela, com relutância, aceita esse trabalho... E vai ser BO atrás de BO, que a única coisa que despertava em mim enquanto lia era "MEU DEUS, MULHERRRR!!!".
O livro entrega exatamente o que eu esperava: uma leitura leve e engraçada, entremeada com a investigação de um crime. Eu achei ótima a forma com que a autora tratou o relacionamento de Finn com o ex e a madrasta dos filhos, que é algo que acontece mesmo. Adorei como Vero foi inserida na história e como se tornou uma amiga fundamental pra Finn (posso shippar?). Adorei as trapalhadas e como foram se tornando uma bola de neve e sufocando a pobre coitada. Adorei tudo!
Não esperem um suspense nível Harlan, Donlea, Christie. O suspense prende, mas não é o ponto alto da história. A vida de Finn é muito inacreditável e cada tropeço encaixa sem ser forçado. Tudo começa com o ranço que ela tem pela madrasta das crianças, e toma uma proporção que Finn nunca imaginaria, e a forma com que ela tenta arrumar - sem ter a polícia lendo seus direitos na porta dela - me deixou fascinada pela autora.