O homem que escutava as abelhas

O homem que escutava as abelhas Christy Lefteri




Resenhas - O homem que escutava as abelhas


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Ana_Elisa_Toledo 20/05/2024

Um livro espetacular.

Quem realmente consegue ver? Qual é a maior cegueira?

Uma fornada impressionante, uma dor tão grande que cega.

????
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debinha 09/05/2024

Um livro bem pesado mas ao mesmo tempo levemente dificil de ler pois as coisas demoram muito pra acontecer

talvez eu mesma seja o problema, pois ta quase impossível dedicar meu amor e carinho pras ultimas leituras
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Daiani.Cris 02/05/2024

De uma sensibilidade palpável!
Que livro lindo, triste e forte, ao mesmo tempo!
Narra a história de Nuri e Mustafá, primos e sócios no cultivo de abelhas em Alepo, na Síria.
Ambas famílias são afetadas pela guerra e decidem "fugir", porém, Afra, esposa de Nuri é contra, e permanecem na Síria até que a vida de Nuri é ameaçada.
A partir daí, Nuri e Afra iniciam uma longa jornada, com destino a Inglaterra para encontrarem-se, novamente, com Mustafá e sua família.
Tanto Nuri quanto Afra estão psicologicamente abalados com todos os acontecimentos de suas vidas, e aparentemente Afra está ainda pior, pois as maldades do mundo a cegaram.
Porém, apenas no final do livro nos damos conta de como Nuri foi fragilizado por tudo que ocorreu desde o início da guerra. O livro também nos mostra como ele criou uma história em sua mente para protegê-lo, algo que nem mesmo ele percebeu que criara.
Comovente ao extremo!
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Toni 01/05/2024

Perdas, amor e esperança
Quem de nós está preparado para, de repente, perder tudo o que construiu ao longo da vida? Ser coagido a viver sob a escolta do medo, insegurança e dor?  Sentir-se compelido a deixar o seu "porto seguro" e partir pra um lugar desconhecido, com o qual  não se tem vínculo nenhum? E, como consequência ainda precisar conviver com traumas tão profundos, que a única forma de sobreviver a esse inferno é criando "universos paralelos"? Foi o que  fizeram as personagens de Afra e seu companheiro,  Nuri, na tentativa de escapar  do cerco feito pela  guerra em Alepo (Síria) retratada por Christy  Lefteri no magnífico  "O homem que escutava as abelhas "

?Agora sei que Mohammed não virá.  Entendo que ele foi  criado por mim(...). A lembrança dele persiste, como se (...) ele tivesse tido vida própria.?

A autora desenvolve uma narrativa. comovente, repleta de aprendizados e lições de vida (a começar pela riqueza cultural dos lugares peculiares, pelos quais o leitor transita), a partir de duas perspectivas, perdas profundas, o que pode ser chamada também de devastação, porque não se trata de apenas uma guerra, cujas consequências tiram das personagens não somente sua dignidade material, mas principalmente sequestram-lhes parte de sua essência, manifestada pelas marcas inevitáveis que ferem duramente suas almas;

"(...)Criamos grandes coisas juntos, exatamente como você disse que faríamos. Mas esta guerra arrancou isso de nós, tudo que sonhamos e pelo que trabalhamos."

mas também, esperança (ainda que por um fio). Uma, se impõe imperiosa desde o inicio da narrativa, sem trégua; enquanto a outra, embora tímida, ainda assim é sinalizada pela vontade das  personagens de enxergar alguma luz no horizonte, mesmo junto ao caos. Em Mustafá, por exemplo, quando

"Se você chegar a Atenas e não achar a gente, por favor, continue procurando. Por favor, tente chegar à Inglaterra, e se conhecer alguém que pareça boa pessoa, dê a ela o meu nome e, espero que ela o ajude a me encontrar."

A autora nos brinda com uma escrita delicada, minuciosa, fluida e de uma sensibilidade tão intensa e natural, que  certamente  o fato dela ser filha de refugiados, ter trabalhado em campos de expatriados na europa e, por isso ter vivenciado essa tragédia de perto, tenha lhe dado o embasamento necessário para construir com tamanha propriedade, essa linda história que já carrega em si uma representatividade na luta por dignidade e justiça a essas pessoas que, pra muita gente, ainda são invisíveis.

"Então, ela ficou calada por um tempo. Acho que as abelhas são como nós ? ela disse. - São vulneráveis como nós. Mas então existem pessoas como Mustafá. Existem pessoas como ele no mundo, e essas pessoas trazem vida, e não morte."

As abelhas em sua vulnerabilidade permeiam toda a história a partir de metáforas,  nos indicando que, resilientes como nós, também são símbolos de vida e esperança,  segundo a própria autora.

 Enfim, uma história linda. Espero que ela sirva como uma bússola contra a violência e ignorância, sobretudo aquela  consciente, velada ou conveniente.

 " (...) Tudo isto me lembra que essas pessoas nunca viram a guerra(...)."
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C4nteiros 30/04/2024

Vulnerabilidade, vida e esperança.
Apesar de ser uma obra de ficção, personagens como Nuri e Afra são reais, e é isso que torna tudo mais doloroso.

Normalmente, quando estou em uma leitura, costumo procurar na internet, em artigos, jornais, fotografias e vídeos que faça com que a leitura seja mais imersiva e que consiga visualizar aquilo que o autor está descrevendo, mas nesse livro não se fez necessário.

Ainda lembro, como se fosse ontem, os jornais repercutindo as imagens daquele barco com centenas e centenas de imigrantes no meio do mar mediterrâneo, como se fossem formigas, perdidas e desesperadas.
Passamos por esse tipo de notícia acreditando que o horror sobre a situação dessas pessoas já é algo natural, algo distante da nossa realidade, cabível de esquecimento.

Esse livro aborda perdas profundas, mas também fala de amor e das descobertas da luz, sem nenhum tipo de romantização da situação que essas pessoas viveram (e vivem).

Muitas vezes sentia raiva da Afra pela sua falta de ação diante dos acontecimentos e de apoio para com Nuri, mas isso foi antes de entender os acontecimentos que ocorreram, de tudo que ela passou e aguentou. Afra conseguiu sobreviver da maneira que conseguiu e ponto, ela só poderia ir até onde podia.

Confesso que meu coração partia ainda mais com cada quebra que a mente de Nuri fazia.
Foi doloroso acompanhar as desassociação de sua mente e a incapacidade de sentir algo além do terror, como forma de sobreviver aos traumas que passaram; coisas que foram além do que ele podia suportar e precisou se desligar, e mesmo desligado, precisou se manter de pé para cuidar de Afra e encontrar Mustafá.
Sobre Mustafá, confesso que até eu sentia uma esperança quando havia emails novos kkk.
Mustafá era a representação da esperança de Nuri (e minha), não somente no "homem" propriamente dito, mas o que ele representava na vida Nuri: a possibilidade de sobrevivência.

Em relação a escrita, gostei muito da forma como o livro foi estruturado.
Foi uma maneira muito perspicaz e poética de criar a linha do tempo com a mesma palavras final dividia os capítulos e que ligava o passado e o presente.

Enfim, um livro 5 estrelas.
Não tem nada que eu colocaria ou tiraria dele, e essa história ainda vai ficar reverberando dentro de mim por muito tempo, através de várias reflexões que não cabe aqui, e que eu não teria, na verdade, palavra para descrever.
Vania.Cristina 01/05/2024minha estante
Interessante... Vou colocar na lista. Você estava exigente ultimamente, parece que esse livro entregou o que voce esperava.


C4nteiros 01/05/2024minha estante
Kkkkk era estresse da rotina
Coloque, Vânia! Espero muito que goste!!!




Winx_stella 15/04/2024

O que significa ver?
A guerra na Síria teve início em 2011 e desde então já conta com milhares de mortos e feridos. Um conflito que começou entre a luta pelo poder do país entre o atual presidente e os revoltosos, hoje se espalhou para países próximos e e não dá mostras de acabar tão cedo.
A pergunta que devemos nos fazer ao ler o livro é: o que sabemos sobre a guerra? Eu acabo de dizer o que eu sei, mas é só isso? Os mortos são apenas mortos e os feridos apenas feridos? Eles não têm nome? Não têm endereço? Não têm sonhos?
Infelizmente, nos acostumamos com a guerra, a guerra dos outros países; nos acostumamos a ouvir falar dela e até nos sentirmos maus por ela, mas só. Esquecemos, ou nunca soubemos, que essas pessoas têm rosto e sentimentos, que todos estão lutando por uma vida melhor, que quando fogem de seus países estão em busca do básico, o mínimo. ?O homem que escutava as abelhas? é um livro que conta isso, ele nos conta o nome, endereço, sonhos e traumas das famílias refugiadas. Conta como eram felizes e como a guerra os despedaçou, tirou tudo o que tinham; quando conseguem fugir são obrigados a contar com a boa vontade do país de asilo. Como lidar com isso? Como decidir se uma pessoa merece ou não entrar em um país? Se ela é digna de residência e trabalho; e o que vai realmente conseguir com isso? Comentários xenofóbicos dizendo que ela está ?roubando empregos?, marginalização instantânea, empregos insalubres e uma vida inteira de sofrimento. Quem demarcou essa linha? Quem tomou para si essa terra?
Rosseau disse: ?O homem nasce livre, mas por toda parte encontra-se acorrentado?. Ele acreditava que, no momento que olhamos para algo e o proclamamos como sendo nosso, assim que demarcamos a linha imaginária da propriedade, nós sucumbimos à maldade humana, maldade essa que já infestou a sociedade e já não pode mais ser exterminada. Todos nascemos ruins, violados e corrompidos, pois ainda no berço aprendemos o que nos pertence, e, a partir daí, passamos a vida acumulando propriedade, para podermos dizer mais vezes o que é nosso e o que não o é.
Acredito que essa seja a narrativa do livro, nós realmente temos liberdade? Realmente enxergamos a completude da vida? Ou apenas vagamos pela Terra com a falsa sensação de liberdade e poder? Quem realmente tem o poder? Quem pode decidir se alguém tem direito a ultrapassar uma linha imaginária que, no entanto, decide se essa pessoa vive ou morre? E, por fim, quem, mesmo sabendo de tudo isso, decide proibir a passagem?
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Angela.Freitas 15/04/2024

Um romance lindo e emocionante, que nos faz refletir sobre a fragilidade da vida e como não podemos deixar de ter esperança.
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Tainá 13/03/2024

Esse livro é vários sentimentos em páginas
Esse livro tem uma jornada emocionante e inspiradora, é extremamente triste os pontos de vista que esse livro retrata, a situação das pessoas desse livro é muito reflexiva e é intrigante saber que várias pessoas passam ou passaram por essa situação ou situações parecidas.
O livro por si só já é teiste, mas o que a autora colocou na dedicatória me deixou mais triste ainda.
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Miguel686 13/03/2024

Um realista retrato da guerra
O Homem que Escuta as Abelhas é um livro que se ambienta originalmente na cidade de Alepo, na Síria, onde conhecemos Nuri, um apicultor de mão cheia, e à sua família, onde é possível ver a chegada e as consequências da Guerra Civil Síria e a voracidade do protagonista em continuar vivo.
Achei esplêndido o jeito que a autora descreveu toda a viagem de Nuri e todos os caminhos que ele seguiu, todo o retrato sincero e realista da guerra que a autora formulou, todas as consequências, foi algo necessário para mim. Sempre ouvimos rumores sobre as guerras contínuas que cercam a nossa sociedade, mas mesmo assim, nunca estaremos preparados para oque elas podem tirar de nós.
O livro possuí uma linguagem bem fluída em quase todo seu enredo, mas as vezes você ficará preso em algumas partes, principalmente as mais descritivas, mas ainda assim, não possuo nada à criticar.
Sobre o final do livro, penso que não moderia ser melhor, lógico que poderia ter algo a mais a se agarrar no fim, mas a autora não poderia mentir sobre como o livro terminaria.
Portanto, amei a leitura, as coisas que me ensinou, TUDO. Recomendo para quem gosta de livros mais "monótonos/mundanos", já que a escrita é bem levezinha em 95% do tempo e aborda temas muito importantes. Além de que é um ótimo livro para amantes de literatura que retrata guerras ou abordam elas.
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Felipe 28/02/2024

Dentro de quem você conhece existe alguém que vc não conhece
Filha de refugidos cipriotas, Christy (autora) trabalhou como voluntária em um abrigo para refugiados na Grécia. Viu e ouviu muitas histórias e resolver das voz a elas.

Assim podemos conhecer Nuri, um apicultor das áreas desertas de Alepo na Síria e sua esposa Afra, uma talentosa artista.

Nuri e Afra veem tudo a sua volta ser destruído pela guerra. Suas próprias vida e sua família são destruídos antes de eles finalmente conseguirem fugir da Síria e contar sua história até a chegada a Inglaterra.

Um livro tocante, triste e, ao menos pra mim, cativante.

A gente nunca imagina o que essas pessoas passaram antes de fazer nossos julgamentos.

Sensacional leitura. Gostei muito.
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char_benji 02/02/2024

O efeito da esperança
O livro retrata a vida de uma família que residia na Síria, em Alepo, e foi obrigada pela destruição da guerra a deixar seu país para trás. Nuri e Afra enfrentam todo tipo de insegurança rumo à Inglaterra, onde pretendem encontrar seu amigo e parente de longa data, Mustafá. Tudo isso enquanto lidam com o luto de ter perdido seu filho pequeno Sami, e a repentina cegueira de Afra após presenciar uma bomba.

Christ Lefteri mescla acontecimentos passados e presentes dos personagens em uma narrativa emotiva e única. A riqueza de detalhes permite que o leitor se sinta em Alepo, no topo da colina, no deserto, debaixo da cerejeira, em meio ao apiário, refugiado.

É um livro lento, doloroso, que mostra a importância da empatia e do acolhimento. Mas, além disso, traz a mensagem de que a mais simples das memórias, ou a mais sincera das promessas, pode trazer a esperança necessária para seguir em frente.
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Pêpe 29/12/2023

Maravilhoso
Nuri e Afra vivem uma vida simples, mas repleta de amor, entre os familiares e amigos, na cidade Síria de Alepo.
Nuri cria abelhas, é apaixonado pelo que faz, Afra é uma artista.
Quando a guerra chega, eles são obrigados a irem embora, mas algo terrível acontece, Afra fica cega devido ao que foi obrigada a ver e devastou seu coração.
Sem ter outra opção, vão passar pela Turquia e pela Grécia, rumo a Inglaterra onde seu primo e sócio Mustafá já está ensinando a outros refugiados a criar abelhas em Yorkshire.
Mas a viagem dos dois não está nada fácil, e os desafios são enormes, e eles nem tem certeza se conseguirão chegar ao seu destino.
É extremamente triste, eu chorei muito, e saber que acontece todos os dias, tenho muita dó desses refugiados.
É muito lindo, eu recomendo
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Joyce_ 25/12/2023

O homem que escutava as abelhas
Eu não esperava pela intensidade desse livro, não sabia que se tratava de guerra e refugiados, fui pega de surpresa mas gostei, tem cenas fortes, e é triste saber em quantas pessoas são obrigadas a sair do seu país e passar por isso.
Em algumas partes achei a escrita arrastada, mas fora isso é um bom livro.
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