O Outono da Idade Média

O Outono da Idade Média Johan Huizinga




Resenhas - O outono da Idade Média


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Camila Felicio 09/06/2023

Para quem adora história, arte e literatura medieval e renascentista este livro é um prato cheio! Adorei
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Ogaiht 04/04/2023

O Fim de uma Era
Muito se comenta que a Idade Média foi uma época de trevas e regresso tanto cultural quanto científico. Mas o que Huizinga faz aqui é mostrar esse período de transição da História através das artes. O autor faz uma minuciosa análise de diversas obras de artes da pintura e da literatura tentando explicar esse período através disso dessas obras.
Quando lançado, este livro teve uma certa resistência por historiadores, que o classificaram como um belo livro mas não de história. E talvez isso possa atrapalhar a leitura caso tenha a expectativa de que este seja um livro de história tradicional. Além disso acredito que não seja um livro indicado para leigos, exigindo um certo conhecimento de história medieval, principalmente da França e dos Países Baixos. Outro problema existente neste livro é que quando são analisadas as pinturas, não imagens destas. A editora optou por não publicar as imagens das obras descritas, o que também acaba prejudicando a experiência. E, apesar de a execução não ter sido das melhores, a ideia do autor de analisar um período histórico através dos olhos da artes é interessantíssima.
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Ezequiel.Cesar 04/02/2023

Um clássico sobre o fim da Idade Média.
Um estudo sobre as formas de vida e de pensamento dos séculos XIV e XV na França e nos Países Baixos.
Uma leitura não muito fácil de se acompanhar, requer um pouco de conhecimento histórico da época para entender.
Nada como um bom celular para pesquisar todas as obras mencionadas pelo autor para uma boa visualização do ambiente.

Recomendo a todos que se interessam por história.
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Duda 27/01/2023

Gostei do livro e da sua proposta! Ele vai analisar a idade média por meio das formas de vida e de pensamentos, vai analisar a pintura, a literatura, religião. Eu achei uma leitura bem densa, mas muito rica
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Peter.Molina 04/12/2022

Crepúsculo de uma era
Como fazer uma resenha curta e objetiva desse clássico? Primeiramente ressaltar que o livro para ser bem apreciado necessita que o leitor tenha alguns conhecimentos prévios da arte e culturas medievais. O autor é bastante descritivo, seja das pinturas, momentos históricos e da literatura. São centenas de notas e fontes que,se forem bem acompanhadas, elevarão a experiência da leitura ao máximo. Aprendi muito, principalmente em relação às obras de arte dos Van Eyck, mas pela ausência de imagens terei que recorrer à Internet para complementar. A introdução para mim não foi boa pois foi muito teórica mas o posfácio de Der Lem esclareceu muito a respeito de como essa obra foi pensada por Huizinga. Um livro que merece ser degustado aos poucos.
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Camila Faria 21/02/2022

Um estudo minucioso e riquíssimo sobre as formas de vida e de pensamento da Idade Média na França e nos Países Baixos nos séculos XIV e XV. Huizinga optou por não usar uma abordagem que privilegiava questões econômicas e institucionais, como era de praxe na historiografia medieval, e sim por investigar as sensibilidades, os sonhos e as representações culturais da época (e, como consequência, foi muito criticado por uma suposta falta de rigor científico). O autor não se limita a definir esse período da história como uma Idade das Trevas. Pelo contrário, mostra que o desejo de ocultar uma realidade dura e cruel, vivendo uma rotina heróica e virtuosa (por meio do ideal da cavalaria e do fervor religioso) levou à uma regulação exagerada da vida social, com regras e jogos esvaziados de sentido. Muito esclarecedor. Originalmente publicado em 1919, o livro possui um certo rigor acadêmico que não chega a ser desanimador, mas que é certamente BEM diferente do tom mais leve e descontraído dos livros de história mais modernos. Não foi para mim uma leitura molezinha, mas valeu a pena insistir.

site: https://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-32/
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Luiz.Goulart 01/02/2022

O OUTONO DA IDADE MEDIA
Há anos este livro estava na minha lista de leituras e finalmente, no mês passado, em poucos dias, devorei suas mais de 550 paginas da edição da Companhia da Letras-Penguin que acompanha excelente introdução e posfácio. Mas luxo mesmo seria ter a famosa edição da Cossac Naif, editora que encerrou suas atividades e que, além de capa dura, traz 320 maravilhosas ilustrações. Pena que esses exemplares chegam a custar até R$ 3 mil na internet, enquanto a edição da Cia das Letras pode ser encontrada até por R$ 40,00 em algumas promoções na Amazon.

Publicado em 1919, portanto há pouco mais de cem anos, este livro é considerado um dos mais importantes escritos sobre a Idade Média, com o subtítulo na edição original: “Estudo Sobre as Forma de Vida e de Pensamento dos séculos XIV e XV na França de nos Países Baixos”, ocupou grande parte da vida do seu autor, o historiador holandês Johan Huizinga.

Com um texto fluido e delicioso apesar de tratar de um tema aparentemente complexo que é o período final da Idade Média, o autor, sabiamente, utilizou métodos e fontes que não eram usuais na época, aproximando-se do que tempos depois seria batizado de História das Mentalidades.

Aqui, a vida medieval é retratada cultura e artisticamente com seus profundos aspectos religiosos e políticos além dos seus modos de cotidianos de lidar com temas como a felicidade, os lutos, as guerras, os medos e os afetos.

No capítulo sobre a violência das execuções públicas Huizinga diz: “A excitação cruel e a compaixão grosseira diante do patíbulo eram um elemento de peso na dieta espiritual do povo. O que nos impressiona na crueldade judiciária do fim da Idade Média é menos a perversidade doentia do que a alegria animalesca e embrutecida do povo, a atmosfera de quermesse” e lembra um episódio em que o povo ficou mais feliz com o esquartejamento de um ladrão do que ficaria se um novo corpo santo tivesse ressuscitado. Arremata o autor: “ Este é um mundo mau. A chama do ódio e da violência arde vigorosamente, a injustiça reina, o demônio cobre com suas asas negras a terra em trevas”.

Mas não apenas de violência é feito o outono da Idade Média de Huizinga. Ele trata do anseio das pessoas por uma vida mais bela, as elaboradas etiquetas das cortes medievais, as famosas obras de arte, os prazeres da mesa farta, as diferentes regras de vestimentas e o significado das cores usadas na indumentária, a concepção hierárquica da sociedade, as ordens de cavaleiros e a imagem da morte etc.

Há curiosidades saborosas como o relato do comportamento dos fiéis durante as missas, quando as pessoas iam às igrejas para exibir roupas e penteados e passavam o tempo em meio a frivolidades, conversando e flertando e até a presença comum de prostitutas oferecendo seus serviços abertamente.

Uma nota final. Sou fã de romances e livros de ficção, mas de vez em quando incluo um livro de não ficção na minha listra e sempre fico impressionado. No ano passado, dos 55 livros que li, só dois foram de não ficção: "Da Criação ao Roteiro", de Doc Comparato e "Declínio e Queda do Império Romano" de Edward Gibbon. O Outono da Idade Média dá brilho já no começo, à minha lista de 2022.

site: https://www.blogger.com/blog/post/edit/32639542/1791652326102330238?hl=pt-BR
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