Não aguento mais não aguentar mais

Não aguento mais não aguentar mais Anne Helen Petersen
Anne Helen Petersen




Resenhas - Não aguento mais não aguentar mais


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debora-leao 23/05/2024

Uma grata surpresa.
Comecei esta leitura pensando que não seria boa e cheguei a cogitar abandonar o livro. Perto dos 20%, mudei de ideia. A obra é coesa e cumpre o que se propõe. Não espere, contudo, um livro científico ou acadêmico (na verdade, nem sei pq eu mesma esperei isso!). É um livro escrito por uma jornalista, que usa, sim, dados, mas não é a partir deles que ela constrói a narrativa.

Para mim, a divisão de capítulos foi o que abriu os olhos quanto à proposta, ao método e à análise da autora. Ao começar falando sobre os Boomers (que nos criaram - millennials) e como a vida era para eles, ela explicará o que mudou. A partir daí, os capítulos traçam aspectos específicos da nossa vida: a infância, a vida escolar/faculdade, o trabalho, a relação com as redes sociais, os relacionamentos e a parentalidade. Achei muito interessante. Essa organização me permitiu visualizar o cansaço (ou melhor, o Burnout) da forma sistêmica que eu sinto que tem sido para mim, e esta leitura me fez ver que não estou sozinha.

Não somos vítimas. Fizemos escolhas. Muitas vezes, é a mais fácil, eu concordo. Eu apenas acho que nesse debate sobre a geração do milênio temos que falar dos defeitos de seus integrantes, mas também do mundo e do ambiente que eles herdaram. Assim, podemos atribuir cada culpa a quem ela cabe.

Achei bem esclarecedora, me surpreendeu, deu a volta por cima e fico feliz de não ter abandonado logo no primeiro capítulo (o dos Boomers, que achei chato). Vale a pena como um bom documentário. Leia com olhar crítico, mas aberto(a) aos questionamentos-convite propostos pela autora.
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Keith 17/05/2024

Quotes: "Não aguento mais não aguentar mais"
- "Todos os dias temos coisas que precisamos fazer, lugares em que nossa energia mental precisa ser utilizada primeiro. Mas essa energia é finita, e quando você dica tentando fingir que não é... é aí que o burnout aparece."

- "O burnout está em uma categoria bastante diferente da "exaustão", embora as duas condições estejam relacionadas. Exaustão significa ir até um ponto em que não é possível ir além; burnout significa chegar a esse ponto e se forçar a continuar, por dias, semanas ou anos."

- "A maioria de nós preferiria ler um livro a ficar mexendo no celular, mas estamos tão cansados que rolar timelines sem pensar muito é tudo que temos energia para fazer."

- "Tentar fazer tudo ao mesmo tempo, com pouca segurança ou rede de apoio... é isso que faz dos Millennials a geração burnout."

- "Lidar com a apreensão constante sobre sua posição social e lutar para encontrar um emprego em que lhe permita tentar manter essa posição... essa era a experiência dos Boomers com o que agora conhecemos como burnout. Eles não tinham celulares ou imensas dívidas estudantis para piorar a situação, mas tinham essa inquietação fundamental, o peso psicológico de lidar com a precariedade cotidiana."

- "Eu penso nas cinco horas de sono, nas inúmeras atividades que queria fazer, na tese a que tanto me dediquei, e sei que não teria como eu me esforçar mais sem que isso me machucasse ou me fizesse odiar o que estava fazendo mas minha parte prática me diz: 'Você deveria ter se machucado. Agora tem que correr atrás do prejuízo ".

- "O desejo pelo emprego descolado pelo qual você é apaixonado é um fenômeno particularmente moderno e burguês  - e, como veremos, uma forma de tornar certo tipo de trabalho a tal ponto desejável que os trabalhadores vão tolerar todo tipo de exploração pela "honra " de ocupar aquela vaga. A retórica do 'Faça o que você ama e não vai trabalhar um dia sequer na sua vida' é uma armadilha para o burnout. Ao disfarçarmos o trabalho na linguagem da "paixão", somos impedidos de pensar no que fazemos como aquilo que verdadeiramente é: um ofício, não a totalidade de nossas vidas."

- "Entrar na vida adulta sempre teve a ver com modificar expectativas: do que a vida adulta é e do que ela pode trazer. A diferença com os Millennials, então,  é que passamos entre cinco e vinte anos fazendo o trabalho doloroso de ajustar nossas expectativas: recalibrando a compreensão muito tranquilizadora dos nossos pais e conselheiros sobre o mercado de trabalho versus a realidade da nossa própria experiência nele, mas também chegando a uma visão totalmente utilitária do que um emprego pode é deve ser."

- "Por décadas, os Millennials ouviram que são especiais, que cada um de nós é cheio de potencial. Tudo que precisávamos fazer era nos esforçar o suficiente para transformar esse potencial em uma.vida perfeita, livre de todas as preocupações econômicas que definiram nossos pais. Mas, enquanto os Boomers cultivavam e otimização seus filhos para o trabalho, também estavam destruindo as proteções sociais, econômicas e profissionais que poderiam tornar essa vida possível.  Eles não nos mimaram, e sim destruíram a possibilidade de que nós, algum dia, obtivéssemos o que eles prometeram que estaria no fim de todo aquele trabalho duro. Poucos Millennials tiveram a sabedoria de compreender isso quando chegaram ao mercado de trabalho.  Em vez disso acreditamos que, se as oportunidades não chegavam, o problema era conosco. Nós compreendemos o quão competitivo era o mercado, o quanto precisávamos diminuir nossas expectativas, mas também tínhamos certeza de que, se trabalhássemos o suficiente, triunfaríamos - ou pelo menos encontraríamos estabilidade, ou felicidade, ou chegaríamos a algum outro objetivo nebuloso, mesmo que fosse cada vez menos claro por que estávamos buscando aquilo."
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biabarros.txt 15/05/2024

Muito informativo, mas acho que gostaria ainda mais de ter uma visão menos americanizada sobre esse tema.
Também achei beeeem longo e denso, demorei bastante pra conseguir finalizar
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gabi_rp 07/05/2024

Leitura importante para os millennials
O livro faz uma reflexão sobre a relação da geração dos millennials com o trabalho e consequentemente, o bournout.
Tema muito atual e tratado de forma aprofundada, de acordo com a realidade americana.
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Bruninha 05/05/2024

Muito bom!
Não é top melhores livros que já li, até porque não costumo ler livros técnicos como esse, mas gostei demais, me fez perceber coisas mt importantes e me fez sentir menos sozinha nesse sentimento de estar exausta e com medo
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Dani 28/04/2024

Se você ler esse livro e não ficar revoltado, você não leu certo.
Nós millenials estamos trabalhando mais e vamos colher menos frutos do que as outras gerações. A culpa é nossa? Não.
Mas estamos mais cansados com certeza.
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Luiza 28/04/2024

Não aguento aguentar mais
O livro é simplesmente perfeito. Cirúrgico. Claro. Explicativo. Assertivo.

?Um acerto de contas com o burnout é, muitas vezes um acerto de contas com o fato de que as coisas com as quais você preenche o seu dia - as coisas com as quais você preenche sua vida - parecem impossivelmente distantes do tipo de vida que se deseja viver e, do tipo de significado que você deseja dar a ela?.
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Sarah 24/04/2024

Poderia ser melhor
Eu realmente não tinha ideia do que era o livro, mas o título me chamou a atenção pois eu realmente não aguento mais kkkkk

No início foi extremamente enfadonho, parecia que eu estava lendo um trabalho científico, foi bem difícil.

Depois que começou a mostrar as histórias que eu comecei e pegar melhor na leitura, mas mesmo assim não foi o que eu esperava.

A leitura é super válida, mas faltou algo.
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Priscila 17/04/2024

Leitura didática
O livro traz uma leitura de forma bem didática sobre um assunto extremamente importante. Sou geração Z mas super me identifico com os Millennials, até por uma questão de criação. Tem algumas verdades muito duras de se encarar, mas que são necessárias!
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Camila Serrati 10/04/2024

Tudo a ver com o que trabalho em pesquisa: amei
Um livro de leitura fácil, mas que fala de conceitos importantíssimos. Vale a leitura! Importante: temos que fazer o recorte histórico-social, porque ela fala a partir de onde vive (EUA), mas pensando na "geração burnout", não estamos muito diferentes no Brasil não.
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Henggo 09/02/2024

Bom. MAAAAS...
Eu sou um Millenial "mais velho" (35 anos) e houve uma identificação com muitas partes do livro. Não tenho burnout e nunca sofri do problema, mas sinto essa pressão, mesmo há alguns anos tendo ligado o 🤬 #$%!& e passado a agir como eu quero. É nesse ponto que começou meu afastamento em relação ao livro: a medida que os capítulos se sucederam, eu fui percebendo o quanto minha índole de não me importar com a vida alheia e cada vez me afastar dessa vontade de fazer o que a sociedade deseja, o quanto isso me salvou do extremo descrito pela autora. E aí vem o meu erro de não entender o motivo de as pessoas se deixarem acorrentar a essa loucura de "vida ideal".

Quando notei que havia algo de errado ali, eu pedi demissão e decidi vivier minha vida. E fida-se. É claro que tenho meus privilégios para fazer isso (e o livro aponta esse fato), mas é curioso como muitas pessoas estão tão imersas nessa ideologia que, mesmo tendo as mesmas oportunidades que eu tive, se recusam a quebrar esses grilhões.

Por mais que na apresentação a tradutora diga que "apesar de se referir ao contexto dos Estados Unidos, há muita similaridade com o Brasil", acredito que essa equivalência tem mais a ver com o plano geral que todos nós, Millenials, sofremos, do que com aspectos mais específicos. Outro ponto é que a autora me pareceu a todo momento embarcar em um discurso panfletário, engajado, que me soou, sinceramente, cafona.

O final, então , consegui até imaginá-la em um púlpito discursando para uma plateia cheia de Millenials desesperados.

Sem contar que nós capítulos finais ela me pareceu mais disposta a justificar o porquê de não querer filhos do que exatamente a explanar os aspectos gerais. O livro se tornou quase uma petição de defesa dela.

"Não aguento mais não aguentar mais" é maravilhoso como introdução ao assunto, principalmente pela riqueza de aspectos históricos, culturais e sociais, traçando uma linha cronológica de como chegamos ao estágio atual. Mas, particularmente, foi me afastando na parte final.. Fiquei com burnout desse livro.
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Welington 31/01/2024

Uma visão triste e realista sobre a sociedade.
O que eu mais gostei deste livro, é que ele é bem "pé no chão". Ele não traz fórmulas e receitas mágicas para seguirmos e mudarmos nossa vida. Pelo contrário, ele expõe fatos e nos apresenta uma visão muito sincera e crua de nosso mundo capitalista e suas consequências desastrosas.
O legal é que a autora nos traz temas que estão escancarados em nossas caras e que por algum motivo, talvez por já estar tão intrínsecos em quem nós somos e fazemos, não os debatemos e nem os questionamos. Na minha opinião, deveria ter um segundo livro, retratando o mesmo tema, porém focado na consequência da pandemia e das IA.
O lado negativo deste livro, que fez com que eu não desse uma avaliação melhor, não sei se foi de propósito, a autora quis que realmente entrássemos no clima, mas os capítulos são grandes e não foi feito de uma forma dinâmica, por mais que o assunto esteja interessante, ele te cansa. E faltou retratar mais de nosso período atual, pós pandemia.
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Rosangela Max 17/01/2024

Faltou imparcialidade.
Acho duvidosa essa necessidade que alguns tem de criar rótulos e nos catalogar. Pra mim, esse livro prova que isso traz mais malefícios do que benefícios.
O tempo todo a autora parece buscar culpados para a situação atual dela. Colocou a visão pessoal dela, ao invés de ser imparcial. Embora o tema seja relevante e o conteúdo bem pesquisado, não me agradou tais posicionamentos.
Como ela mesma diz no livro, as pessoas possuem experiências diferentes de burnout e de vida. Isso resulta, as vezes, em pontos de vista diferentes.
O capítulo que achei mais coerente foi o sétimo ?Tecnologia faz tudo funcionar bem?.
Recomendo a leitura porque é um assunto atual e pode agregar em conhecimento sobre o tema. Mas não achei lá grande coisa.
bruna 17/01/2024minha estante
Hoje em dia, o papo é de "desconstruir" mas te obrigam a entrar em uma caixinha. E pra piorar, é só você nascer em uma década que já automaticamente vira isto, isso e aquilo. Praticamente a mesma situação dos signos, só que agora entra a ciência querer credibilizar estudos sociais sobre gerações e descredibilizar a astrologia pois é holístico... Curioso, no mínimo rss


Henggo 09/02/2024minha estante
Nossa, Rosangela, sim! Usastes exatamente a expressão que não consegui desenvolver: "encontrar culpados para a situação dela". BINGO! Foi isso o que senti capítulo após capítulo desse livro. E o final, quando a autora usa os dois últimos blocos para justificar o porquê de não querer ter filhos, deixou ainda mais claro que a motivação desse livro era mais um "descarrego" do que necessariamente um estudo sobre o tema.




Lara 07/01/2024

Começando o ano com essa releitura. Esse livro sempre me faz refletir sobre a nossa condição de vida e como estamos perpetuamente presos em um sistema impossível. Para mim, é uma leitura obrigatória para todos que estão começando a construir suas vidas e carreiras, pois nos dá perspectiva dentro de um sistema feito para acabar com a gente, mas para o qual a resposta deve sempre ser "se esforce mais, trabalhe mais e consiga". Os recortes de gênero, classe e raça tornam tudo ainda mais complexo e difícil de escapar. As ponderações sobre maternidade, divisão de tarefas e as diferentes formas como as pressões sociais para performar afetam os mais diferentes recortes sociais colocam tudo em perspectiva. Esse livro é um soco no estômago, mas reconhecer o problema é parte do caminho para, se não solucioná-lo (algo impossível) pelo menos lidar com ele de for a menos estressante e assim tentar evitar (ou atenuar) o burnout que me parece inevitável.

Um parênteses: a edição tem alguns erros de tradução e problemas de concordância e edição do texto, mas ainda sim, nada que atrapalhe a mensagem.
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kleeticia 30/12/2023

Divisor de águas
Acho impossível ler este livro e não se questionar sobre as nossas relações com as mídias sociais, hobbies que viram obrigações, como tratamos nosso trabalho com tanta prioridade enquanto a vida passa.
A leitura tem um q de auto ajuda mas não vem trazendo soluções, pelo contrário é carregado de questionamentos abertos que cabem ao leitor chegar às suas conclusões.

Te conecta pela similaridade de problemas que estão tomando conta da mente e rotinas de todos mas só estão aumentando e ninguém faz nada em massa contra.

E não, não é um livro sobre bornout profissional e isso é oque mais me surpreendeu é sobre como nossa sociedade causa bornout em todas as suas esferas atuais.

Foi o meu favorito deste ano ?
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