Resenhas - Fachada

Ana 31/01/2023

Fachada.
Levando em conta a época do livro, realmente consegui entender o desespero da mãe da menina, tanto pelo fato de ser um corpo no terreno da família e também pelo fato de sua filha se envolver com aquele homem.
Achei a mãe bem corajosa por ter se envolvido com pessoas perigosas para tentar salvar alguma imagem da família. O título representa bem o enredo no geral. Não é um livro ruim.

Humberto.Cunha 02/01/2023

1? livro lido do ano
O meu primeiro livro lido do ano de 2023. Como eu sou suspeito em falar que curto suspense esse livro me pegou do começo ao fim dessa história.

Muito bom e recomendo !

olga 19/05/2022

Clássico e, ainda assim, atual
Traduzido recentemente para o português, esse livro é mais do que apenas um retrato de sua época. Categorizado como um "thriller feminista", ele atravessa o conservadorismo de uma vida de aparências para tratar da empreitada de uma mulher solitária tentando remediar as desventuras que podem desgraçar sua família. É um romance policial que explora a vida doméstica americana durante a Segunda Guerra Mundial.

Aline Guedes 04/04/2022

Gostei bastante da leitura
Achei a escrita muito boa, super fluída, e a forma como acompanhamos a história, como se lêssemos os pensamentos da protagonista nos aproxima da realidade dela de uma forma interessante.

(Vou marcar a resenha como spoiler, pois não sei o quanto os comentários seguintes podem interferir na leitura de outras pessoas, mesmo não sendo fato tão abertos.)

Senti tanta empatia pela Lúcia, que me tornei cúmplice dela. Ao mesmo tempo, me incomodou a forma como a Sybil participa de tudo, tendo um papel tão importante nos cuidados da casa, no apoio à Lúcia e até na história, e mesmo assim é colocada pela Lúcia como uma personagem de fundo, sobre quem ela nunca teve interesse em conhecer melhor. O que só mostra como a sociedade na época era segregada, e sobrecarregava as mulheres e rebaixava à quase invisibilidade os empregados. E infelizmente ainda vemos muito disso hoje em dia.

Simone de Cássia 17/12/2021

A gente tem que levar em consideração que o livro se passa no ano de 1949 , senão corremos o risco de achar fútil e inverossímel. Na verdade a mensagem que fica é essa mesmo, a rotina de uma família em que o pai está lutando no Pacífico e a mãe é a base. Ela se torna responsável por tudo e é aí que a gente tem que dar o desconto: o tudo da época era manter a casa funcionando, definir o jantar, preparar as torradas da manhã, controlar a lavanderia, convidar para o chá da tarde, sempre contando com o apoio imprescindível da empregada doméstica/faz tudo que defende a família como um cão de guarda e que, apesar de servi-los há mais de 20 anos, ninguém nunca se preocupou em saber nem se ela é casada... A história ganha novos ares quando um fato quebra essa rotina idílica e as coisas saem do trilho. A postura da mulher é tão estereotipada que, em determinada situação o delegado aparece para conduzi-la à delegacia e ela pergunta: "mas não pode ser depois do jantar? Quem vai comandar a mesa??" rs rs É um livro diferente...se a gente entender essa dinâmica de 70 anos atrás aí sim, fica clara a mensagem da vida de "fachada".