casteloale 21/06/2022
Ficção Religiosa
Neste livro conhecemos a história de Amtullah, uma jovem do Islã, que consegue uma autorização dos pais para fazer um intercâmbio no Brasil.
Entre as diferenças culturais e tantas outras, Amtullah tenta se adaptar a sua nova vida no Brasil. Agora ela tem uma nova casa, uma nova família e até novos amigos. Mas tudo é muito diferente da vida que ela tinha no Islã, as pessoas são mais calorosas, as mulheres não precisam usar o véu (hijab) e grande parte das pessoas são cristãs.
Descobrindo muita coisas novas, como o significado de amigos verdadeiros, o primeiro amor e até mesmo o amor de Cristo (que é proibido no Islã), ela passa a ver o mundo com novos olhos e descobre que a vida no Brasil pode ser muito mais divertida.
Eu li esse livro em quatro dias, apesar de ser curtinho é preciso paciência para ler alguns tópicos, que (para quem já estudou antropologia, como é o meu caso) soam bastante como intolerância religiosa.
Durante o passar dos capítulos, nós vemos que a Amtullah passa a ter um apreço pelo cristianismo, o que não tem nada de errado, já que todo mundo sempre se sente curioso em relação à algo novo. O grande problema foi exatamente a forma como a autora retratou tudo, o que nos leva a entender que o islamismo está errado e a única religião certa é o cristianismo.
A Amtullah, que cresceu conhecendo as leis de Alá e vivendo de uma determinada forma, ou seja, seguindo as regras de seu país nativo, muda drasticamente em poucas semanas, colocando de lado toda uma vida de ensinamentos.
Enfim, a história é realmente bonita, mas não podemos fechar os olhos e passar pano para essas partes que soam bastante como intolerância religiosa.