Isabella.Wenderros 02/09/2021Cadê a continuação?? Preciso dela!Avery Grambs é pobre. Criada apenas pela mãe que amava charadas e brincadeiras, ficou órfã aos quinze anos e foi morar com a meia-irmã Libby e seu namorado abusivo, Drake. Trabalhando meio período, realizando algumas partidas de pôquer no pátio da escola e contando centavos para pagar as contas, não sobra muito tempo para diversão – apenas uma partida diária de xadrez com Harry, um sem-teto que vive no parque onde passa suas manhãs. Avery sabe que sua única chance de ter uma vida melhor é conseguindo uma bolsa na faculdade que abrirá as portas para um futuro estável e seguro. O plano está traçado há muito tempo, porém, tudo vai pelos ares quando a herança bilionária de um homem desconhecido cai em seu colo. Isso seria o sonho da maioria das pessoas, mas esse dinheiro talvez não seja um presente inesperado, mas o ponto central de um jogo complexo e perigoso.
Eu não vou nem tentar falar sobre os desafios criados por Jennifer – se eu for honesta, não consegui acompanhar muitos deles. O que eu posso afirmar é que foi uma leitura que me prendeu do início do fim, não tive um único momento de queda na minha curiosidade. Os personagens são muito, muito enigmáticos e tudo poderia ser uma pista para o jogo insano criado por Tobias Hawthorne.
Os irmãos Hawthorne – Nash, Grayson, Jameson e Alexander – são peças importantes no tabuleiro, mas não são os únicos. Em alguns momentos, parece que tudo se resume aos quatro, mas vai ficando cada vez mais claro que aquele jogo foi inventado para cinco participantes. A protagonista é inteligente e sagaz, sem ser chata ou cansativa – ao contrário, eu ficava ansiosa durante as investigações de Avery.
Quando tudo parece estar se encaminhando para alguma resposta, a autora puxa nosso tapete e faz uma revelação que reverte tudo o que foi dito até aquele ponto e que pode mudar todas as regras. Entrei nessa leitura sem saber muito sobre ela e acredito que seja o melhor jeito de conhecer a história.
Eu criei mil teorias, depois criei outras e mudei mais uma vez; fiz uma lista mental de suspeitos que mudava conforme as páginas iam passando, sem que eu tivesse qualquer controle; desejei dar um passeio pela Mansão Hawthorne e descobrir cada segredo; desconfiei de absolutamente todos os personagens e, mesmo depois do final, continuo me questionando sobre quem é o “mocinho” ou o “vilão”.
Se a continuação já tivesse sido publicada por aqui, eu correria para Amazon e colocaria no meu carrinho. Explodiu minha cabeça, virou tudo do avesso várias vezes e eu adorei!