Ioga

Ioga Emmanuel Carrère




Resenhas -


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Leticia 01/05/2024

Antes de iniciar a leitura, pesquisei um pouco sobre o livro, como normalmente faço. Todas as resenhas que vi diziam que era um livro sobre ioga e sobre depressão.
Mas não acho seja bem isso.
Inclusive, a parte que trata da depressao em si foi muita estranha para mim, me gerou uma total falta de conexao. (E esse efeito pode ser proposital, afinal assim que parece ser um quadro depressivo).
A parte que mais gostei do livro, a que me apaixonei e não consegui parar de ler, foi terceira. Ela narra uma espécie de cotidiano com pitadas de redenção. São pessoas comuns se recompondo na vida de alguma forma. Acho que é essa a maior beleza de ser humano, de estar vivo. Acho que isso que faz o livro valer a pena!
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ricardo-rodrigues 17/04/2024

Essa não é uma resenha apenas sobre o livro
Assim, como Carrère, eu não consigo escrever resenhas que se restringem apenas ao livro. Sinto necessidade de dizer mais. Dito isso, vamos ao que interessa. A obra Ioga apareceu na minha vida de maneira descompromissada, fiquei um pouco receoso no começo (leitura chata?), mas no final estava completamente apaixonado. Emmanuel Carrère fala de um lugar privilegiado, geograficamente, socialmente e economicamente, mas sua grande qualidade está em reconhecer que ele está nesse lugar privilegiado. Ele também faz parte de uma comunidade de praticantes de Ioga, na qual muitos são good vibes, mas, mais uma vez ele reconhece isso e trata essa situação com ironia. Emmanuel Carrère é daqueles autores que reconhecem as contradições das bolhas em que vivemos. Ioga não é só sobre Ioga, a prática de ioga perpassa todo o livro, mas o tema principal é a vida real com suas brutalidades e alegrias. Ioga trata de depressão, mas também trata de alegria, é o yin-yang que se faz presente em várias passagens da obra. Ioga me arrebatou porque assim como o autor tenho momentos de depressão profunda. Quem já passou por processos depressivos irá se identificar com as situações vividas por Carrère. Mas a leitura de Ioga, nos traz um lembrete, de que a escuridão vai passar e de que assim como a vida nos presenteia com momentos de tristeza profunda, ela também nos dá proporciona momentos de alegria genuína, como no sorriso de Martha Argerich na Polonaise Heróica, de Chopin.
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Alain 08/04/2024

Ele tem uma primeira parte que eu achei excelente, sobre sua experiência em um retiro de Ioga. Essa parte eu devorei em poucos dias, me prendeu muito: afinal o cara é um iogue com muita bagagem. Meu problema foi mesmo na terceira parte, a "História da minha loucura". Meu deus do céu, que parte sofrida. Nela o autor discorre sobre sua depressão, incluindo tentativas de dar cabo de sua vida, e internação para se tratar. Não vou negar que achei muito triste essa parte, pois esse tipo de vivência unido com a capacidade ímpar dele saber escrever muito bem, era quase como reviver todas as dificuldades que sempre senti nessa minha constante luta contra a depressão. E quando eu lia o autor falando da própria experiência, era muito triste reviver tudo aquilo dentro de mim. Eu não pensava que um livro poderia me abalar tanto. Haviam partes que eu lia dez ou quinze linhas e desistia, e tudo o que eu queria era apagar aquelas palavras de Emmanuel Carrère da minha mente.

site: https://fallenpegasus.blogspot.com/2024/04/livros-2024-9-ioga-2020.html
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Anna2892 12/03/2024

Muito sensível
Quando comecei a ler, nunca imaginei que o livro ia progredir da maneira como foi. E se alguém me perguntasse qual a temática do livro, eu também não saberia explicar. Mas sei que é um livro que vale a pena ser lido.
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Yara 02/03/2024

Já havia lido limonov, e esse é infinitamente melhor. Acho que um dos meus maiores desafios é me ouvir, silenciar o turbilhão ao redor e dentro. Emmanuel propõe esse exercício.
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Janete72 28/02/2024

Um texto para reler
Em "Ioga", Emmanuel Carrère explora conceitos de meditação, sofrimento psíquico e oscilações de humor. O livro não segue um formato linear e inclui várias referências a outras obras. O autor enfatiza a observação dos movimentos da mente e a não avaliação dos pensamentos. A narrativa detalha a experiência do autor com a meditação e o impacto em sua vida, proporcionando um retrato sincero de sua jornada interior. A obra provoca reflexões profundas no leitor e exige um cuidado ao ser recomendada, dado ao teor emocinalmente intenso.
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luisasatie 26/02/2024

Emmanuel segue ecoando em mim
Andei perdurando essa resenha. Tem livros que eu preciso digerir. Ioga foi um desses. Tentei escrever algo ao longo desses dias, mas nada que soasse bom. Digito isso e lembro de uma passagem do livro, onde Carrére aconselha uma jovem à escrita, "se for esperar nada nunca estará bom". Recebi esse, agora e antes, e todo o restante do livro como uma grande resposta do universo. Algo que havia pedido ou questionado, me foi dado de volta e em resposta no formato do livro e - que sorte! - nas frases formadas por Emmanuel. Sua escrita foi algo que me encantou desde o primeiro momento da leitura. Desde antes de começar a ler, quando eu, naquele estado de ansiedade para iniciar um livro novo, folheava-o, já separado de outros, para começar assim que possível. Ioga entrou entre meus livros favoritos. Sinto que foi uma conversa que tive. Não saberei elaborar nada além disso. Emmanuel tirou minhas palavras para que as dele flutuassem melhor em meu pensamento; ocupam espaço em mim.
5/5, favoritado e o meu mais novo "você precisa ler esse livro".
- seria incapaz de dar outra nota.
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brenobebeto 10/02/2024

Ioga, talvez signifique viver?
Todo livro que reflete sofre a existência, toca em mim, de uma forma diferente. Não sei a razão. Mas, sempre, desde pequeno me pergunto o porquê de estarmos aqui, se existem ordem em meio ao caos da vida e se um dia,consigamos chegar a um nível de consciência sobre isso.
Neste livro, Carrère, relata sua experiência com a prática do Ioga, e de suas vertentes.Comprei esse livro porque vi pessoas que admiro o recomendando e não me arrependo. Já é um dos favoritos da vida. O livro começa com essa pequena proposição, a de falar sobre
ioga, mas se transmuta diversas vezes.
E como não fazer isso. Já que Ioga é justamente isso, mudar e mudar.
É um livro que fala sobre muitas coisas, que merece uma releitura.
Que fala sobre as dores da existência e o transtorno de bipolaridade tipo 2 que o autor foi diagnosticado aos 59 anos de idade.
Acompanhamos o seu tratamento, que muitas vezes parece impossível.
Enfim, leiam! Vão sem medo!
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isamoraex 07/02/2024

Gostei do livro, o autor é muito inteligente e contas histórias com ?personagens? interessantíssimos. Não achei 10/10 porque do meio para o fim não fui o que eu estava esperando no que diz respeito à yoga
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Rafael 01/02/2024

É um livro que não me arrependo de ter lido, mas que, da metade pra frente, questionei várias vezes se era pra mim. A escrita é perfeita e o autor é extremamente inteligente, o que fica claro tanto pela sua escrita, quanto pelos relatos, o que é um ponto muito positivo. O que atrapalhou minha experiência é que a segunda metade fugiu muito do que eu esperava do livro, infelizmente. Só mais uma observação: como um apreciador da meditação, as diversas definições ao longo do livro e as reflexões sobre essa prática foram pra mim o auge.
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Fabrício Cardoso 30/01/2024

Ganhamos todos com o delírio de Carrère
Embora não seja especialmente original narrar a própria loucura, Carrère controi um livro essencialmente lúcido, na medida em que deixa claro que não há alegria nem tristeza, mesmo as patológicas, que durem para sempre. É um livro cheio de esperança. É uma não ficção romanceada, porque cria personagens que mimetizam a experiência do autor. Até porque Carriére foi admoestrado pela ex-mulher, para não fazê-la personagem do livro. Essa tensão explica também, de alguma forma, a condescendência do autor com as pessoas citadas na narrativa. Todas são massa, legais, dignas de confete. Registro ainda a beleza do capítulo Os Garotos, que versa sobre meninos árabes refugiados na Grécia: um rolê aparentemente aleatório, que dialoga demais com a proposta da obra. Em resumo, Ioga é um livro muito mais complexo do que o ensaio "simpático e perspicaz" sobre meditação inicialmente imaginado. Ganhamos todos com o delírio de Carrère.
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Gerson91 28/01/2024

Uma escrita corajosa e estarrecedora. Se você, como eu, gosta de saber como outras pessoas pensam através da leitura, esta obra é obrigatória. O objetivo era escrever um despretensioso livro sobre uma incursão na prática de meditação. E, porque a vida é assim, não dá certo e Carrère nos presenteia com uma abertura extravagante de seus grandes problemas de saúde, seus fracassos, recaídas, tratamentos e questionamentos.
Eu não lia um livro assim desde O Jogador de Dostoiévski.
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Marcos Paulo 20/01/2024

Excelente leitura, Emmanuel retrata com maestria a luta entre o auto-controle proveniente da meditação e ioga com as difíceis faces de nossa vida cotidiana e suas intempéries.
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Tamires 13/01/2024

Sobre um praticante de ioga
Eu sempre levo um livro de papel quando viajo.

Meu livro desse janeirão bravo na praia favorita dos mineiros (Guarapari-ES) foi Ioga, de Emmanuel Carrère. Recebemos o exemplar pelo Time de leitores da @companhiadasletras, mas eu não tinha, ainda, encontrado o melhor momento, um momento em que eu pudesse focar no tempo presente, na leitura e então, ler (achei até que precisaria de um zafu!). O livro seguiu um caminho um pouco diferente do que eu julguei, mas foi bem mais intenso que o "livrinho simpático e perspicaz" sobre a Ioga, intenção primeira do autor, citada na quarta capa.

Ioga é um livro sobre um praticante de ioga com todos os problemas e fraquezas à mostra. Carrère foi diagnosticado com transtorno bipolar já adulto e neste livro há um capítulo bem detalhado sobre sua internação em um hospital psiquiátrico. Uma vez eu ouvi da @prileiteyoga que nós praticamos ioga justamente porque temos problemas e esse livro vai exatamente nessa direção quando o autor fala de si e dos outros.

A honestidade foi o que eu mais gostei aqui. Até então eu nunca tinha lido um relato sobre depressão que se parecesse tanto com o que eu mesma sinto (ou tenha sentido). Nós sabemos que ela não vai embora, que, nas palavras de Carrère "sei que não vou escapar dela", mas temos nossos momentos de calmaria, momentos em que estamos "completamente feliz(es) por estar(mos) vivo(s)."

Li quase por inteiro na praia. E que belo mergulho dei em mim mesma.
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