O homem que escutava as abelhas

O homem que escutava as abelhas Christy Lefteri




Resenhas - O homem que escutava as abelhas


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Bookster Pedro Pacifico 23/08/2021

O homem que escutava as abelhas, de Christy Lefteri
Destruição. Essa é a palavra que marca toda a narrativa. E não é apenas a destruição física da cidade de Alepo, na Síria, de onde fogem os protagonistas do romance, mas também a destruição dos que mais amamos e da esperança por dias melhores.

Nuri é um criador de abelhas que, junto com sua esposa Afra e seu filho, vivia em uma Síria “normal”. No entanto, com com o início das guerras, até a ruína total da cidade, Nuri e Afra veem a sua vida desabar quando sofrem uma perda devastadora. E é em meio a tanta tristeza e saudades que os dois ainda precisam buscar forças para tentar sobreviver.

Diante da falta de qualquer esperança, o casal decide tomar o rumo que milhões de pessoas são forçadas a tomar ao redor do mundo: o refúgio. A travessia é repleta de obstáculos, que muitas vezes deixam os personagens perto do seu limite físico e psicológico.

Ao trazer essa realidade tão atual para os leitores, Christy consegue dar voz ao sofrimento dos refugiados, deixando claro para qualquer um que fugir de seu país não é uma escolha, mas sim a única alternativa contra a morte. Vale dizer que a autora nos conta isso com base na sua própria experiência trabalhando em campos de refugiados na Europa, o que torna o enredo ainda mais verossímil.

Confesso que fiquei muito chocado com os detalhes que Christy traz em sua narrativa. Nos deparamos com situações em que o conceito de humanidade fica completamente perdido. Uma realidade em que uma criança é descartável e que a vida não vale nada.

A escrita é bem simples e não conseguiu me mostrar uma grande profundidade dos personagens. Mesmo assim, e apesar das cenas fortes, essa leitura tem um papel muito importante para conscientizar o leitor sobre a seriedade e urgência com que o tema dos refugiados deve ser tratado. É um combate à carga de desinformação que vemos sendo disseminada nos meios de comunicação. Recomendo!

Nota: 8/10

site: http://instagram.com/book.ster
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Fabio Pedreira 22/08/2021

Emocionante e preciso
Nuri e Afra são um casal de refugiados da Siria que buscam uma vida melhor na Inglaterra. Os dois decidem partir após uma bomba tirar tanto a visão de Afra como do seu filho.⁣

Para chegar até a Inglaterra, os dois passam por diversas situações arriscadas, que muitos outros refugiados acabam passando quando buscam por uma vida melhor.⁣

A história vai passar em dois momentos, um, no presente, com Nuri e Afra já na Inglaterra, enquanto o outro se passa no passado, desde a Síria, até sua ida para o Reino Unido.⁣

Essa divisão é muito bem feita, não tem perigo de se perder. No presente vamos encontrar um casal meio perdido, traumatizado com suas perdas. No passado, vamos ver como essa situação se desenvolveu e foi distanciando os dois.

O Homem Que Escutava As Abelhas é um livro sobre o processo de se reencontrar, de sobrevivência e esperança, mostrando quanto o ser humano é resiliente e consegue se adaptar mesmo diante de traumas tão grandes.⁣

Apesar de não ter chegado a chorar, me emocionei bastante com o livro em certas situações. Tem partes pesadas mas também tem partes mais leves. Faz você pensar em muita coisa.⁣

O livro retrata bem o que algumas pessoas estão passando no Afeganistão agora, ao tentar fugir. Me lembrou inclusive um pouco o livro O tratador do zoológico de Mossul em alguns momentos.

É daqueles livros que podem te causar vários tipos de reação, onde cada um vai sentir o peso de uma forma, o que torna difícil de transmitir tudo em uma resenha, a não ser recomendando que você leia.

O final dele é muito bom e emocionante e certamente indico a leitura. Mais um livro daqueles da Vestígio que a gente guarda com carinho.
Igorvinsky 22/08/2021minha estante
Deliciosa resenha, Fábio. Parabéns. ;-)


Fabio Pedreira 22/08/2021minha estante
Vlw ??




Simone MK 16/06/2021

Tocante. Necessário. Arrebatador.
O livro é narrado em primeira pessoa por Nuri Ibrahim, que juntamente com sua esposa Afra, após sucessivas tragédias ocorridas em suas vidas, decorrentes da guerra na Síria, decidem empreender fuga com destino à Inglaterra, onde os aguardam seu primo Mustafá e família.

Cada capítulo é dividido entre tempo presente e passado, por uma palavra ou sentença. Achei a utilização desse recurso bem criativa e inteligente, pois ficamos cientes de que haverá uma mudança temporal na narrativa.

A jornada dos dilacerados Nuri e Afra rumo ao Reino Unido, assim como a de milhares de refugiados, é cheia de muitos percalços e provações. Informativo e necessário. Um verdadeiro abrir de olhos para nós que acompanhamos tantas notícias sobre refugiados, sem nos aprofundarmos sobre o fato. O livro humaniza a questão dos refugiados. Deixamos de pensar neles apenas como números, estatística e passamos a vê-los como pessoas, com toda uma história de vida.

Comovente, cativante e tocante. Apesar de ser ficção, o livro traz elementos da vivência da autora, que além de filha de refugiados, trabalhou como voluntária em um centro de refugiados em Atenas, na Grécia. Triste, mas ainda assim, prova que amor e amizade têm o poder de renovar esperanças. Arrebatador. Leiam!!!
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Sara 22/02/2022

livraço
"-Acho que as abelhas são como nós- ela diase. - São veneráveis como nós. Mas então existem pessoas como Mustafa. Existem pessoas como ele no mundo, e essas pessoas trazem vida e não morte"
A narrativa é muito profunda e tem muitos aspectos, é triste e fala sobre refugiados de guerra e o processo de imigração, Nuri e Afra são personagens muito bem construídos e a Afra é uma personagem muito interessante de se ler e ver o jeito com que ela interage com o Nuri, o livro é muito PESADO e mesmo não sendo grande foi uma leitura difícil para mim, quase como se o peso da realidade de algumas pessoas me chicoteasse nas costas, porque não parece nem um pouco ficcional eu consigo sentir as emoções desesperadoras desse livro e o cheiro da melancólia, fumaça e mel. O livro tem muitos gatilhos mas é simplesmente incrível é uma leitura otima.
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Ana Claudia 13/11/2022

Nuri e Afra são casados, tem um filho Sami e moram em Alepo, na Síria. Ele é apicultor e ela, pintora. Eles tem uma vida simples, mas confortável, com suas famílias e amigos.

Quando a guerra na Síria explode, Afra presencia uma tragédia que a deixa cega. A situação na cidade fica complicada e eles precisam deixar Alepo o mais rápido possível.

Eles tem um amigo, Mustafá, que conseguiu se refugiar e mora na Inglaterra cultivando abelhas pretas. Ele envia cartas para Nuri contando sobre a vida dele, a esperança do cultivo das abelha e convidando-o para que eles vão para a Inglaterra por ser um lugar seguro

Para eles sairem de Alepo rumo a Inglaterra, eles precisam passar por vários países: Turquia, Grécia e Itália. E, por cada lugar que passa, eles conhecem pessoas que os ajudam e pessoas que tentam prejudicar Nuri e deixando Afra bastante vulnerável. A viagem é cheia de perigos, dores, tristezas, lembranças e esperanças.
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Clara 14/12/2022

"Name - My beautiful boy.
Cause of death - This broken world"

"I wish I could escape my mind, that I could be free of this world and everything I have seen in the last few years. And the children who have survived - what will become of them? How will they be able to live in this world?"
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Ju Abreu 26/08/2021

O Homem que Escutava as Abelhas é um livro que vai tratar da realidade dos refugiados. Nuri e Afra são um casal da Síria e, em meio à guerra e à destruição, se veem impelidos a sair de seu país. Nuri tem que abandonar seus campos e apiários e seguir para outro país, para assim proteger sua família da morte. E assim podemos conhecer um pouco da realidade de um refugiado, das perdas e angústias que passam pelo caminho.
Livro intenso e de escrita fácil, prende o leitor instantaneamente e tem muito a ensinar.
Traz muita dor e sofrimento, mas não deixa de proporcionar esperança de um mundo melhor. Ótima leitura.
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@bibliotecadedramas 15/05/2023

Brutal e humano
“O Homem que Escutava as Abelhas” é um livro poderoso que captura o coração dos leitores ao retratar a jornada emocional de um casal diante da adversidade e da busca pela humanidade em meio à guerra e ao deslocamento forçado. Christy Lefteri, nos presenteia com uma narrativa cativante e habilmente escrita, que nos transporta para a vida simples e afetuosa de Nuri e Afra, na cidade síria de Alepo, antes de tudo ser dizimado pela guerra.

Nuri, um apicultor, e sua esposa Afra, uma artista visual, cujas vidas são viradas de cabeça para baixo quando são obrigados a fugir de seu país devido à violência e à destruição causadas pelo conflito. No entanto, Afra é deixada cega por conta dos horrores que testemunhou, o que torna a jornada ainda mais perigosa e desafiadora. Em sua busca por segurança e um futuro incerto no Reino Unido, eles enfrentam inúmeras provações ao atravessar a Turquia e a Grécia.

O enredo é profundamente comovente e repleto de momentos de desespero, mas também de resiliência e esperança. Ao longo da história, somos introduzidos a Mustafá, primo e sócio de Nuri, que estabeleceu um apiário no Reino Unido e se torna uma âncora para o casal, oferecendo-lhes uma perspectiva de recomeço. O poderoso simbolismo das abelhas como símbolo de comunidade, trabalho árduo e sobrevivência permeia a narrativa e acrescenta uma dimensão especial ao livro.

O talento de Christy em contar histórias é evidente na forma como ela humaniza a realidade dos refugiados e nos faz refletir sobre a importância da empatia e da compaixão, a autora trabalhou como voluntaria em um centro de refugiados em Atenas e foi daí que nasceu esse livro. Christy Lefteri aborda questões profundas de confiança, traumas e perdas, mostrando como essas experiências podem afetar os indivíduos e seus relacionamentos. Ela retrata com maestria os contrastes entre a brutalidade da guerra e os momentos de beleza e resiliência que emergem mesmo nos momentos mais sombrios.

“O Homem que Escutava as Abelhas” é um livro que emociona e inspira, reforçando o poder das narrativas para nos conectar e nos fazer refletir sobre a condição humana. Com uma escrita envolvente e personagens profundamente humanos, Christy Lefteri nos lembra da importância de ouvir as histórias daqueles que enfrentam o deslocamento e as dificuldades, reafirmando nossa própria humanidade.

Em suma, este livro é uma leitura imperdível para aqueles que desejam ser tocados e levados a refletir sobre as experiências dos refugiados, bem como sobre a resiliência do espírito humano em meio à adversidade. “O Homem que Escutava as Abelhas” é uma obra-prima literária que comove e deixa uma marca duradoura em seus leitores. EU AMEI!

site: https://shejulis.com/livro-o-homem-que-escutava-as-abelhas/
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May 12/07/2021

Quando a guerra na Síria começou, Nuri viu pessoas queridas morrerem e seu país ser destruído, porém por ter perdido o filho e ter ficado cega com a bomba que o matou, sua esposa Afra não quer ir embora do país, até que não vê mais saída e eles partem rumo ao Reino Unido, em uma viagem cheia de perigo e sem garantia de que os dois irão chegar ao seu destino. Não há palavras suficientes para descrever os sentimentos que essa leitura passa para o leitor, a história foi o resultado de um tempo em que a autora passou sendo voluntária em um centro de refugiados na Grécia, e por isso e por todas as pessoas que ela ouviu, a história passa uma sensação de que estamos lendo o relato de alguém que realmente passou por tudo aquilo, e é triste saber que infelizmente muitas pessoas tem uma história parecida ou pior que a do livro. E além do desenvolvimento dos personagens, existem muitos termos árabes, e isso faz o leitor ficar imerso nessa cultura. Apesar da situação devastadora dos personagens, o livro não é feito só de sentimentos ruins, durante a evolução da história conseguimos sentir a esperança que, apesar de tudo, os personagens ainda sentem, e as abelhas, que é o que dá nome ao livro, são uma âncora para Nuri, e em meio a sensação de coração apertado que sentimos lendo as descrições dos lugares e situações que eles sofrem, também sentimos o coração quente toda vez que o personagem lembra ou fala das abelhas e do amor que sente pela apicultura, e isso juntamente com a vontade de rever seu melhor amigo e parceiro de negócios, é o que move Nuri à continuar lutando. Além dos sentimentos de Nuri, acompanhamos Afra, e mesmo a leitura não sendo pelo ponto de vista dela, a autora conseguiu nos conectar profundamente com essa mulher forte porém exausta e destruída por tudo que precisou viver.  O amor dos dois, embora abalado, é uma das histórias mais lindas que já li. Eu poderia falar sobre esse livro por muito tempo, ele tem muitas nuances e muitas coisas que nos fazem refletir, por isso só posso indicar fortemente a leitura à todos.

"Seria melhor desejar que a guerra chegasse ao fim. Mas eu precisava de algo em que me agarrar, e se ela sorrisse, se por algum milagre ela sorrisse, seria como encontrar água no deserto."

Gatilhos: Violência, estupro, estresse pós-traumático e luto.
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Cris 10/08/2021

Guerra, família e amor

"A alma de Afra era tão vasta quanto os campos, o deserto, o céu, o mar e o rio que ela pintava, e igualmente misteriosa. Sempre havia mais para saber, entender, e por mais que eu soubesse, não era suficiente, eu queria mais. Mas na Síria existe um ditado: Dentro de quem você conhece, existe alguém que você não conhece." Pág. 27

Nuri é um criador de abelhas na cidade de Alepo, na Síria. Sua esposa, Afra, é uma artista e eles têm um filho.

Quando a guerra começa na cidade deles, tudo o que eles conhecem e possuem lhes é tomado. Perdem pessoas amadas, têm seu lar e seu trabalho destruídos, e várias feridas são abertas na vida deste casal.

A partir de então, eles são obrigados a saírem de seu país para procurar refúgio no Reino Unido, onde há a esperança de reencontrarem pessoas queridas, porém, esta é uma viagem perigosa e que coloca a vida deles várias vezes em risco

A história deste livro é fictícia, mas a autora usou de sua própria experiência como voluntária em em centro de refugiados para construir esta história. Ou seja, muitos trechos aconteceram na vida de pessoas reais.

A narrativa do livro é do tipo que eu gosto muito, com alguns capítulos no presente e outros voltando para a época de antes da Guerra.

Eu fiquei muito tocada pela história deste livro, especialmente, porque eu nunca tinha lido nada que se passasse na Síria, envolvendo a destruição da cidade de Alepo.

Eu já tinha lido um livro que fala sobre criação de abelhas, mas este livro me trouxe uma visão muito mais emocionante envolvendo este trabalho tão importante.

Como toda história que envolve guerra, aqui nós temos um livro que devasta o nosso coração. São tantas tragédias, tanta dificuldade, que só podemos torcer para o melhor para estes personagens.

Apesar do teor dramático, a autora nos trouxe uma história que fala sobre o amor, família e amizade, e como são estes pilares que nos salvam nos momentos mais difíceis.

"Você precisa aprender a barganhar. As pessoas não são como as abelhas. Não trabalhamos juntos, não temos um sentido verdadeiro de um bem maior." Pág. 97


site: https://www.instagram.com/li_numlivro/
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Erica.Regiani 24/11/2021

"Onde há abelhas, há flores, e onde há flores há vida nova e esperança".
Uma ficção sobre um casal de refugiados sírios, ela chamada Afra, artista e ele Nuri, apiculcultor.
A autora resolveu escrever este livro depois de ter sido voluntária em um centro de refugiados em Atenas, então ele é cheio de dor, tristeza, mas também cheio de amor e esperança.
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Cinto 22/09/2021

Brutalmente honesto e dolorosamente bonito
Esse livro é extremamente sofrido e muito bem escrito. Fala sobre os refugiados da Síria, os traumas da guerra e sobre a grande presença do mau na humanidade. Espero que cada vez menos pessoas precisem passar pelas coisas horríveis que Nuri e Afra passaram só pra que pudessem se sentir seguros e aceitos em um país que não estivesse destruído pela guerra.
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mari 07/10/2021

lindo e triste
Que livro sério, vou levar para sempre comigo, é cada parte triste e emocionante, como deve ser difícil a vida deles. Recomendo demais!!
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Queds 18/11/2021

um livro que fala sobre refugiados da Síria, compartilhando com o leitor seus sonhos, lutas e perdas. Uma história que se assemelha a história de muitos outros lugares em guerra e confrontos. O leitor acompanha a dor dessas vítimas expulsas de suas casas, de sua cultura, que precisam sobreviver e aprender a recomeçar.
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