Resenhas - Feminismo branco

Aghata14 15/05/2024

Enxergando as diferenças.
Comecei a tentar ler esse livro em 2022 e achei que faltava-me uma boa base para melhor compreensão, acabei não terminando de ler.

Volto a leitura em 2024 e tendo a certeza de que a compreensão do livro vai ser muito bem explorada. Principalmente porque ao ler autoras do movimento feminista negro, já temos o conhecimento que não tem como existir um movimento único, devido às várias vertentes que o englobam.

?O feminismo branco do é um estado de espírito. É um tipo de feminismo que engole as políticas de poder sem questioná-las.

A autora pretende mostrar no livro que o feminismo não se trata de apenas esse formato que é vendido para as mulheres (no qual vemos apenas mulheres, brancas, cisgênero e heterossexuais). Diz respeito a algo muito maior e que abrange mulheres negras, transgêneros, lésbicas, de nacionalidades distintas.

Precisamos cair na real que não existe algo homogêneo e trabalhar da melhor forma possível nas vertentes que se desdobram do movimento original. Também acredito que não se trata em exaltar um grupo mais marginalizado na história, como se contasse alguma vantagem, a depender da bandeira que você carregue, já estamos em um limbo e como todas pertencem ao grupo ?mulheres? quase chegamos na China de tão baixo que estamos, simplesmente por sermos mulheres.

Ps: Se você não reconhece mulheres trans como parte do movimento você é apenas uma preconceituosa, sempre bom lembrar.

Performando feminismo na mesa de trabalho, esse capítulo mostra como tudo gira em torno do capitalismo, no fim, tudo se resume a isso.

Como a autora afirma ?em vez de um veículo de protesto, o feminismo se tornou uma marca.?

?Nacionalmente, precisamos de um movimento pela igualdade de gênero que tenha várias camadas, que aborde a realidade da vida das pessoas e que não apenas traga visibilidade para as pessoas de gêneros marginalizados.?

Concordo com a autora precisamos em primeiro lugar parar de acreditar na existência de um movimento único, porque o que é pregado por mulheres branca, não representa todas as outras. E começar a trabalhar em cima das outras vertentes que temos.

Achei importante quando a autora reconhece a existência do seu privilégio mas ao mesmo tempo aponta que isso não excluiu todo o trabalho árduo que fez para conquistar o seu espaço.

A autora também apresenta possíveis soluções que podem ser aplicadas para a existência de um movimento melhor.

Danilo.Milev 08/02/2024

É um livro interessante, com muitos exemplos sobre como o feminismo branco acaba sobrevalorizando a vitória feminina individual e muitas vezes ligada ao mundo empresarial em detrimento a vitórias e conquistas coletivas e mais transformadoras...e mostra como o próprio capitalismo acaba vendo nas lutas sociais, como o feminismo, meios para lucrarem. Vale a pena a leitura.

Geisalanis 15/01/2024

Esperava mais do livro. Não que eu não tenha gostado mas as referências são de realidade que não são daqui. Li com um objetivo que não foi atingido

rossi18 17/09/2023

Feminismo Branco
Esse livro aborda questoes raciais, políticas, de gênero e etc. Particularmente o acho muitíssimo interessante e necessário para que possamos ente der o passado e, consequentemente, como todos esses acontecimentos nos levaram aos dias de hoje. Muito bom!!

Joana.Amarante 21/02/2023

Daqueles livros que precisamos ter e sempre voltar a leitura. Se recomendo? É mais que óbvio.

Ela nos coloca (mulher branca cis) contra a parede e pergunta: e aí? O seu feminismo tem espaço para todas as mulheres? O seu feminismo vai até onde?

Não vejo como um livro de argumentos para usarmos no dia-a-dia ou qualquer coisa de auto-ajuda. São fatos, é história, é sobre esse feminismo que é basicamente um patriarcado ou "o sonho do oprimido é ser o opressor". E é sobre isso, sobre como o feminismo surge por mulheres brancas para mulheres brancas, e encontrar caminhos conjuntos. E como conjugar?

Escutar mais!

Bibliotecadabri 20/06/2022

Feminismo branco
"Feminino branco: das sufragistas e quem elas deixam para trás". A jornalista Gloria Steinen destaca: "não julgue este livro pelo título" e, de imediato, foi o que ocorreu. Feminismo branco? Qual o motivo de discutir um movimento tão segregador? E está aí o foco do livro: quem elas deixam para trás? De forma didática e completa, Koa Beck traz um panorama histórico acerca desse movimento feminista branco e todos os seus problemas. Um movimento branco, cis, elitizado, sem deficiência, jovem e heterossexual. Aliado ao capitalismo, o elitismo e o racismo influenciam o feminismo até os dias atuais.

"É um tipo de feminismo que engole as políticas de poder sem questioná-las - ao replicar padrões de supremacia branca, ganância capitalista, ascenção corporativa, práticas de trabalho desumanas e exploração e declarar que é emponderador para mulheres seguir estas doutrinas como os homens sempre fizeram" (BECK, 2021, p. 23).

Obra essencial pro debate contemporâneo, contexto em que a ideologia do feminismo branco continua presente. Precisamos, mais do que falar e reconhecer nossos privilégios, lutar para que outros também o tenham. O reconhecimento não é o fim, mas, sim, o começo.

maria1691 02/06/2022

A obra de Koa Beck é, sem sombra de dúvidas, um dos livros mais impactantes que tive o prazer de ler. Além de trazer uma reflexão profunda acerca do patriarcado, racismo, homofobia, desigualdade social, entre outros, o leitor é instigado e até provocado a transformar essa sociedade tão injusta e branca que nos cerca.

Dressa 11/03/2022

" O feminismo branco é uma ideologia que tem prioridades, objetivos e estratégias diferentes para alcançar a igualdade de gênero: autonomia personalizada, riqueza individual, autoaprimoramento e supremacia. É uma prática e uma forma de a igualdade de gênero que tem seus próprios ideais e princípios, assim como o racismo, o heterossexismo e patriarcado. E sempre teve."

Logo quando começamos a leitura vemos a falta de empatia e apoio das feministas brancas perante outras mulheres marginalizadas desde o tempo do sufrágio feminino, atualmente temos marcas famosas com ceo femininas que pregam o feminismo, mas quando vamos ver elas tem atitudes repugnantes e não pagam o suficiente suas trabalhadoras .
A autora fala abertamente da hipocrisias de muitas mulheres brancas famosas que participaram do movimento #MeToo, como Emma Stone, Scarlett Johansson, Diane Keaton, Kate Winstlet e Kate Blanchett que saíram em defesa do abusador Woody Allen e trabalharam em seus filmes mesmo após as denúncias feitas por sua enteada. A atriz Kate Blanchett afirmou que Nunca fiquei em silêncio sobre os abusos do Allen, que enquanto trabalhava com o mesmo não sabia sobre seu crime e ainda teve a audácia de quiser que confia no sistema judiciário, o mesmo que falhou diversas vezes com vítimas de abuso. O movimento #Metoo serviu para nos mostrar como o feminismo branco é seletivo e individual, para elas não importa que outras mulheres marginalizadas estejam sendo mortas, exploradas e abusadas desde que elas estejam ricas e vencendo, para elas isso é o feminismo.

Koa Beck fala sobre a importância de um feminismo interseccional e a diferença entra o feminismo das sufragistas e o feminismo atual que é visto como um "estilo de vida", algo a ser seguido por estar na moda e uma forma de ganhar dinheiro. O movimento feminista é algo de extrema importância, vai muito além de uma caneca escrita "Girl Boss" e uma blusa escrita "I'm feminist", ele é um movimento POLÍTICO. É necessário entender que ser mulher não te isenta fazer mal a outras mulheres, principalmente aquelas que não fazem parte da sua classe econômica.

Feminismo Branco das sufragistas às Influenciadoras e quem elas deixaram para trás é um livro muito completo, ele nos ajuda a entender a diferença entre uma mulher branca feminista e uma feminista branca, apresentas fatos e exemplos, algo nos ajuda a ter argumentos no dia a dia.