Rami 31/05/2021Um ilha de Avalon e Personagens Fictícios pra chamar de meusO Segredo da Rainha começa da onde o primeiro volume parou e entramos num ritmo frenético: tiro, porrada e bomba além de muitas informações sendo jogadas e novas perguntas sendo formadas. Pode parecer que são muitas novas informações, porém vá sem medo (e sem pressa, como eu!), pois Briones não metralha novas informações à toa.
Os personagens que nos apegamos estão em face iminente da luta final e a profecia se mostra mais letal. Melissa precisa ficar com Arthur para que ele vença, porém seu coração pertence a outro.
Lancelot, ao fugir para não trair o irmão, acaba descobrindo que o inimigo está mais próximo do que imaginavam e que precisam correr contra o tempo para descobrir quem é o traidor da Távola Redonda.
Em meio a esse caos e inúmeros pontos de vistas, somos tentados a desconfiar de tudo e todos, como bem nos ensinou Merlin, a ter certos ranços de personagens e torcer para que ao final tudo se resolva e Camelot seja salvo.
O ponto mais positivo desse livro, assim como do primeiro, é que todos os personagens têm participação em maior ou menor grau. Nenhum é colocado para preenchimento de espaço. Parabéns à escritora, porque eu lutei para não me perder nos detalhes de cada um.
Outro ponto positivo é a força das mulheres nessa história: pra que cavaleiro se temos feiticeiras, fadas e arqueira tomando rédeas das próprias vidas?
Gabriel foi uma ótima surpresa. Se me apaixonei por Galahad, aqui me apaixonei mais. Marcos um ótimo amigo, não apenas para Mel, mas a todos e quando o vi com uma certa irmã de cavaleiro shippei na hora, pois de todos, merece ser feliz.
Confesso que fiquei com um pouco de ranço de Merlin, culpa do primeiro volume, mas ao final eu só diminuí um pouquinho. Entretanto entendo que a beleza dessa personagem, assim como a de Viviane e até dos vilões, é que não são preto e brancos, são humanos. Têm falhas, tentam resolver de suas maneiras caminhos que são de outros, mas no fim concluímos como Lancelot: cada um faz suas escolhas, pois não há destino. Nós fazemos o nosso próprio!
Quanto aos vilões dessa história: reviradas intensas de olhos. Perdas ocorrem pelo caminho, mas escolhemos qual atitude tomar e como seguiremos nossas vidas. A culpa nunca é de A ou Z ou da magia. Perdas, infelizmente são inevitáveis e precisamos aprender a lidar melhor. Lidar com perdas não nos torna menos sensíveis ou cruéis, nos ensina a curtir cada momento que vivemos e a melhorarmos.
O ritmo desse livro é alucinante. Temos poucos minutos de paz e ao final, o que me restou, foi um quentinho no coração por essas personagens. Senti falta de um final fechadinho de certos "bastardos", mas acredito que seja por causa do apego que senti principalmente com eles durante esse livro.
Algumas teorias, outras foram surpresas. Umas escolhas foram feitas e os parabenizei e outras só faltei xingá-los (Arthur e sua conversa com Lancelot quase me colocou livro adentro só pra dar na cara do mimado e pôr meu cavaleiro num potinho do mais puro amor), contudo, sem dúvidas, Sonhos de Avalon concluiu-se me deixando com o coração quentinho, querendo uma ilha de Avalon para chamar de minha e personagens fictícios para chamar de meus mais fiéis amigos.