Maisa @porqueleio 09/10/2021Uma estória sobre cicatrizes, e libertação!Elizabeth Longworth, ao contrário das moças de sua idade, nem pensa em se casar. Meticulosa, obstinada, seu maior objetivo é impedir a atenção dos homens, e para isso ela faz o que pode para afastar possíveis interesses.
O Duque Marcus Hawthore tem fama de libertino. Mas, chegou aquele momento da vida em que precisa encontrar uma esposa que lhe dê um herdeiro. Saba que não dá para esperar emoções fortes, mas quer uma candidata a altura de seu título. Evidente que não seria uma moça tão esquisita quanto Lady Elizabeth..., mas não é que ela se mostra inteligente, bem-humorada, uma amante dos livros? Como resistir a alguém que não quer ser conquistada?
O Duque sabe o que quer, e ele quer Elizabeth. Mas, quando ela percebe o interesse, volta a fazer jogo duro. Até quando vai resistir as investidas do Duque? Quais as dores ela precisa ver curadas para acreditar no amor?
Narrado em terceira pessoa, o livro alterna os pontos de vista de Elizabeth e Marcus, o que nos permite conhecer a fundo os personagens. Além disso, os diálogos são como assistir a um jogo de ping pong: rápidos, inteligentes, e tão sarcásticos (meu tipo preferido). Elizabeth é uma personagem que se mostra aos poucos, e quando conhecemos suas dores, entendemos sua resistência em se apaixonar. E Marcus, apesar da fama, é um homem sensível, cativante, que sabe o que quer, e até mesmo sabe que há um limite para sua tenacidade. E isso é tão lindo de ver... ele já tem um lugar no meu coração.
Mas a estória tem muito mais... discute, mesmo que levemente, questões como violência doméstica, a hipocrisia de uma sociedade que finge não enxergar seus podres, o preconceito com o diferente... mais ainda, não tem cenas quentes, e eu gosto assim, porque temos um amor que vai sendo construído tijolo por tijolo, de uma forma mais condizente com o período retratado e, portanto, mais doce.
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