Paloma 15/12/2021Déjà-vu. Déjà-su. Déjà-véc|u.Três palavras que se encaixam perfeitamente como resumo desse livro: "Já visto. Já conhecido. Já vivido."
A história nada mais é que uma grande repetição de frases: A Victoria nunca se contenta com uma única transmissão do fato, ela NECESSITA repassar a mesma coisa várias e várias e várias vezes ? aposto que essa mulher gastou todo o acervo de sinônimos do dicionário.
E apesar da narrativa assumir um bonito tom poético, é cansativo pra caralh*! É desanimador ler tudo repetidas vezes, sabem? Ler tudo sobre as lamurias da Adeline, a guerrinha infantil que ela trava com o Luc e bora lá ler mais chororo incessante dela por não ter conseguido o que desejava (Addie nunca está satisfeita com porr* nenhuma!).
Avançar no enredo é penoso. Parece que as páginas se multiplicam e a história não evolui. Tedioso.
Sobre os personagens principais:
? Adeline é a personificação da contradição; Não sabe o que quer da vida e fica culpando tudo e todos pelas suas próprias escolhas erradas.
Ela sempre está certa e os outros que são idiotas por não ceder aos seus caprichos ? E POR FAVOR, eu não estou diminuindo a sua luta por liberdade, nem seu espírito sedento de reconhecimento, só estou dizendo que o modo como a V.E a retratou, passa uma imagem de mulher mimada, desejando unicamente que seus propósitos fossem atendidos como e quando queria.
? O Harry... TEM DEPRESSÃO!
Como a Victoria pode tratar o personagem por alguém que tem "tempestades dentro da mente", dependência química, alcoolismo e tentativas de suicídio, como só uma pessoa confusa que não descobriu o que cursar na faculdade??! Mas relaaaaxa... um pacto para ser desejado e satisfazer os outros resolve tudo, né?
? E o Luc... INJUSTIÇADO!
O único personagem que cheguei a me simpatizar de verdade... O único que continuou sendo autêntico e objetivo. Ele foi o alívio que tanto ansiei entre as longas páginas maçantes. E se a Schwab tivesse o envolvido mais na história (E COMO ELE MERECIA), com certeza a obra seria mais cativante.
Em suma, eu entendo todo o hype em volta do livro: a autora entrega uma premissa interessante, uma narrativa melancólica, amores impossíveis e uma jovem resiliente e esperta que trava uma "luta" contra o mal... mas infelizmente pra mim, tudo isso só se traduziu como puro vitimismo misturado com arrogância.
E para uma história ser extraordinária, precisa mais do que só possuir quotes legais. :/